quarta-feira, 27 de março de 2013

Confiança para viver e para morrer


Salmo 16

Em nosso estudo anterior, no Salmo 8, vimos que muito do seu conteúdo o qualifica como um salmo da criação e também há uma importante ênfase na dignidade do homem diante da criação. Nosso tema foi a glória de Deus e a dignidade humana.

Antes, porém, de desenvolvermos nosso tema de hoje, Confiança para viver e para morrer, é apropriado afirmar que, cerca de 1.000 a.C. este Salmo já falava sobre a morte e a ressurreição vitoriosa do Senhor Jesus nos vv.8, 9. Isso mostra as referências messiânicas diretas e as repetições no Novo Testamento que o identificam como Salmo Messiânico. As referências e repetições são: 1ª) Salmo 16.9-10 – Atos 2.24-37 – Pedro no sermão no Pentecoste e; 2ª) Salmo 16.10 – Atos 13.34-39 – Paulo na Sinagoga em Antioquia da Pisídia.

O salmista declara que assim como confiou no Senhor nesta vida (vv.1-8), assim confiará nele na sua morte e na eternidade (vv.9-11).

I. Confiança para viver – vv.1-8

1. v.1Num Deus em quem se pode confiar e se refugiar. Davi faz esse pedido de proteção em outros Salmos – 17.8; 140.4; 141.9. Não identificamos, aqui, o motivo do pedido de segurança, mas vemos claramente que se trata de um embate de morte por causa de um doença ou de um atentado.

2. v.2aNum Deus que houve – Digo ao SENHOR: Tu és o meu Senhor... – v.2b – ... outro bem não possuo, senão a ti somente. “Meu bem estar depende totalmente do Senhor”.

3. v.3Num Deus que santifica o seu povo. Povo que ele mesmo separou para si e o abençoa.

4. v.4Num Deus que rejeita e pune a idolatria, não aceita culto estranho e não reconhece o impio como seu povo.

5. v.5, 6Num Deus que assegura uma vida com segurança e satisfação.

6. v.7, 8 – Num Deus acessível e presente, que recebe nossa gratidão e nos fortalece.

II. Confiança na morte e na eternidade – vv.9-11

1. v.9 – no enfrentamento com a morte o servo de Deus segue em paz.
2. v.10 – a confiança em Deus diante da realidade da morte, fortalece a esperança da ressurreição.

3. v.11 – a confiança em Deus na iminência do final da existência, estabelece convicções divinas sobre o modo de vida, traz alegria plena na presença de Deus e reafirma a eternidade em nossos corações.

Concluindo

1)      Confiança para viver e;
2)      Confiança na morte e na eternidade.

Pr. Walter Almeida Jr.
CBL Limeira – 24/03/13

Lídia – um exemplo de conversão


Atos 16.11-15

ü  Lídiaa primeira convertida da Europa.
ü  Mas ela não era européia e sim de uma província na Ásia.
ü  Lídia era uma grande província cuja capital era Sardes (Ap 3.1-6).
ü  Lídia nasceu na cidade de Tiatira que fazia parte da província de Lídia.
ü  Tiatira – Ap 2.18-29.
ü  Embora sendo da Ásia Menor, ela, Lídia, foi evangelizada e convertida na Europa.
ü  Na longa viagem missionária de Paulo e sua equipe, guiados pelo Espírito Santo, eles foram a Filipos.
ü  Embora Paulo tivesse em sua visão visto um varão, que se converteu primeiro foi uma mulher – Lídia!

Hoje, vamos falar sobre Lídia e nosso tema é:
Lídia, um exemplo de conversão!

ü  O texto de Atos 16.11, 12 está falando inicialmente sobre a vigem missionária:
ü  1º) ...de Trôade... – região Noroeste;
ü  2º) ... a Samotracia... – ilha no Egeu;
ü  3º) ... a Neápolis... – cidade portuária;
ü  e dali, a Filipos... – província Romana com direito de liberdade de governo;
ü  4º) Macedônia – uma região completa!

Atos 16.13
ü  No sábado – descanso sabatico!
ü  Um lugar de oração – onde não havia sinagoga havia grupos pequenos de oração no sábado!
ü  ... mulheres que para ali tinham concorrido. As mulheres, onde não havia sinagoga podiam se reuniar para orar!

