terça-feira, 11 de abril de 2017

Série João 3.16 (4) – Uma grande decisão

João 3.1-17

Esse mês, março de 2017, preguei aos domingos, até hoje, três mensagens:

1ª) Um grande Deus – E eu falei que é muito importante estudarmos sobre a presença, o conhecimento e o poder absolutos de Deus para entendermos a sua grandeza.

2ª) Um grande SalvadorE aqui fiz uma pergunta? Por que Jesus Cristo é um grande Salvador? 1º) Porque deu a sua vida por nós; 2º) Para nos redimir e purificar de toda a iniquidade; 3º) Para nos incluir em sua Grande Família!

3ª) Um grande amor – Eu falei sobre as características do amor de Deus para conosco, que é um dos seus atributos comunicáveis: amor eterno, amor incondicional e amor prático que age.

Quero encerrar essa serie João 3.16 falando sobre uma grande decisão, maior que todas as decisões que tomamos ao longo de nossa existência. Decisão que define como viveremos aqui, o aqui e o agora e como viveremos na eternidade. Reflita comigo no encontro de Jesus com Nicodemos.

A psicologia diz que é fundamental aperfeiçoar o processo de decisão em nossa vida. Porque a vida é cheia de oportunidades, escolhas e consequentemente decisões. E nós podemos escolher algumas ou apenas uma entre muitas alternativas para uma ação a ser realizada.

Na tomada de decisão, algumas pessoas se perdem no processo das escolhas. É importante ver o processo se possível por inteiro (dentro do que está ao nosso alcance) ao tomar um caminho, ao escolher, ao decidir por algo na vida. Grande parte das decisões que tomamos define o percurso de nossa qualidade de vida e carreira profissional, no entanto, são poucas as pessoas que possuem, ou adquirem a capacidade de visualizar as consequências das suas decisões.
 
Obstáculos para uma tomada de decisão efetiva:

1º) Indecisão: dúvidas podem paralisar se não forem bem avaliadas, gerando sentimento desagradáveis pelo medo e ansiedade de correr riscos. 

2º) Reações exageradas: quando as emoções fogem do controle ou se dá uma importância muito maior do que se deve para o fato em si.

3º) Meias medidas: não assumir uma postura perante uma situação e passar a viver na zona de "conforto", sem eficiência nas atitudes.

Como começar a solucionar suas dúvidas na tomada de decisão:

1º) O que você quer? Tenha bem claro o que é importante para você. Respeite sua opinião. Se não sabe o que quer fica muito difícil escolher.

2º) Quais são suas opções para realizar o você quer? Às vezes, recebemos duas propostas de trabalho, opções de mudança de cidade, de relacionamento, de escola, etc.

3º) Avalie individualmente suas opções: O que se ganha em cada uma delas e também o que se perde. Lembre-se que ao escolher um caminho você ganha tudo o que esse caminho pode oferecer, mas os outros que não foram escolhidos não poderão proporcionar a você o que eles ofereciam. Toda escolha trás ganhos do que se escolheu e também perda do que se deixou de escolher.

4º) Quais serão as consequências de cada opção? Importante lembrar que ao escolher você terá consequências, tanto ganhos quando perdas. Aceitar isso é fundamental.

5º) Faça uma lista de prós e contras – crie um processo de avaliação e prioridades.

Sabe porque precisamos fazer isso? Porque muitas vezes tomamos decisões de modo impensado ou por influências desastrosas, e os resultados sempre são prejudiciais. Sabe aquelas perguntas dos fracassos obtidas em nossas decisões:

ð Por que não conseguimos ir adiante às decisões tomadas em nossa vida?
ð Por que não conseguimos colocar em prática um milímetro se quer daquilo que decidimos?
ð Por que decidimos mudar nosso modo de viver e não conseguimos?
ð Por que decidimos servir a Deus com mais intensidade e não conseguimos?
ð Por que somos impactados pela palavra de Deus e choramos, firmamos propósitos, mas quando passa aquele momento continuamos a mesma coisa?

