quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Reflexões em Provérbios - O estudo da verdade conduz à sabedoria para uma vida saudável

Provérbios 3

No estudo anterior, vimos como o ensino do sábio sobre priorizar a busca da sabedoria divina, seus benefícios e os perigos de ignorá-la.

Hoje, no capítulo 3, vamos ver que o estudo da verdade conduz à sabedoria. Por isso, Salomão ensina que: 1º) A sabedoria tem suas raízes no ensino saudável vv.1-4; 2º) A sabedoria está baseada na confiança em Deusvv.5-10; e 3º) A manutenção da sabedoria exige disciplina, mas é recompensadoravv.11-18; 4º) A sabedoria é a base para tudo na vidavv.19-26; e 5º) A sabedoria não deve ser usada apenas em beneficio próprio, mas em favor da humanidadevv.27-35.

I. A sabedoria tem suas raízes no ensino saudável – vv.1-4

1.    Que vem pela Palavra de Deus – v.1.
2.    Que concede vida saudável e paz – v.2.
3.    Que fortalece as virtudes no coração – v.3.
4.    Que proporciona crescimento equilibrado – v.4.

II. A sabedoria está baseada na confiança em Deus – vv.5-10

1.    De todo o coração – vv.5, 6.
2.    Com temor – vv.7, 8.
3.    Com desprendimento – vv.9, 10.

III. A manutenção da sabedoria exige disciplina, mas é recompensadora – vv.11-18

1.    Disciplina de Deus como Pai – vv.11, 12.
2.    A bem-aventurança da sabedoria – vv.13-18.

IV. A sabedoria é a base para tudo na vida – vv.19-26

1.    A sabedoria divina é a base da criação – vv.19, 20.
2.    A sabedoria divina é a base para uma vida emocional (psicológica) (vv.21, 22), física – (vv.23, 24) e espiritual saudável (vv.25, 26).

Concluindo

A sabedoria não deve ser usada apenas em beneficio próprio, mas em favor da humanidade – vv.27-35.

Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira 27/08/2014

domingo, 24 de agosto de 2014

Panorama do AT – Êxodo (1) - A ação de Deus no livramento de Israel do cativeiro – Êxodo 1-18

Êxodo 1-40 (1-18)

Nos estudos anteriores, no livro de Gênesis, vimos:

ü Que o conteúdo do livro pode ser estudado em três partes: 1ª) Primórdios – Gn 1-11que se resume em três expressões: Criação, Dilúvio e Babel; 2ª) Patriarcas – Gn 12-36 – que se resume em três nomes: Abraão, Isaque e Jacó; e 3ª) Descida para o Egito – Gn 37-50 – que se resume em três fases: A família de Jacó (início da biografia de José); Peregrinação e Ascensão de José; e A descida da família de Jacó para o Egito.

Hoje, vamos começar a estudar, panoramicamente, o livro de Êxodo, dividindo-o em três partes: 1ª) A ação de Deus no livramento de Israel do cativeiroÊx 1-18; 2ª) A ação de Deus oferecendo a Israel uma regra para a vida sob a promessaÊx 19-31; e 3ª) A ação de Deus fazendo-se presente no meio do Seu povoÊx 32-40.

I. Introdução ao estudo do livro de Êxodo

O titulo Êxodo, que significa a saída, dado ao segundo livro da Bíblia, foi atribuído pela Septuaginta (tradução grega da Bíblia Hebraica – VT) e pela Vulgata (tradução latina da Bíblia – VT e NT), pelo fato histórico dominante do livro – a saída de Israel do Egito (cf. 12.51; 13.16-22; 19.1). Já o título hebraico do livro é extraído das suas primeiras palavras “Estes pois são os nomes...” (1.1a acf), com o objetivo de que o livro deve ser aceito como a continuação do livro de Gênesis.