Atos 16.14
ü  Certa mulher – não cita seu marido, possivelmente era viúva.
ü  Lídia de Tiatira – informa seu nome e seu nascimento.
ü  Vendedora de púrpura – sua profissão era negociante de tinta para tecido ou tecido já tingido.
ü  Temente a Deus – ser ser do judaísmo.

Atos 16.14b, 15
...o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia. Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa, nos rogou, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa e aí ficai. E nos constrangeu a isso.

Olhando por este texto, podemos afirmar que Lídia foi e é um exemplo de conversão, por isso a sua vida tem lições importantes à nos ensinar. Vamos observar três lições na conversão de Lídia que aprendemos do texto:


1ª) Lição: (v.14b) – disposição para ouvir!
...o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia.

Uma pergunta: o que Paulo pregava?

1Coríntios 15.1-4
1 Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais;
2 por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão.
3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,
4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.

Deus, em sua soberania, abriu o coração de Lídia para ela entender o Evangelho!

ü  Essa compreensão do Evangelho vem de Deus quando paramos para ouvi-lo!
ü  A Fé para a conversão vem do ouvir o Evangelho!
ü  Jesus falou sobre isso:

Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.
João 5.24

Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.
João 7.38

2ª) Lição: (v.15a)Disposição para obedecer!
Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa...

ü  Estamos vivendo em um mundo entregue a si mesmo, onde já se perdeu o conceito de obediência e respeito!
ü  Escute o que a Escritura diz:
ü  2 Timóteo 3.2 – pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes,
ü  Tito 1.16 – No tocante a Deus, professam conhecê-lo; entretanto, o negam por suas obras; é por isso que são abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra.

Essa desobediencia mundana está entrando com muita força na igreja! Culpa de quem? Da própria Igreja!

Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.
Apocalipse 2.4, 5

Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição. Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca.
Apocalipse 2.14, 16

Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos. Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição.
Apocalipse 2.20, 21

Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti.
Apocalipse 3.2, 3

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;
Apocalipse 3.15, 16

Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.
Apocalipse 3.19, 20

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta,
entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.
Apocalipse 3.21

3ª) Lição: (v.15b) – Disposição para servir!
... ela e toda a sua casa, nos rogou, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa e aí ficai. E nos constrangeu a isso.

Assim que recebeu a Cristo, comunicou a sua família! E eles entenderam o propósito de servir a Deus!

O que estamos vendo hoje é o seguinte quadro:
ü  Os não cristãos não querem servir a Deus e impedem os seus famíliares de servirem também!
ü  Alguns cristãos estão fazendo o mesmo!
ü  Exemplo: IBL Marincek (rapaz)
ü  Com Lídia foi bem diferente do que vemos hoje: ele passou a servir a Deus e levou a sua família também a fzer o mesmo!
ü  Precisamos acordar e começar a servir a Deus de verdade, isso contagia nossa família!

Concluindo – Três lições da vida de Lídia:

1ª) Lição: Disposição para ouvir!
2ª) Lição: Disposição para obedecer!
3ª) Lição: Disposição para servir!

Pr. Walter Almeida Jr.
IBLB Araras – Março de 2013.

domingo, 17 de março de 2013

Maria, um exemplo de adoração.


Lucas 10.38-42

  • Marta e MariaAs Escrituras apresentam elas sempre juntas.
  • Moravam no Vilarejo de Betânia, a três quilômetros de Jerusalém – João 11.18: Ora Betânia estava cerca de quinze estádios perto de Jerusalém.
  • As irmãs, como todos os irmãos, eram muito diferentes em vários aspectos...
  • Mas elas eram semelhantes numa questão vital – ambas amavam a Jesus!
  • A família delas – Marta, Maria e Lazaro – se tornara amiga pessoal do Senhor Jesus.
  • O Evangelho declarar o amor de Jesus por eles – João 11.5: Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
  • Essa família tinha uma qualidade especial – a hospitalidade.
  • Marta – uma anfitriã meticulosa e a mais velha dos irmãos.
  • Maria possivelmente era a irmã do meio.

Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos.
Lucas 10.39:

Os Evangelhos apresentam três relatos significativos da interação de Jesus com essa amável família de Betânia:

1) Lucas 10.38-42 – que descreve um pequeno conflito entre Marta e Maria sobre como dedicar-se melhor ao Senhor Jesus.
2) João 11 – capítulo que relata a ressurreição de Lazaro e o tratamento pessoal de Jesus em relação a Marta e a Maria;
3) João 12.1-11 – Um jantar na casa da família em Betânia, onde temos o episódio da unção dos pés de Jesus com o bálsamo de nardo puro caríssimo.

Então, nosso tema é: Maria, um exemplo de adoração.

  • A Bíblia fala muito sobre adoração.
  • No AT e no NT adoração tem dois sentidos:

1) curvar-se e prostrar-se...  2) Ação e atitude...

Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer,
fazei tudo para a glória de Deus.
1Coríntios 10.31

A adoração neotestamentária, portanto, não é apenas adoração a Deus no templo, mas também no serviço prestado ao semelhante.

Definições contemporâneas:
Adorar é expressar nosso amor a Deus por quem ele é,
pelo que ele disse e pelo que ele faz”.
Pr. Rick Warren
“Adorar é avivar a consciência pela santidade de Deus, alimentar a mente com a verdade de Deus, purificar a imaginação pela beleza de Deus, abrir o coração ao amor de Deus, devotar a vontade aos propósitos de Deus”.
Rev. William Temple

Olhando para Maria, podemos afirmar que ela foi um exemplo de adoradora, por isso a sua vida tem lições importantes à nos ensinar. Vamos observar três lições que aprendemos da vida de Maria, no texto:

1ª) Lição: (v.39b)Ela escolheu sentar-se (estar) aos pés de Jesus

As palavras do texto, como ela (Maria) se assentasse aos pés do Senhor, talvez permitam reconhecer que Maria também havia começado a servir a Jesus, mas que depois prestou atenção nas palavras de Jesus e se assentou aos pés dele para poder ouvir melhor e adora-lo!

Na época de Marta e Maria era desrespeito e má educação os irmãos novos não ajudarem nos serviços domésticos. Assim como, do mesmo modo era grosseiro e desrespeito chamar a atenção do faltoso na presença de visitas. Por isso, Marta não foi repreendida, mas esclareceu que há momentos na vida que a melhor coisa a fazer é estar aos pés dele!

Aquela era possivelmente a última visita de Jesus antes da semana da paixão. Maria soube discernir o momento e resolveu espontaneamente adorar ao Senhor! E fez isso corretamente, aos seus pés!

O povo de Israel tinha textos da Escritura muito vivos em sua mente e isso não era diferente com Maria.
  • Isaías 55.6 – Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
  • Jeremias 29.13 – Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.
  • João 4.23, 24 – Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.

Lembra da Definição de adoração do Pr. Rick Warren:
Adorar é expressar nosso amor a Deus por quem ele é,
pelo que ele disse e pelo que ele faz”.

2ª) Lição: (v.39c) Ela escolheu aprender do Senhor – ela era ensinável!

A Bíblia é muito clara sobre a nossa necessidade de ensinamento, isto é,
de aprendermos do Senhor!
1. No AT uma das causas dos pecados e derrotas do povo de Israel era a falta de conhecimento do Senhor!
  • Isaías 1.3 – O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.
  • Oséias 4.6 – O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei...
  • Oséias 6.6 – Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.


2. Escute o que o NT diz:
  • Mateus 22.29 – Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.
  • Filipenses 1.9 – E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção...
  • Colossenses 1.9 – Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual...


Creio que Maria pensou: Enquanto Jesus está aqui, vou aprender o máximo que puder com ele! É comprovado cientificamente que aprendemos pelo que vemos, escutamos e fazemos!

“Um cristão maduro terá um coração que ama a Deus, deleita-se em conhecê-lo e deseja agradá-lo de todas as maneiras”.
Perry G. Downs

3ª) Lição: (v.42) – Maria foi humilde e esperou a resposta do Senhor

O comportamento de Maria, que ouvia com plena dedicação as palavras de Jesus, é caracterizado pelo Senhor como a escolha da boa parte que lhe não seria arrancada. Assentar-se aos pés de Jesus para ouvir sua palavra não somente se justifica conforme a opinião do Senhor.

Mas, quando é Jesus o hóspede em uma casa, os moradores da casa devem considerar que a coisa mais sublime e importante é ouvir suas palavras. Nisso é que consiste a salvação que o Senhor visa trazer a uma casa. Por isso é a coisa única, a coisa necessária.