Quero ajudá-lo aqui?

1º) Quais as razões do fracasso em nossas decisões?

1. Seguir a opinião da maioria.

2. Se basear numa vontade momentânea – Ter base somente em nossos sentimentos: sentimento é um estado afetivo complexo que é a mistura de elementos emotivos e imaginários. E esse sentimento pode ser de natureza intelectual, moral ou afetivo.

3. Passar a nossa responsabilidade para outro

4. Achar que Deus deve decidir todas as coisas.

2º) Existem alguns elementos indispensável para observarmos na hora de tomarmos uma decisão:

1. O primeiro elemento é nosso pensamento ou raciocínio, nossa razãoPensamento é o processo mental que se concentra nas ideias. É o poder, dado ao homem, de formular conceitos.

2. O outro elemento é a fé.
 
3. É preciso ter firmeza na decisão. A decisão tem que ser tomada sem dúvida, com convicção. A oração é outro importante elemento.

3º) A decisão é de caráter pessoal. Somos nós que devemos decidir e isso implica:

1. Que podemos até pedir conselhos, orientação, receber influência de outras pessoas, mas a decisão tem que ser tomada por cada um de nós.
2. Que toda decisão tem um preço a ser pago, por menor que seja isso é uma realidade.
3. Que toda decisão tem em si uma glória para ser desfrutada, por menor que seja esta glória.

Cada um de nós precisamos ter a consciência de que no decorrer de nossa vida é preciso tomar decisões. Umas mais simples, e outras mais serias, porém cada uma tem o seu grau de importância. Não podemos já mais esquecer que Deus pode atuar de maneira poderosa através das nossas decisões.

Concluindo

1º) Hoje é o dia D para você?

2º) A decisão que você tomar hoje, vai mudar a sua vida.

Série João 3.16 (3) – Um Grande Salvador

João 3.16 (Tito 2.11-14)

Vivemos o tempo das grandes coisas, das grandes realizações, das grandes corporações, das grandes cidades, das grandes religiões, das grandes igrejas, tudo hoje tem quer ser grande. Mas, temos aqueles que apostam na nanotecnologia.

Os meios de comunicações de alcançado a grande população de nosso planeta, que hoje deve somar, cerca de 7 bilhões de pessoas. Quem além dos meios de comunicações poderia alcançar essa multidão?

Escute o que a Bíblia diz:
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, 
mas tenha a vida eterna.
João 3.16

Só Jesus Cristo o Filho de Deus, que é um grande Salvador poderia alcançar o mundo inteiro com seu amor!

O apostolo Paulo entendeu tão bem isso que escreveu a carta a Tito 2.11-14:

11 Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os 
     homens,
12 educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões 
     mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e 
     piedosamente,
13 aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do 
     nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus,
14 o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda 
     iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente 
     seu, zeloso de boas obras.

Por que Jesus Cristo é um grande Salvador?

1º) Porque deu a sua vida por nós;
2º) Para nos redimir e purificar de toda a iniquidade;
3º) Para nos incluir em sua Grande Família!

I. Porque deu a sua vida por nós

Jesus deu a sua vida pela humanidade espontaneamente: Escute João 10.15-18

15 assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai;
     e dou a minha vida pelas ovelhas.
16 Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me 
     convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, 
     haverá um rebanho e um pastor.
17 Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a 
      reassumir.
18 Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a 
     dou. Tenho autoridade para a entregar e também para 
     reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.

II. Para nos redimir e purificar de toda a iniquidade

Escute 1João 1.7-2.1

7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos    
   comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, 
   nos purifica de todo pecado.
8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos 
   nos enganamos, e a verdade não está em nós.
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para 
   nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
10 Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo   
     mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
1 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis.
   Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, 
   Jesus Cristo, o Justo;
2 e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos 
   nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.

III. Para nos incluir em sua Grande Família

João 1.12 – Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;
 
Efésios 2.19 – Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus.

A vida cristã tinha três fases. Para fazer parte da família de Deus é necessário passar por essas fases:

1ª) Crer – Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa. Atos 16.31.