Moisés foi o escritor do livro e não faltam evidências disso. Desde o tempo de Josué, o livro é atribuído a ele – Js 8.31-35; cf. Êx 20.25. Mais importante ainda é a referência que o Senhor Jesus faz a passagens de Êxodo como escritas por Moisés – Mc 7.10, 12.26. Em outros lugares no Pentateuco, Moisés é indicado como aquele que... ...escreveu todas as palavras do Senhor... (Êx 24.4a), como a pessoa que registrou... ...as suas saídas, segundo as suas jornadas, conforme o mandado do Senhor... (Nm 33.2a) e que... ...escreveu esta lei... (Dt 31.9a). Além disso, o texto indica que o seu autor estava muito bem familiarizado com o tempo, os eventos e os lugares mencionados no livro. A riqueza dos detalhes deixa claro que o autor foi testemunha ocular do que descreve no livro.

A data mais aceita e de evidências mais concretas é que Êxodo foi “escrito durante o período da peregrinação de Israel no deserto”[1], no século 15 a.C. (1445 a.C.). “Em algum momento durante os 40 anos como líder de Israel (cf. Êx 7.7; Dt 34.7), Moisés escreveu o segundo, dos seus cinco livros”[2]. Creio que o escreveu após o êxodo, nas planícies de Moabe.

Êxodo é um livro de libertação e estabelecimento, pois, nele, vemos que a aliança estabelecida em Gênesis entre Deus e os patriarcas transforma-se na história de Israel, à medida que Deus irrompe no tempo e no espaço para libertar Israel da escravidão e estabelecê-lo como nação com a posse permanente de Canaã e a presença dele no seu meio.[3] Assim, concluímos que, o tema do livro “é a libertação de Israel do Egito em cumprimento à promessa de Gênesis 15.13, 14”.[4]

Mas, precisamos, também, ter uma noção da transição do livro de Gênesis para o livro de Êxodo. No final do livro de Gênesis temos uma família indo para o Egito e se estabelecendo lá – Gn 46.27, 27 (70 pessoas). No início do livro de Êxodo temos um povo saindo do Egito para se estabelecer em outra terra, Canaã, a terra da promessa – Êx 12.37, 38 – (600 mil homens, sem contar crianças e mulheres). Aqui temos um contraste: uma família protegida por Faraó numa terra privilegiada (Gn 47.5-12 – Gósen – terra fértil e boa), mas, depois da transição, um povo perseguido por Faraó fabricando tijolos como escravos (Êx 1.8-14).

Portanto, como já afirmei, vamos estudar, panoramicamente, o livro de Êxodo, dividindo-o em três partes: 1ª) A ação de Deus no livramento de Israel do cativeiroÊx 1-18; 2ª) A ação de Deus oferecendo a Israel uma regra para a vida sob a promessaÊx 19-31; e 3ª) A ação de Deus fazendo-se presente no meio do Seu povoÊx 32-40. Hoje, nosso estudo será na primeira parte: A ação de Deus no livramento de Israel do cativeiro – Êx 1-18.

II. A ação de Deus no livramento de Israel do cativeiro[5] – Êx 1-18

Deus começa a cumprir sua promessa de uma descendência inumerável, quando setenta pessoas se transformam em milharesvv.1-7.

1. Incluía a permissão divina para a opressão do Egito – 1.8-22

a.    Israel cresceu e passa a ser a maior força de trabalho escravo do Egito – vv.8-14.

b.   O crescimento assustador de Israel leva Faraó a tomar uma mediada radical, tentar o genocídio. Houve duas tentativas: 1ª) a morte dos meninos na hora do partovv.15-21; 2ª) a campanha nacional para eliminação dos meninos recém-nascidosv.22.

2. Incluía a preparação de um líder capaz – 2.1-4.31

a. O nascimento e a proteção sobrenatural de Moisés lhe trouxeram, ao mesmo tempo, uma criação hebraica e instrução na corte egípcia – 2.1-10.

b.   A preparação de Moisés para a liderança exigia três coisas: 1ª) Treinamento no deserto de Midiã por 40 anos2.1-14; 2ª) Ruptura com a vida e os costumes egípcios2.15; e 3ª) Adoção de um estilo de vida nômade, como homem casado e pastor de ovelhas2.16-22.

c.    O chamado de Moisés – 2.23-4.17.