Um bom exemplo de confiança e paciência foi Davi – Salmo 40.1-3:
Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no SENHOR.
  • Jesus disse: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. (Mateus 5.3)
  • 1 Pedro 3.8 – Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes...
  • 1 Pedro 5.6 – Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte...
  • Tiago 4.10 – Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.


ConcluindoTrês lições da vida de Maria:

1ª) Lição: Ela escolheu sentar-se (estar) aos pés de Jesus

2ª) Lição: Ela escolheu aprender do Senhor – ela era ensinável!

3ª) Lição: Maria foi humilde e esperou a resposta do Senhor

Pr. Walter Almeida Jr.
IBLB Araras – 17/03/13

Marta, a serva dedicada


Lucas 10.38-42

Uma observação em nosso estudo de hoje sobre Marta, é que sempre ela aprece junta com sua irmã Maria. As Escrituras apresentam elas sempre juntas.

Moravam no Vilarejo de Betânia, a três quilômetros de Jerusalém – João 11.18: Ora, Betânia estava cerca de quinze estádios perto de Jerusalém.

As irmãs, como todos os irmãos, eram muito diferentes em vários aspectos, mas semelhantes numa questão vital – ambas amavam a Jesus!

A família delas – Marta, Maria e Lazaro – se tornara amiga pessoal do Senhor Jesus. A ponto de o Evangelho declarar o amor de Jesus por eles – João 11.5: Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
 
Essa família tinha uma qualidade especial, a hospitalidade. Marta, em particular, é sempre retratada como uma anfitriã meticulosa. Possivelmente Marta era a irmã mais velha, pois em todos os relatos evangélicos sobre eles, ela aparece em primeiro lugar e Lucas 10.38 menciona a casa da família como a casa de Marta – Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa.

Os Evangelhos apresenta três relatos significativos da interação de Jesus com essa amável família de Betânia: 1º) Lucas 10.38-42 – que descreve um pequeno conflito entre Marta e Maria sobre como dedicar-se melhor ao Senhor Jesus; 2º) João 11 – capítulo que relata a ressurreição de Lazaro e o tratamento pessoal de Jesus em relação a Marta e Maria; e 3º) João 12.1-11- Um jantar na casa da família em Betânia onde temos o episódio da unção dos pés de Jesus com o unguente caríssimo.

Não é fácil fazer uma descrição de Marta e de Maria em tão poucas palavras como neste texto, mas vamos caminhar pelo texto e observar algumas questões importantes. Por exemplo: “Algumas pessoas são por natureza muito dinâmicas e ativas; outras são naturalmente quietas e caladas. A pessoa ativa tem dificuldade para compreender a outra que se senta, pensa e contempla. E a pessoa devota dos momentos de silêncio e meditação muitas vezes despreza a que só se entrega à atividade. Não há nada mau em nenhuma das duas atitudes. Deus não fez todos iguais. Ele necessita de Martas e também de Marias”.[1]

Nosso assunto de hoje é sobre Marta. Na semana que vem falaremos sobre Maria. Então, nosso tema é: Marta, a serva dedicada!

Jesus falou sobre o serviço dedicado – João 12.26 – Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará.
 
Marta era uma serva dedicada, por isso a sua vida tem lições importantes a nos ensinar. Vamos observar três lições que aprendemos da vida de Marta no texto:

1ª) Lição – A Dedicação integral da sua vida ao Senhor – v.38

1. v.38b ...Marta, hospedou-o na sua casa. – a casa era de Marta. Mais de uma vez vemos ela receber Jesus e seus discípulos em sua casa – João 12.1, 2.

2. Servir na obra de Deus parece fácil, mas é uma das tarefas mais mal compreendidas no Reino de Deus.

a. Romanos 14.18 – Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens.

b. 1 Pedro 4.11 – Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!
 
2ª) Lição – O cuidado com seus irmãos – v.39

1. Maria e Lázaro eram os irmãos mais novos de Marta. Ela tinha a responsabilidade de cuidar deles, isto é – educá-los, alimentá-los e protegê-los!