2ª) Pertencer – Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, membros da família de Deus. Efésios 2.19

3ª) Tornar-seMas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome – João 1.12.

Conclusão – O grande Salvador Jesus Cristo:

Deu a vida por você; para perdoar seus pecados;

para lhe integrar à sua família – a família de Deus!

Série João 3.16 (2) – Um Grande Amor

João 3.16

A razão da graça da vocação Deus para conosco é o seu amor! O amor é a perfeição de Deus que faz com que ele trate de forma bondosa todas as suas criaturas e de maneira especial os que receberam a Jesus Cristo como salvador pessoal.

Hoje, quero ver com vocês as características do amor de Deus para conosco, que é um dos seus atributos comunicáveis:

I. O amor de Deus é eterno

Assim como Deus é eterno o seu amor também é! Escute e leia comigo Jeremias 31.3:
Há muito que o SENHOR me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí.

II. O amor de Deus é incondicional

Efésios 2.4-7 – Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus...

2Tessalonicenses 3.5Ora o Senhor encaminhe os vossos corações no amor de Deus, e na paciência de Cristo.

1Timóteo 1.14 – E a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e amor que há em Jesus Cristo.

III. O amor de Deus age

Romanos 5.8 – Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

1João 3.16-18 – Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.

IV. O amor de Deus é soberano

Assim como Deus é soberano, seu amor também é soberano e isso significa que:

1. Deus decide quando demonstrar o seu amor

1 João 4.9 – Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.

Gálatas 4.3-6 – Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.

2. Deus decide como demonstrar o seu amor

1João 5.3 – Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.

1João 3.1 – Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece a ele.

3. Deus decide por quem demonstrar seu amor
 
Romanos 9.13 – Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei (me aborreci de) a Esaú.

Efésios 2.4 – Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou...

Concluindo

Edgar Y. Mullins define o amor com as seguintes palavras: "Amor é a qualidade de auto-doar, presente na natureza divina, que leva Deus a procurar o maior bem e a mais completa possessão de suas criaturas. O amor, em sua forma mais plena é uma relação entre seres inteligentes, decentes e livres. O amor de Deus para com o homem busca despertar um amor como resposta do homem a Deus. Em sua forma final, o amor entre Deus e o homem significará uma doação mútua, completa e ilimitada, e, a posse mútua e total.

Como temos visto, a Bíblia dá muita importância ao fato de que Deus é amor. Quero terminar, hoje, destacando quatro aspectos do amor de Deus para a nossa reflexão.

1. O amor é uma relação dinâmica e sociável – A Bíblia diz que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Interessante que Paulo, de posse dessa verdade, ratifica-a nestas palavras: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores". Deus não é apenas aquele que amou; Ele continua amando numa relação dinâmica e sociável.

2. O amor é uma relação ativa de sacrifício. Deus amou e deu o Seu Filho unigênitoIsto quer dizer que Deus renunciou a Sua própria vida em favor do homem. O verdadeiro amor está ligado ao sofrimento. Paulo diz, na apologia que faz do amor em 1Coríntios 13: "O amor tudo sofre, tudo crê, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará..."

3. O amor é uma relação abrangenteVamos notar duas afirmações bíblicas que justificam este tópico da nossa meditação. Primeira, Deus amou o mundo; segunda, porque Deus enviou Seu Filho ao mundo. O amor de Deus alcança o mundo inteiro e não apenas algumas pessoas deste mundo. É evidente que nem todos serão beneficiados por esse amor. Ainda que alguns queiram restringir esse amor a um grupo seleto, a Bíblia diz que Deus amou o mundo. E o mundo incluiu a todos.

4. O amor é uma relação que tem muitas forças Ele se manifesta de acordo com o caráter, as condições e necessidades de seu objeto. E, o objeto principal do amor de Deus é, sem dúvida alguma, o ser humano. Por isso mesmo diz Paulo: Deus prova o seu amor para conosco, sendo nós ainda pecadores.