ð O seu chamado foi a resposta de Deus à crescente opressão sofrida pelos israelitas – 2.23-25.

ð O seu chamado acontece em Horebe, onde Deus se manifesta como o Deus da aliança – 3.1-10.

ð O seu chamado é confirmado quando Deus refuta decisivamente suas inadequadas objeções – 3.11-4.17.

d.   Moisés volta para o Egito como um líder plenamente qualificado de acordo com a aliança abraâmica – 4.18-26.

e.    Moisés é reconhecido como líder por Arão, pelos Anciãos e pelo povo – 4.27-31.

3. Incluía um confronto com Faraó e seus deuses – 5.1-11.10

a.   O confronto resultou no crescente endurecimento do coração de Faraó e em dificuldades para a vida dos israelitas – 5.1-7.13.

b.   O confronto resultou na completa humilhação de Faraó e seus deuses diante do Deus vivo e verdadeiro – 7.14-11.10. A completa humilhação veio por meio de dez julgamentos com os quais Deus demonstra sua superioridade sobre Faraó e sobre os seus deuses:

ð 1º) A praga das águas transformadas em sangue – 7.14-25Que revelou a autoridade de Deus sobre o Nilo, o rio que sustentava a vida no Egito; 2º) A Praga das rãs – 8.1-15 Revelou a superioridade de Deus sobre a deusa Hegt; 3º) A praga dos piolhos – 8.16-19Que revelam a superioridade de Deus sobre Set, deus do deserto ou poeira; 4º) A praga das moscas – 8.20-32Que revelou a superioridade de Deus sobre o deus Uatchit e estabeleceu a distinção entre Israel e o Egito; 5º) A praga das pestes nos rebanhos – 9.1-7Que demonstrou a superioridade de Deus sobre Ápis, o deus touro, e Hathor, a deusa vaca, ao preservar o gado dos israelitas; 6º) A praga das úlceras – 9.8-12Que demonstrou a superioridade  de Deus sobre Ísis, a deusa da cura, sobre Sekhmet, deusa dos remédios, e sobre Sunu, o deus da peste; 7º) A praga da saraiva – 9.13-35Que revelou a superioridade de Deus sobre Nut, o deus do céu, sobre Osíris, o deus das colheitas e da fertilidade, e sobre Set, o deus da tempestade; 8º) A praga dos gafanhotos – 10.1-20Que revelou a superioridade de Deus sobre Nut e Osíris; 9º) A praga das trevas – 10.21-29Que revelou a superioridade de Deus sobre Rá e Hórus, divindades do sol, e sobre Nut; e 10º) A praga da morte dos primogênitos – 11.1-10; 12.29-36Que revelou a superioridade de Deus sobre Min, o deus da reprodução, sobre Isis, deusa da cura, e sobre o herdeiro de Faraó, que era considerado divino pelos egípcios.

4. Incluía a celebração do livramento – 12.1-36

a.  As instruções para a celebração do livramento incluíam a Páscoa, que é prescrita como um memorial perpétuo – vv.14, 21-28, e a Festa dos Pães Ázimos com duração de sete dias – vv.15-20.

b.   A Páscoa serve como uma bela ilustração da redenção realizada por Cristo no Calvário – Jo 1.29; 1Co 5.7: 1ª) A oferta deveria ser perfeita12.5; 1Pe 1.19; 2ª) O cordeiro precisava ser morto –  12.6; Jo 12.24, 27; e 3ª) O sangue tinha que ser aplicado12.7; Hb 9.22.[6]

c.  A promessa divina de libertação do Egito com a riqueza da terra acontece logo após a aplicação da última praga – vv.29-36. Os próprios egípcios encorajaram os israelitas a partirem, dando-lhes seus objetos de valor – vv.33-37.