2. João 11.20-28 – o cuidado especial de Marta com seus irmãos mais novos é impressionante aqui!

3. João 12.1, 2 – Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa.

3ª) Lição – A humildade para reconhecer seus equívocos – v.40-42

1. v.40 – Marta não é do tipo de pessoa mundana voltada para o que é terreno, mas ela caracteriza a natureza de muitos cristãos que atuam incansavelmente pela causa do Senhor, mas que em vista disso se esquecem de parar diariamente para ter um momento de devoção e ouvir o Senhor através da oração e da Palavra. O caráter de Marta facilmente cai no extremo do ativismo laborioso para o Senhor, buscando realização e santidade no serviço. Mas, o serviço do Senhor dever ser realizado por aqueles que buscando santidade na oração e na Palavra.

2. v.41 – Jesus carinhosamente chama a atenção de Marta – Marta, Marta...

3. v.42 – Jesus explica a Marta que quem é da família não precisa de muita cerimônia para chegar e jantar em nossa casa. O que, na verdade, é importante nesses momentos de comunhão é deixar a pessoa a vontade.

Observamos que Marta aceitou humildemente a explicação de Jesus e voltou aos seus afazeres de dona de casa, mas, dessa vez com cuidado especial em não se deixar enganar pelo ativismo.

Concluindo

Três lições da vida de Marta:

1ª) Lição – A Dedicação de sua vida por completa ao Senhor – v.38
2ª) Lição – O cuidado com seus irmãos – v.39
3ª) Lição – A humildade para reconhecer seus equívocos – v.40-42

Pr. Walter Almeida Jr.
IBLB - Araras - 10/03/13


[1] Barclay, William. Comentário do Novo Testamento, p. 123.

A glória de Deus e a dignidade humana


Salmo 8

Em nosso primeiro estudo sobre os Salmos Messiânicos, enfatizamos que eles são identificados diante dos outros salmos do seguinte modo: 1º) Contém referências diretas ao Messias e; 2º) Essas referências diretas são repetidas no Novo Testamento apontando inequivocamente para Jesus.

O primeiro dos salmos messiânicos que estudamos foi o Salmo 2, que tem como base histórica 2 Samuel 7, onde está a promessa divina “feita a Davi de um nome supremo, um relacionamento de filiação com o Senhor e uma linhagem eterna”[1] (vv.8-17). Por conta disso, esse salmo também é chamado de Salmo Real e “era usado para saudar cada um dos reis da linhagem davídica em sua ascensão ao trono, como lembrete do ideal”[2].

Nosso salmo de hoje é o Salmo 8. Logo que o lemos percebemos que ele é um salmo de louvor. É o que sugere os vv.1 e 9 – As aclamações do magnífico nome! Mas, muito do seu conteúdo o qualifica como um salmo da criação e também há uma importante ênfase na dignidade do homem na criação.

As referências diretas e repetições no Novo Testamento que o identificam como Salmo Messiânico são: 1º) Salmo 8.2 – Mateus 21.16; 2º) Salmo 8.4-6 – 1Coríntios 15.27-28; Efésios 1.22; Hebreus 2.5-10 (está citação se refere ao que foi escrito no salmo).

Este salmo é um hino que atinge alturas majestosas raramente atingidas pelo homem finito. Há um desenvolvimento de ideias sobre a grandeza do trono de Deus nos céus até o menor animal da terra. O homem é descrito como o centro da criação de Deus. O poema está artisticamente colocado entre um refrão no começo e outro no fim. Este refrão serve como introdução e conclusão.[3]

Nosso tema de hoje no Salmo 8 é: A glória de Deus e a dignidade humana.

I. A glória de Deus – vv.1, 2, 9

1. v.1a – Ó Senhor, Senhor nosso... – esses “dois nomes são usados para tratamento direto a Deus, mas o primeiro é seu nome especialmente revelado (Êx 3.14), e o segundo coloca ênfase em sua soberania”[4] (‘Adôn – Adonai). “O nome de Deus refere-se à revelação de sua pessoa, envolvendo todos os seus atributos”[5].

2. v.1b – ... quão magnífico em toda a terra é o teu nome! – essa aclamação que ocorre aqui e no v.9, tratam do reconhecimento e da honra de que só o Senhor Soberano é digno.

3. v.1c – Pois expuseste nos céus a tua majestade. – Essa terceira parte do verso 1 fala da existência de um Deus Soberano e Criador – Salmo 19.1-5.

