terça-feira, 10 de setembro de 2013

Observações importantes em relação a atitude de Maria na unção dos pés de Jesus em Betânia


João 11.55-12.11

Os últimos dias do Senhor na terra poderiam ser descritos como “o ministério de Cristo em Jerusalém”. Antes disso, Jesus nunca havia passado tanto tempo (até onde sabemos) nem havia gasto tanta energia nessa cidade. Esse foi Seu último esforço concentrado para conduzir Jerusalém, e seus líderes e por meio deles toda a nação, de volta ao plano de Deus para Israel. Infelizmente, esse foi um período de oportunidades perdidas.

João fez um prefácio aos “oito dias que mudaram o mundo”. Primeiramente, ele salientou que “estava próxima a Páscoa dos judeus” (João 11:55a).

A Páscoa comemorava a libertação dos israelitas do cativeiro egípcio, quando foram instruídos a passar o sangue de um cordeiro nos batentes de suas portas (Êxodo 12:1–28). Durante as festividades da Páscoa, o cordeiro pascal era morto assim como fizeram os israelitas no início do êxodo à Terra Prometida.

Não havia momento mais propício para o sacrifício do “Cordeiro de Deus” “sem defeito e sem mácula” (João 1:29; 1 Pedro 1:19). João observou a seguir que “muitos daquela região subiram para Jerusalém antes da Páscoa, para se purificarem” (João 11:55b). A purificação cerimonial era necessária antes de ocasiões espirituais (veja Êxodo 19:10, 11), incluindo a festa da Páscoa (veja 2 Crônicas 30:13–20, especialmente v. 17). Os que estivessem cerimonialmente impuros não tinham permissão de comer a Páscoa (veja João 18:28). Como grandes multidões afluíam para Jerusalém por causa da festa, os rituais de purificação podiam levar dias. Os viajantes que tinham condições chegavam antes para garantir que estivessem aptos a participar da festa. As “multidões” eram compostas de peregrinos que haviam chegado uma semana ou mais antes da festa propriamente dita.

Segundo João, os primeiros viajantes a chegar “procuravam Jesus e, estando eles no templo, diziam uns aos outros: Que vos parece? Não virá ele à festa?” (João 11:56). A ressurreição de Lázaro, ocorrida várias semanas antes e sucedida pela decisão dos líderes oficiais de matar Jesus (João 11:1–53), desencadeou uma agitação febril (veja João 12:9, 17–19). “Ora, os principais sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem para, se alguém soubesse onde ele estava, denunciá-lo, a fim de o prenderem” (João 11:57). As pessoas almejavam ver Jesus, mas diante do perigo, pensavam que Ele não ousaria comparecer à festa. Por isso João esboçou a situação explosiva que aguardava Jesus enquanto Ele caminhava os últimos quilômetros saindo de Jericó.

Jesus chegou a Betânia “seis dias antes da Páscoa”, segundo João 12:1. Betânia, que “distava cerca de três quilômetros de Jerusalém” (João 11:18; NVI), era onde moravam Maria, Marta e Lázaro (João 11:1). Ali Cristo ressuscitara Lázaro pouco tempo atrás (João 11:2–46; 12:1). Ele deve ter chegado a Betânia na sexta-feira, perto do pôr-do-sol.

Presumimos que Jesus passou o sábado judaico calmamente, visitando Seus amigos e talvez participando das reuniões na sinagoga local. A seguir, após o fim do sábado judaico e no começo do primeiro dia da semana judaica, “deram-lhe, pois, ali, uma ceia” (João 12:2a). A ceia foi na “casa de Simão” (Mateus 26:6; Marcos 14:3), provavelmente um ex-leproso curado pelo Senhor. Era um jantar em homenagem a Jesus e Lázaro (João 12:2b, 9). Jantar oferecido por Simão, Lazaro, Maria, Marta e possivelmente outros amigos da cidade. Este jantar e o que nele aconteceu está registrado, além de João, em Marcos 14.3-9 e Mateus 26.6-13.

De repente, no meio do jantar, Maria toma um vidro de perfume e o derrama sobre Jesus – v.3Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo.

Não faltaram críticas a essa ação de Maria, por parte dos que estavam ali e principalmente de um dos discípulos, Judas Iscariotes, que disse: Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres? (v.5)

Mas a resposta de Jesus aos comentários e críticas à Maria foi o seguinte: Jesus, entretanto, disse: Deixa-a! Que ela guarde isto para o dia em que me embalsamarem; porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes. (vv.7, 8) A passagem paralela de Marcos 14.6-9 narra a resposta de Jesus do seguinte modo: Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes. Ela fez o que pôde: antecipou-se a ungir-me para a sepultura. Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua.

Espalhou-se a notícia de que Jesus e Lázaro estavam ali, e multidões chegavam de Jerusalém, ansiosas por vê-los (João 12:9). Era uma oportunidade para ver uma testemunha viva do poder de Cristo. Por conta disso, “muitos dos judeus… voltavam crendo em Jesus” (João 12:11).

Até os líderes judeus poderiam ter sido persuadidos, mas, o que ateou as chamas da popularidade também alimentou as chamas do ódio. A inveja insana do Sinédrio fica evidente na decisão que eles tomaram a seguir: “Mas os principais sacerdotes resolveram matar também Lázaro; porque muitos dos judeus… voltavam crendo em Jesus” (João 12:10, 11). Lázaro não cometeu nenhum crime senão estar vivo quando deveria jazer num túmulo, mas eles viam Lázaro como uma ameaça, por isso ele tinha de morrer.

Algumas observações importantes podemos fazer aqui em relação a essa atitude de Maria – a unção dos pés de Jesus:

1ª) Observação: Foi um ato espontâneo e voluntárioungir os pés de Jesus foi uma expressão voluntária de reconhecimento de quem Ele era e o que fez!

2ª) Observação: Foi um ato de excelência Ela deu o melhor para Jesus. Nosso Deus merece o melhor de nós, o nosso excelente! IlustraçãoO relógio de ouro puro e os cabelos lindos e caríssimos...

3ª) Observação: Foi um ato de amor sacrificialnão devemos dar a Deus/Jesus o que não nos custa nada, ou as sobras!

4ª) Observação: Foi um ato oportuno – Era a última vez que Jesus estaria ali, e Maria aproveitou a oportunidade. Não devemos adiar o que temos que fazer para Deus, devemos aproveitar as oportunidades. Ilustração O homem que não tratou bem sua mulher a vida toda e não teve a oportunidade de dizer quanto a amava, pois ela morreu antes...

Concluindo

Hoje quero concluir com três perguntas para sua reflexão essa semana:

1ª) Com o que nos indignamos no uso dos recursos no reino de Deus?

2ª) O nosso discurso cristão (religioso) corresponde como as nossas reais intenções?

3ª) Pelo seremos lembrados no futuro? Pelo que você será lembrado no futuro?

Pr. Walter Almeida Jr.
IPB Bethel – Limeira – 08/09/13

Nenhum comentário:

Postar um comentário