5. Incluía a saída definitiva do Egito e demonstrações convincentes do poder de Deus para proteger e suprir o seu povo a caminho da terra da promessa – 12.37-18.27

a.    Israel deixou o Egito, rumo a Canaã, sob o impacto da redenção divina e da obrigação de viver como nação consagrada – 12.37-13.22.

b.   Deus dá provas convincentes de seu poder de proteger o seu povo usando o Mar Vermelho, quando Israel passou a pés enxutos pelo meio do mar e os exércitos de Faraó foram destruídos – 14.1-31.

c.    O livramento sobrenatural oferecido por Deus ao seu povo é celebrado por Moisés e Miriã – 15.1-21.

d.   A caminhada do Mar Vermelho ao Sinai é marcada pela provisão fiel de Deus a despeito das atitudes lamentáveis de Israel – 15.22-18.27

ð Deus provê água potável e promete bem estar ao seu povo – 15.22-27; 17.1-7.

ð Deus provê alimento saudável para seu povo – 16.1-36.

ð Deus provê vitória sobre o traiçoeiro Amaleque – 17.8-16.

ð Deus oferece conselho sábio, por meio de Jetro, para facilitar a liderança de Moisés e aperfeiçoar a prática da justiça aos israelitas – 18.1-27.

Concluindo – Lições da primeira parte do livro de Êxodo:

1)      Enquanto estivermos vivendo neste mundo enfrentaremos aflições (Jo 16.33);
2)     Jesus é o nosso líder capaz e ele tem preparado outros líderes capazes para a tarefa de conduzir a sua igreja na jornada até o céu (Ef 4.11-16);
3)  Deus é o nosso provedor, ele é quem, definitivamente, supri as nossas necessidades físicas, psicológicas e espirituais.

Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira - 24/08/14


[1] Pinto, Carlos Osvaldo Cardoso. Foco e Desenvolvimento no Antigo Testamento, Editora Hagnos, Primeira Edição, 2006, p. 61.
[2] MacArthur, John. Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 88.
[3] Pinto, p. 63.
[4] Ryrie, Charles C. A Bíblia Anotada, SBB e MC, 2007, p. 58.
[5] Pinto, p. 72-79 (Esse ponto segue o esboço das páginas citadas com adaptações minhas ao contexto da igreja local)
[6] Ryrie, p. 72.

Boletim IBL Limeira - Nº 67 - 24/08/2014

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Reflexões em Provérbios - Fazendo da sabedoria de Deus nossa prioridade

Provérbios 2

No estudo anterior vimos com o tema o acesso à sabedoria é para todos, dividimos o texto em três pontos: 1º) A sabedoria está em todos os lugaresvv.20, 21; 2º) A humanidade tem rejeitado a sabedoria divinavv.23-26; e 3º) As consequências da rejeição da sabedoria divinavv.27-32.

Hoje, no capítulo 2, vamos ver o ensino do sábio sobre priorizar a busca da sabedoria divina, seus benefícios e os perigos de ignorá-la.

I. Priorizar a busca da sabedoria de divina – vv.1-4

1. vv.1, 2 vontade e disposição para buscar a sabedoria de Deus.

2. v.3buscar a sabedoria divina em oração constante.

3. v.4busca a sabedoria divina como buscamos os bens de valor na vida.

A verdadeira sabedoria começa quando o seu valor é colocado
acima de qualquer coisa”.  (John MacArthur)

II. Benefícios de se priorizar a busca da sabedoria divina – vv.5-12, 16, 20

1. v.5 Entendimento e conhecimento de Deus.

2. vv.6-8Deus dá a sabedoria para os retos e preserva o caminho dos seus santos.

3. vv.9-11Discernimento para as escolhas difíceis da vida.

4. vv.12, 16, 20Ela livra das más influências, dos pecados sexuais e mantém no caminho certo.

III. Os perigos de ignorar a sabedoria divina como prioridade – vv.13-15, 17-19

1. vv.13-15 Perder o objetivo da vida e se desviar do caminho de Deus.