O amor de Deus é um fato que está registrado na Bíblia e na história. O amor divino é a qualidade dinâmica e estimulante pela qual Deus deixa a Si mesmo e, pela qual, Ele Se relaciona em toda a Sua suficiência e beneficência com a Sua criação. Seu amor o motiva eternamente a se comunicar e participar com o objeto do seu relacionamento.

E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele.
1João 4.16

E agora o que você vai fazer?


Pr. Walter Almeida Jr.

Série João 3.16 (1) – Um grande Deus

João 3.16 (Salmo 139.1-24; Isaías 40.21-31)

Você conhece a Deus? O grande Deus da Bíblia?

IlustraçãoUm pai com seu filho e o avião!

700 anos a.C. um profeta chamado Isaías falou sobre a grande de Deus – Isaías 40.12-31. Quando penso nesse texto penso:

ð  No tamanho do Universo – 92 Bilhões de anos luz de diâmetro. Significa que se você viajasse a na velocidade da luz, a 300 mil km por segundo, você gastaria 92 bilhões de anos para circular o Universo.

ð  Marchel Nuremberg – Prêmio Nobel de Biologia, que descobriu que nós somos formados por 60 trilhões de células, e que em cada célula tem 1,70mt de fita DNA e que se juntássemos todas as fitas de todas as células teríamos 102 bilhões de metros de fita DNA.

ð  Dr. Louis, disse que tudo isso, dos 7 Bilhões de habitantes da terra cabem na cabeça de um alfinete.

Pois é, isso é obra do nosso Deus, o grande Deus da Bíblia! Mas as pessoas têm algumas perguntas sobre Deus. E as mais comuns são:

Onde Deus está, será que ele existe? Será que Deus conhece tudo mesmo? Como Deus usa todo esse conhecimento? Deus tem poder de fazer qualquer coisa? Como Ele usa esse poder todo?

Essas é muitas outras perguntas inquietam muita gente boa. Isto porque, estamos vivendo em uma época em que o conhecimento e o poder são muito importantes. Quem sabe e pode é! É o cara! É o poderoso ou a poderosa!

É muito importante estudarmos sobre a presença, o conhecimento e o poder absolutos de Deus para entendermos a sua grandeza.

I. Onipresença de Deus

OnipresençaDeus não é limitado pelo espaço. Ele transcende as limitações espaciais e está presente em todos os lugares da natureza ao mesmo tempo.

Deus é um ser infinito – Significa que Ele “é ilimitado e ilimitável quanto ao tempo, espaço, conhecimento e poder”. Ele não faz parte da criação, mas é o Criador. Ele nunca é limitado na Sua vontade ou ações por algo exterior a Si mesmo, portanto, é Soberano.

A infinitude de Deus, também, fala de dois outros aspectos do seu ser: 1º) Sua transcendência – que é o fato de que Ele é totalmente distinto e independente da sua criação. A Bíblia ensina claramente que, antes que o universo fosse criado, Deus já existia – Sl 90.2. Deus não somente existia antes que houvesse o mundo e o universo, mas ele mesmo foi o Criador e é o sustentador – Gn 1.1; Hb 1.3. Deus está infinitamente acima dos seres criados, racionais e irracionais, e também de toda natureza – Is 55.8, 9; e 2º) Da sua imanência – que é a capacidade que Deus, mesmo sendo infinito e eterno, tem de se relacionar conosco, seres finitos e imperfeitos. A Bíblia é bastante clara ao mostra que Deus está próximo de nós e se interessa profundamente por nós – Jr 23.24; Is 55.6. A Escritura apresenta um Deus que se importa conosco, cuida de nós por meio de sua providência e se encarnou, fazendo-se um de nós, igual em tudo, exceto no pecado – Hb 4.15; 1Pe 2.22-24. O caráter imanente de Deus é expresso no Novo Testamento de uma forma linda no nome Emanuel: Deus conosco – Mt 1.21.