4. v.2 – este verso trata de um contraste entre a verdadeira e a falsa adoração. Mas, também trata de um contraste entre aquele que depende de Deus e aquele que se julga autosuficiente. (Conf.: 1Coríntios 1.18-31)

5. v.9 – Podemos chamar esse verso de a doxologia do Salmo 8 – Quão magnífico ... é o teu nome... – “O refrão torna a chamar a atenção do homem para a majestade de Deus para que não fique absorvido por pensamentos sobre a sua grandeza pessoal. O homem tem dignidade, mas só Deus é majestoso”[6].

II. A dignidade humana – vv.3-8

1. v.3 – “A grandeza de Deus transcende aos céus e Seu poder é inimaginavelmente grande”[7]. “Os céus e tudo o que neles há foram criados por Deus – Salmo 33.6, 9; 102.25; 136.5”[8]. MacArthur escreveu “o antropomorfismo de ‘teus dedos’ transforma a imensidão do universo em uma miniatura na presença do Criador”[9]. (Sl 147.4; 2Cr 2.6).

2. v.4 – A cena noturna suscita este louvor à glória de Deus nos céus. Quando o homem ('enôsh – homem frágil) se compara com todo o espaço acima, como parece insignificante. Ele é verdadeiramente apenas o filho da humanidade (‘adam – homem genérico). “Mas, a contraparte em aramaico dessa frase está em Daniel 7.13, 14, que tem profundas implicações messiânicas”[10]. Essa é a designação favorita de Jesus no Novo Testamento – Mt 9.6; 12.8; 18.11; Mc 10.45; Lc 9.56; 19.10.

3. v.5, 6 – Deus criou o ser humano e lhe conferiu dignidade. “Três coisas designara a posição do homem: seu relacionamento com a divindade, sua dignidade (glória e honra) e o seu domínio”[11].

4. v.7, 8 – Esses versos mostram a área de domínio humano, delegada por Deus na criação (Gn 1.26-28). Eles esclarecem o domínio do v.6 – Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste. As criaturas da terra, do ar e do mar estão incluídas nesta referência óbvia à história da criação em Gênesis 1.

Concluindo

Na carta aos Hebreus 2.5-10, onde o Salmo 8 é mencionado, há um belo adendo onde o foco é desviado do homem e dirigido para Jesus. Em Jesus, na sua vida, ministério e sacrifício, o homem readquire a posição prevista para ele, por Deus, na criação. Isto supera em muito a posição original prevista para Adão. (Ef 1.21-22; 1Co 15.27; Mt 28.18; Fp 2.9; 1Pe 3.22).


Pr. Walter Almeida Jr.
CBL Limeira – 17/03/13


[1] Carson, D. A. – Comentário Bíblico Vida Nova, Vida Nova, 2009, p. 740.
[2] Ibid., p. 740.
[3] Comentário Bíblico Moody. Salmos, p. 20, 21.
[4] MacArthur, John. Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 685.
[5] Ibid., p. 865.
[6] Moody, p. 21.
[7] Lieth, Norbert. Salmos Messiânicos, Actual Edições, 2010, p. 31.
[8] MacArthur, p. 865.
[9] Lieth, p. 32.
[10] MacArthur, p. 685.
[11] Moody, p. 21.

domingo, 10 de março de 2013

A rebelião humana, a reação divina, o governo divino e a responsabilidade humana


Salmo 2

Assim como os outros 65 livros que forma a Bíblia, o livro dos Salmos e inspirado pelo Espírito Santo. O próprio Davi afirmou isso – 2Sm 23.1-3, Jesus confirmou a inspiração divina de Davi – Mc 12.36, e Pedro em seu sermão no Pentecoste também – At 1.16. O conteúdo dos Salmos é tão importante e poderoso como os dos outros livro do AT e quem lhe atribui essa importância é próprio Senhor Jesus em Lucas 24.44.

Os Salmos Messiânicos são identificados do seguinte modo: 1º) Contém referências diretas ao Messias e; 2º) Essas referências diretas são repetidas no Novo Testamento apontando inequivocamente para Jesus.

Em nossa série vamos estudar 20 salmos que, após estudo e observação, consideramos messiânicos. Isto não quer dizer que não há referências em outros salmos ao Messias.