2. v.17-19Entra por um caminho sem volta.

Concluindo

A busca pela sabedoria divina resulta em respeito e longevidade – vv.21, 22.

Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira 20/08/2014

Reflexões em Provérbios - O acesso à sabedoria é para todos

Provérbios 1.20-33

No estudo anterior vimos:

ü  Nos vv.8, 9 um conselho sobre considerar a educação familiar – ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe. Observamos também, aqui, uma relação com o v.7.
ü  Que os vv.10-19 estão divididos didaticamente para entendermos melhor a advertência sobre não nos deixarmos seduzir pelos pecadores. 1º) O caminhos dos pecadores é atraente pois tem um tom de novo e de aventuravv.10-14; e 2º) Mas esse caminho atraente e aventureiro leva à destruição dos padrões morais, espirituais e da vida por inteirovv.15-19.

Hoje, vamos ver os vv.20-33 que ilustra a extensão do acesso aos ensinos da sabedoria e as consequências que sofrem aqueles que a desprezam. Em nosso estudo anterior vimos como “a sabedoria foi descrita com um valor, uma herança, que, dentro do lar é passado de pai para filho”[1]. Aqui ela é caracterizada como um pregador de rua, para que ninguém se justifique afirmando que não recebeu acesso à sabedoria.

Quero refletir hoje, dividindo o texto em três pontos: 1º) A sabedoria está em todos os lugaresvv.20, 21; 2º) A humanidade tem rejeitado a sabedoria divinavv.23-26; e 3º) As consequências da rejeição da sabedoria divinavv.27-32.

I. A sabedoria divina está em todos os lugares – vv.20, 21

1. v.20, 21 – A sabedoria divina que leva o homem para perto de Deus e o ajuda na convivência comunitária e personificada aqui como um pregador que grita a sua mensagem em todos os lugares possíveis – ruas, esquinas movimentadas, praças, alto dos muros, nas portas da cidade, no cimo das alturas, junto ao caminho, nas encruzilhadas – cf. Pv 8.2, 3. Isso mostra que “o chamado da sabedoria e inclusivo, isto é, todas as pessoas onde quer que estejam, podem ouvir a sua voz”[2].

Sua mensagem é dirigida aos homens em geral (8.4), aos simples (8.5), aos que não possuem e estão à busca de senso (9.4), aos sábios e aos justos (9.9) e em especial aos néscios e escarnecedores por que tem rejeitado seus ensinos (1.22).

Tiago, no NT, aconselha a quem tem falta dela a pedir a Deus – Tg 1.5-7.

II. A humanidade tem rejeitado a sabedoria divina – vv.23-26

1. Em geral, todos os tipos de pessoas tem rejeitado a sabedoria divina e procurado viver segundo sua própria cabeça – v.22. Aqui, o autor, divide os grupos em três classes: simples, escarnecedores e insensatos.

2. v.23 – Deus, em sua sabedoria, chama a atenção da humanidade e a repreende, mas promete dar-lhes a essência da sabedoria se quiserem.

3. v.24-26 – Entretanto, para aqueles que deliberadamente ignoram a Deus, zombam dele e rejeitam sua oportunidade de sabedoria, sofrerão as consequências de suas próprias escolhas. Uma dessas consequências é o abandono divino – cf. Rm 1.24-26.

III. As consequências da rejeição da sabedoria divina – vv.27-32

Ao desprezarem a sabedoria de Deus à humanidade se coloca em situação de absoluto risco. Observemos as expressões usadas pelo sábio:

1. v.27, 28 – risco de perdição eterna e rejeição divina.

2. v.29, 30 – todo o risco é por conta do desprezo e a não aceitação da sabedoria de Deus.

3. v.31, 32 – tudo é fruto de suas próprias escolhas errôneas.

Concluindo

Mas, há uma esperança e ela não deve ser rejeitada – v.33Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal.