II. Onisciência de Deus

OnisciênciaDeus não é limitado em Seu conhecimento. Ele tem conhecimento perfeito de tudo: passado, presente e futuro. Ele conhece até mesmo os fatos contingentes, mas o seu conhecimento dos acontecimentos não são a causa deles. Ele conhece tudo intuitiva e imediatamente.

Definição: “É a perfeição pela qual ele, de maneira inteiramente única, conhece-se a si próprio e a todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e simples”. Louis Berkhof

Características do conhecimento absoluto de Deus:

1. Abrangente

2. Exaustivo

3. Simultâneo

4. Necessário

Alcance do conhecimento absoluto de Deus:

1. Passado

2. Presente

3. Futuro

4. Possibilidades
Aplicação do conhecimento absoluto de Deus:

A aplicação do conhecimento absoluto de Deus é regida pela sua sabedoria absoluta que é a sua habilidade de usar os melhores meios para alcançar os melhores fins.

II. Onipotência de Deus

OnipotênciaDeus não é limitado em Seu desejo de fazer o que deseja de acordo com a Sua natureza. Ele possui todo o poder.

O poder absoluto de Deus está intrinsecamente ligado à sua vontade. A vontade de Deus pode ser definida como a perfeição de seu ser que é a causa da existência e da preservação de todas as coisas. Mas a vontade divina pode ser identificada por diferentes aspectos:

1. Aspectos da vontade de Deus

a. Decretiva – aspecto pelo qual, desde toda a eternidade e para a sua própria glória, ele preordenou, de maneira imutável, tudo o que acontece – Jó 42.2.

b. Preceptiva – aspecto pelo qual ele prescreve a norma de vida para as suas criaturas morais. São os preceitos do Senhor revelados na Lei e no Evangelho – Êxodo 20.1-17; Mateus 5-7; 1 Tessalonicenses 5.17.

c. Secreta ou específica – é o aspecto que diz respeito às questões específicas e de interesse pessoal de cada individual. Para se discernir a vontade não revelada de Deus, dois fatores precisam ser sempre levados em conta: 1º) Fazer um exame global das circunstâncias que envolvem a questão; 2º) Verificar a inclinação e a paz de Deus no coração. (Romanos 12.2)

d. Revelada – abrange todo o conteúdo da vontade preceptiva e decretiva que está revelada na Escritura. Isso inclui quem Deus é, quem nós somos e o que ele quer que sejamos – 1 João 2.17.

2. O poder absoluto de Deus e suas características:

O poder de Deus e infinito – apesar de Deus ter todo o poder, por causa de sua natureza ele não faz determinadas coisas, como:

a. Não pode morrer;
b. Não pode ser enganado;
c. Não pode mentir;
d. Não pode ser infiel;
e. Não pode ser tentado pelo mal;
f. Não pode pecar;
g. Não pode deixar de ser justo.

Conclusão

  Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus, e a ti, Senhor, pertence a graça, pois a cada um retribuis segundo as suas obras.

Salmo 62.11, 12

Estudo da Primeira Carta de João – 1 João (3) - A Conduta na Comunhão – Seguir (imitação), separação e credo

1 João 2.3-27

Estamos estudando o texto de 1João do ponto de vista da comunhão que Deus preparou para o seu povo. Já expomos dois pontos da carta:

ð 1º) Onde Começa a Nossa Comunhão – 1 João 1.1-41) Ela começa com Deus; 2) Nos leva à comunhão na Igreja e; 3) Nos dá Plena Alegria.
ð 2º) As Condições Para a Comunhão – 1 João 1.5-2.21) Conformidade com um Padrão e 2) Confissão de Pecados.

Hoje, vamos começar nosso terceiro ponto no estudo de 1João, com o tema: A conduta na comunhão. Faremos isso em três estudos: 1º) O Caráter de Nossa CondutaSeguir (imitação)  – 2.3-11; 2º) O Mandamento para a Nossa CondutaSeparação2.12-17; e 3º) O Credo para a nossa Conduta2.18-27.