No Novo Testamento há 224 passagens diferentes de 103 salmos e mais 54 citações menores, formando um total de 280 citações de salmos em todo o seu texto. Isso nos mostra, de um modo geral, que o Livro dos Salmos tem como tema o Messias e o seu Reino Eterno.

De acordo com Norbert Lieth, em seu livro Salmos Messiânicos, “quase toda a obra neotestamentária de Jesus é mostrada nos salmos, por exemplo:


  • Jesus veio para cumprir a vontade de Deus – Salmo 40.6-8;
  • Ele é o Bom Pastor – Salmo 23;
  • Ele é a pedra rejeitada que se tornou angular – Salmo 118.22;
  • Seu zelo pelo Templo o consumirá (a purificação do Templo) – Salmo 69.9;
  • Ele falou em parábolas – Salmo 78.2;
  • Ele acalmou a tempestade – Salmo 89.9;
  • O povo o aclamou com hosana – Salmo 118.26;
  • Cristo foi rejeitado – Salmo 22.7; 69.18-21;
  • Ele foi odiado sem motivo e sem motivo tinha inimigos – Salmo 69.4;
  • Ele não foi compreendido pelos da sua família – Salmo 69.8;
  • Ele foi traído – Salmo 41.9;
  • Ele foi escarnecido – Salmo 22.15; 89.50, 51;
  • Ele foi espancado – Salmo 129.3;
  • Ele foi afrontado – Salmo 69.7, 20;
  • Ele foi abandonado por Deus – Salmo 22.1;
  • Ele foi pregado numa cruz – Salmo 22.16;
  • Ele sentiu sede – Salmo 22.15;
  • Deram-lhe vinagre para beber na cruz – Salmo 69.21;
  • Lançaram sortes sobre suas vestes – Salmo 22.18;
  • Seus ossos não foram quebrados – Salmo 34.20;
  • Ele ressuscitou dos mortos – Salmo 16.10; 47.5;
  • A substituição de Judas o traidor – Salmo 109.8;
  • Seu Evangelho e seu decreto será proclamado – Salmo 2.7; 40.9, 10;
  • Ele foi elevado ao Céu – Salmo 47.5, 8; 68.18;
  • Ele está assentado a direita de Deus – Salmo 110.1;
  • Ele está assentado no seu trono – Salmo 47.5, 8;
  • Ele é o Sumo Sacerdote – Salmo 110.4;
  • Ele julgará os povos – Salmo 2.12; 96.10;
  • Seu reino é um Reino Eterno – Salmo 45.6; 89.35-37;
  • Ele é o Filho de Deus – Salmo 2.7, 12;
  • Ele é o Filho do homem – Salmo 8.4;
  • Ele é o Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque – Salmo 110.4;
  • Ele é o Rei – Salmo 2.6;
  • Ele é o Ungido – Salmo 2.2;
  • Ele é Deus – Salmo 45.6, 7; 47.5, 8;
  • Ele é abençoado eternamente – Salmo 45.2, 17;
  • Ele voltará em glória – Salmo 102.16;
  • Todas as nações se submeterão a Ele e todo joelho se dobrará diante dEle – Salmo 47.8, 9; 102.15; 110.1.”[1]

Com a certeza de que o Livro dos Salmos dão uma importante ênfase à vida completa de Jesus, o Messias, queremos estudar os Salmos Messiânicos começando pelo primeiro deles, o Salmo 2.

Este salmo, como muitos outros, foi escrito por Davi. E quem afirma a autoria dele a Davi é a Igreja do Novo Testamento na oração em Atos 4.25 – ... que disseste por intermédio do Espírito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs?

O Salmo 2 tem como base histórica 2 Samuel 7, onde está a promessa divina “feita a Davi de um nome supremo, um relacionamento de filiação com o Senhor e uma linhagem eterna”[2] (vv.8-17). Por conta disso, esse salmo também é chamado de Salmo Real e “era usado para saudar cada um dos reis da linhagem davídica em sua ascensão ao trono, como lembrete do ideal”[3].

As referências diretas e repetições no Novo Testamento que o identificam como Salmo Messiânico são: 1º) Salmo 2.1 – Atos 4.25-27; 2º) Salmo 2.7 – Hebreus 1.5; e 3º) Salmo 2.9 – Apocalipse 12.5.