I. O caráter de nossa conduta – Seguir (imitação) – 2.3-11

1. vv.3-6 – João deixa claro para os seus contemporâneos que a evidência da certeza de que o crente experimentou a Cristo, isto é, nasceu de novo, é a obediência aos seus mandamentos. Ele queria dizer que a obediência aos mandamentos de Cristo é o teste definitivo da fé do cristão autêntico.

v.3 – E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Duas perguntas que naturalmente surgem do texto: 1ª) Nisto o que? Que mandamentos e de quem?

v.4 – Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Pergunta: Onde está a verdade? Esse termo verdade aparece 25 vezes na carta de João.

v.5a – Mas qualquer que guarda a sua palavra... – a verdade sobre o conhecimento real de Cristo encontra-se na Bíblia.

No entendimento de João, o conhecer a Cristo só era verdadeiro quando esse conhecer levava a pessoa a ter uma conduta igual a de Cristo. Um dos significados do verbo grego ginõskõ, traduzido aqui como conhecer, significa ter não somente um conhecimento teórico mais sim uma experiência intima com alguém.

Os gnósticos da época de João diziam ter um conhecimento místico de Deus e revelações especiais de Deus. Alguns grupos que se dizem crentes, hoje, também, admitem esse tipo de experiência gnóstica. Precisamos tomar cuidado!

v.5b – ... o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado... – aqui pela primeira vez João usa o termo grego ágape – que é usado para expressar o amor de Deus, um amor incondicional. João diz então que: se alguém tem um conhecimento teórico e experimental de Cristo através de sua Palavra, a vida dessa pessoa é caracterizada pelo aperfeiçoamento do amor de Deus, isto é, sua fé e conduta transcendem os sentimento e emoções, mas é expressa em ação, na pratica!

v.5c – nisto conhecemos que estamos nele. Uma pergunta: Nisto o que?

v.6 – Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou. A certeza de que o crente está em Cristo deve estar sujeito a este teste: Observar se estamos nos conduzindo com Jesus Cristo. Isso significa que cada membro da comunhão deve modelar sua vida diária pela vida de Jesus – 1Pe 2.21; Cl 2.6, 7. É como disse Paulo em 1Co 11.1.

2. v.7-11 – Agora, João, coloca diante dos crentes que a conduta cristã está baseada e firmada no amor de Deus em Jesus Cristo, que ele chama de antigo e novo mandamento.

v.7 – Irmãos, não vos escrevo mandamento novo, mas o mandamento antigo, que desde o princípio tivestes. João quer que os crentes entendam que o mandamento do amor que eles devem evidenciar em suas vidas é aquele mesmo que eles conheceram e experimentaram na conversão pela Palavra. Ele chama esse amor de primeiro amor em Apocalipse 2.4.

v.8a – Outra vez vos escrevo um mandamento novo, que é verdadeiro nele e em vós... – o novo mandamento do amor a que João se refere está em: Jo 13.34um amor igual ao de Jesus; Rm 13.8-10um amor que cumpri a lei (Tg 2.8); Rm 12.9-21um amor pratico, vivo; 1Jo 3.16o novo mandamento consiste em dar a vida pelos irmãos.

v.8b – ... porque vão passando as trevas, e já a verdadeira luz ilumina. Aqui, João coloca a vitória continua da luz, o amor de Deus em Jesus Cristo, sobre as trevas. Veja referências sobre essa vitória da luz: Jo 1.5as trevas não prevaleceram contra ela – ela é a luz que resplandece; Ef 5.8-10a vitória da luz e seus frutos.

v.9 – esse versículo mostra claramente a incompatibilidade entre a luz e as trevas. Não tem como estar na luz e odiar. Ser crente e ter esse tipo de sentimento. Para João, depois da incredulidade, o pecado mais terrível que ele menciona em sua carta é o ódio de uma pessoa para com outra. A conclusão inevitável a que João chegou é que quem odeia a seu irmão está nas trevas.

v.10a – Aquele que ama a seu irmão está na luz... João então mostra que o fruto da luz é o amor que um irmão sente pelo outro.

v.10b – ... e nele não há escândalo (tropeço – ARA). Essa parte do versículo pode ser entendida de duas maneiras: 1ª) referindo-se a luz – não há escândalo (tropeço) na luz; ou 2ª) referindo-se a pessoa que está na luz – não há escândalo (tropeço) na vida dessa pessoa.

O termo grego para tropeço skandalon era o artifício colocado em uma armadilha preparada para animais... A nossa palavra escândalo tem origem aqui.

v.11a – Mas aquele que odeia a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir... (para onde vai – ARA) – que condição terrível João descreve aqui para uma pessoa que se diz crente. Essa é a condição de um pecador que ainda está perdido! Veja o restante do que o texto diz:

v.11b - ... porque as trevas lhe cegaram os olhos. Quem é cego espiritualmente é um pecador perdido – cf. 2Co 4.4.

O que João quer ensinar aqui é que não existe zona neutra entre o ódio e o amor. Ou a pessoa está e anda na luz ou está e anda nas trevas!

Uma pessoa que tem uma experiência pessoal com Cristo está na luz e sua conduta na comunhão é a de viver como Cristo viveu! Como ele viveu? cf. Atos 10.38:
Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.

II. O mandamento para a nossa conduta – Separação – 2.12-17

João, aqui nesta passagem (vv.12-17), tem como objetivo lembrar aos crentes as suas vitórias na fé cristã, reafirmar-lhes a aprovação em relação a firmeza na fé e enfatizar a separação daquele que vive uma fé cristã autêntica do estilo de vida mundano.

1. Ao dirigir-se aos cristãos ele usa quatro termos:

a.    Dois desses termos são de uso genérico para afeição ou que expressão afeição. Termos que ele usa em outras partes na carta.

v.12filhinhos – grego teknia

v.14filhinhos ou meninos – grego paidia

b.   As outras duas palavras, pais e jovens, são usadas com significado especializado, da seguinte maneira:

v.13aPais – o termo grego usado refere-se aos primeiros membros da comunhão (igreja), os crentes mais antigos, convertidos a mais tempo.

v.13bJovens – o termo grego usado refere-se aos mais novos na fé.

2. Uma coisa interessante a se observar é que João mostra uma espécie de progresso que deve haver na vida cristã e que ele quer que aconteça, e ele mesmo tem observado naquele grupo de crentes a quem escreveu, mas que deve ser verificado na vida cristã de cada membro da igreja de todos os tempos:

v.12 – perdão de pecados – João lembra aqui aos seus leitores que eles foram perdoados. Toda pessoa que se converte a Cristo recebe o perdão dos pecados passados. Também do presente o perdão é garantido mediante confissão diária.

v.13a – conhecimento de Deus, o Pai – ele repete por três vezes essa afirmação de conhecimento de Deus. Duas vezes refere-se aos crentes mais maduros (v.13a e 14b) e uma vez refere-se aos mais jovens, mostrando que quanto mais eu permaneço na fé mais eu devo conhecer a Deus.

v.13b – vitória sobre o maligno – o interessante nesta afirmação de João, é que ele diz aos mais novos que eles venceram o maligno e isso por duas vezes – v.14. Por que ele não diz isso dos mais velhos? Porque é uma coisa óbvia. Aqui ele reconhece o progresso do crente em santidade.

v.14c – força pela palavra que permanece – João então mostra que o perdão dos pecados, o conhecimento de Deus e a vitória sobre o maligno tem uma causa – a força que vem pela Palavra de Deus.

3. A partir daí João coloca diante dos crentes vitoriosos pela fé e que estão firmes em sua caminhada de progresso cristão, que a separação do mundo é a melhor opção para uma vida cristã vitoriosa e que isto é um mandamento para a nossa conduta na comunhão.

v.15a – a palavra amor usada aqui por João significa amor a coisas, objetos. Diferente da palavra que se refere ao amor do Pai e ao amor cristão.

v.15bmundo – o sistema organizado dirigido pelos homens e por Satanás, caracterizado por rejeitar a de Deus e opor-se a Ele. 1Jo 5.19; Jo 3.19; Tg 4.4; Gl 6.14. João então faz uma afirmação muito forte – Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele – v.15c.

v.16 – neste versículo João informa aos crentes o que o mundo oferece:

ð concupiscência (cobiça) da carne – coisas que dão ou trazem prazer momentâneo.