O assunto do Salmo 2 é desenvolvido em quatro pontos que se equilibram: 1º) A rebelião humana (vv.1-3); 2º) A reação divina (vv.4-6); 3º) O governo divino (vv.7-9); e 4º) A responsabilidade humana (vv.10-12).

I. A rebelião humana – vv.1-3

Historicamente, os reis da linhagem davídica encontrava-se sempre sob ameaças do mundo ao redor e isso reflete, profeticamente, a rebelião do mundo contra Deus e contra seu Filho Jesus.

1. v.1, 2b – a ideia aqui é de inquietação geral por parte mundo pagão e do povo de Israel em rejeição a Deus e a Jesus – Atos 4.25, 27b.

2. v.2 – aqui temos a liderança mundial, reis e príncipes, que juntos planejam e conspiram contra Deus e contra seu Filho Jesus. (At 4.26, 27a)

3. v.3 – É assustador, mas verdadeiro, que tanto os gentios como Israel tentarão se livrar de Deus. Essas palavras descrevem tanto o desprezo de recusar, de despir e livrar-se de tudo o que possa lembrar Deus e seu filho Jesus Cristo a quem devemos prestar contas, como a apostasia interna do povo de Israel – Dn 8.23; 2Ts 2.3, 4; Jd vv.14-18.

II. A reação divina (vv.4-6)

1. v.4 – esse verso é uma afirmação clara da soberania divina em relação aos planos humanos. O Senhor e a tradução da palavra hebraica Adonai que significa Senhor Soberano. (Atos 4.28)

2. v.5 – Deus em sua ira divina contra toda impiedade e perversão humana (Rm 1.18), tem determinado um dia em que julgará o mundo com justiça, por meio de seu Filho, o Rei – Atos 17.31; 2Tm 4.1; Ap 6.16, 17.

3. v.6 – Mas, a resposta divina diante da rebelião humana é mais do que punitiva, é o estabelecimento do seu Rei messiânico, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores – Ap 14.1; 19.15, 16.

III. O governo divino (vv.7-9)

1. v.7 – O decreto do Senhor claramente proclamado aqui refere-se à promessa do reino davídico e profeticamente ao reino de Jesus Cristo. O Novo Testamento usa esse verso “em referência ao nascimento de Jesus (Hb 1.5-6) e também à sua ressurreição (At 13.33, 34) como confirmações terrenas”[4].

2. v.8 – aqui Deus mostra o perímetro que será dado para o seu Rei governar – as nações e as extremidades da terra, isto é, um reino global. O domínio de Cristo será sobre toda a terra. (Ap 11.15-19)

3. v.9 – e aqui temos o contraste entre o poder absoluto e a impotência total. A palavra usada para vara aqui, em hebraico, tanto era usada para designar a vara de um pastor como o cetro de um rei.

IV. A responsabilidade humana (vv.10-12)

O tom desses versos é importantíssimo, pois “em vez do julgamento imediato, o Senhor e seu Ungido oferecem uma oportunidade de arrependimento. Cinco ordens colocam a responsabilidade sobre a humanidade amotinada”[5].

1. v.10a – Agora, pois, ó reis, sede prudentes... – parem um pouco, reflitam...

2. v.10b – ... deixai-vos advertir, juízes da terra. – corrijam-se, aprendam...

3. v.11a – Servi ao Senhor com temor... – convertam-se, dediquem-se...

4. v.11b – ... e alegrai-vos nele com tremor. – louvem, adorem, celebrem...

5. v.12a – Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. – Sejam humildes, submetam-se, tenham satisfação no Senhor...

Concluindo

Tudo que vimos nesse salmo tem seu contexto imediato na descendência davídica e seu contexto absoluto no Messias, Jesus Cristo. Por isso, ele termina assim –            Bem-aventurados todos os que nele se refugiam – v.12b.

“Não há refúgio dele (para onde se possa fugir dele); só há refúgio nele” (Kidner).[6]


Pr. Walter Almeida Jr.
CBL Limeira – 09/03/13




[1] Lieth, Norbert. Salmos Messiânicos, Actual Edições, 2010, p. 8-10.
[2] Carson, D. A. – Comentário Bíblico Vida Nova, Vida Nova, 2009, p. 740.
[3] Ibid., p. 740.
[4] MacArthur, John. Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 681.
[5] Ibid., p. 681.
[6] Carson, p. 741.