ð concupiscência (cobiça) dos olhoso materialismo avarento e transitório.

ð soberba da vidaorgulho pelo que é e pelo que possui.

Estas coisas não procedem de Deus, mas do mundo! Na verdade, os crentes vivem numa batalha espiritual diária contra o diabo, o mundo e a carne.

v.17 – João encerra seu pensamento sobre o mandamento da nossa conduta na comunhão, a separação, falando sobre a transitoriedade do mundo e sua cobiça em contrates com indestrutibilidade daquele que faz a vontade de Deus.

III. O credo para a nossa conduta – Afirmação – 2.18-27

João após colocar diante dos seus leitores que eles devem viver como Cristo e separados do mundo, enfatiza a ortodoxia, isto é, a afirmação da fé que uma vez foi dada aos santos – Jd v.3.

1. v.18a – ... já é a última hora... – para os leitores originais de João os termos gregos que ele usou querem dizer que está última hora era uma hora crítica que, de fato podia ser a última hora. João ouviu dos lábios de Jesus uma afirmação sobre a hora final que ele não poderia esquecer – Mc 13.32. Observe uma exortação de Paulo sobre a hora final – Rm 13.11-14.

2. v.18b – ... e, como ouvistes que vem o anticristo... – João se refere aqui ao homem do pecado a que Paulo se refere em 2Ts 2.1-12.

3. v.18c – ... também agora muitos se têm feito anticristos... – esses anticristos a que João se refere são os falsos profetas mencionados por Jesus, por Paulo e por Pedro – Mt 24.5; 1Tm 4.1; 2Tm 3.1; 2Pe 2.1

4. v.19 – João indica de onde procedem esses anticristos – Saíram de nós, mas não eram de nós...

5. vv.20-21 – Aqui João reafirma que, aqueles a quem estava escrevendo eram crentes de verdade, tinham o Espírito Santo e o conhecimento de Deus, e que destes não poderia surgir um falso profeta.

6. vv.22-23 – aqui estão características doutrinárias do anticristo e dos falsos profetas: Negar que Jesus Cristo é Filho de Deus – divindade de Jesus; e Docetismo – Jesus só tinha aparência humana e não natureza.

7. v.24 – Portanto, o que desde o princípio ouvistes permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai. A exortação aqui é para permanecer firme no Evangelho que nos fez nascer de novo – cf. Jo 14.23. Paulo é duro neste assunto de permanecer no Evangelho de Cristo – cf. Gl 1.6-9; 5.1, 13.

8. v.25 – A promessa da vida eterna é para aqueles que estão em Cristo.

9. vv.26-27 – João fala sobre aqueles que querem enganar e sobre o Espírito Santo que recebem os verdadeiros seguidores de Jesus. Por que? Na época de João os falsos mestres do gnosticismo diziam que recebiam uma unção espiritual que lhes davam conhecimento e percepção profética superior a verdade cristã.

A unção que o cristão recebe é o Espírito Santo e é ele que ensina todas as coisas – cf. Jo 14.26; 14.17. João não está dizendo que o crente não precisa de ensino bíblico, mas que ele não precisa do ensino falso, porque já tem o verdadeiro.

João conclui seu pensamento e seu ensino sobre a conduta na comunhão com a afirmação “... como ela vos ensinou, assim nele permanecereis”.

Conclusão

A Conduta na Comunhão”, observando o seguinte:

1º) O Caráter de Nossa Conduta – Seguir (Imitação) – 2.3-11.
2º) O Mandamento para a Nossa Conduta – Separação – 2.12-17.
3º) O Credo para a Nossa Conduta – Afirmação – 2.18-27.