Basta parar e ouvir a sabedoria divina que conduz a Jesus e passar a viver de maneira plena na presença de Deus – Rm 10.6-9; Tg 3.13-18.

Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira 30/07/2014



[1] Revista Expressão, Sabedoria Poética (Estudos em Jó, Provérbios e Eclesiastes), Editora Cultura Cristã, Lição 6, p. 26.
[2] Ibid., p. 26.

Refelexões em Provérbios - Conselhos Paternos

Provérbios 1.8-19

No estudo anterior vimos:

ü  Que no v.1 temos a lição de que em Provérbios, o homem é considerado sob os seus dois aspectos principais: como membro de uma família e como membro de uma sociedade.
ü  Que o propósito do livro está claro em Pv 1.2-4 e pode ser sumariado assim: Para aprender/conhecer a sabedoria e a instrução/ensino; Para entender as palavras de prudência/inteligência; Para receber/obter a instrução/o ensino do bom proceder, a justiça, o juízo e a equidade; Para dar aos simples e aos jovens/moços prudência, conhecimento e discernimento/bom siso.
ü  Que o tema de Provérbios está em Pv 1.7 e que este temor é proporcionado por Deus aos homens, capacitando-os a respeitarem a autoridade de Deus, obedecerem aos seus mandamentos e evitarem a prática do pecado.

Hoje, vamos refletir nos vv.8-19 que é o início das reflexões sobre sabedoria, sabedoria versus insensatez, que começa com conselhos paternos. Temos aqui “uma advertência contra ser seduzido pelos pecadores, os quais serão bem sucedidos se a pessoa não adotar a sabedoria”[1].

1. vv.8, 9 – Um conselho sobre considerar a educação familiar – ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe. Observamos também, aqui, uma relação com o v.7.

2. vv.10-19 – Estão divididos didáticamente para entendermos melhor a advertência sobre não nos deixarmos seduzir pelos pecadores. 1º) O caminhos dos pecadores é atraente pois tem um tom de novo e de aventuravv.10-14; e 2º) Mas esse caminho atraente e aventureiro leva à destruição dos padores morais, espirituais e da vida por inteirovv.15-19.

Concluindo

Jesus falou sobre ganhar o mundo e perder a alma – Mc 8.34-38.

Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira – 23/07/14




[1] MacArthur, John. Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 796.

Introdução as Reflexões em Provérbios

Provérbios 1.1-7

O livro de Provérbios contem sabedoria secular e prática, mas é também um livro teológico, isto é, é um livro que ensina a sabedoria e a busca pela sabedoria de Deus.

Vamos hoje ter uma visão panorâmica do livro de Provérbios. Ele faz parte dos livros Poéticos da Bíblia, juntamente com Jó, Salmos, Eclesiastes e Cantares de Salomão. Dentro dessa categoria de livros, temos os livros sapiências que significa livros de sabedoria.

A palavra Provérbios é a tradução da palavra hebraica Nashal que traz a ideia de semelhança. O verbo significa tornar-se como ou ser comparado a como no Salmo 49.12. No texto do AT é utilizada com diversos significados como: enigmasSl 49.4; dito popular1Sm 10.12; frase curta que demonstra uma verdade geralEz 16.44; parábola, referindo-se a uma lição retirada experiênciaSl 78.2-6; com o sentido de um exemplo práticoDt 28.37. De modo geral, ela indica uma lição que é baseada em uma comparação ou analogia ou se utiliza dela.[1]

No NT a palavra provérbios e traduzida por duas palavras gregas: Parabolê que significa por ao lado, comparação e Paroimia que significa ilustração, adágio. Ver Lc 4.23; Mt 6.21; 1Co 15.33; 1Tm 6.10; 2Pe 2.22; Jo 16.25.

O autor de Provérbios está identificado no primeiro verso – Pv 1.1 – Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel. Salomão foi, não apenas o autor, mas, o  redator do livro pois utilizou material de outros autores, como: Agur e Lemuel – Pv 30.1; 31.1.

O livro de Provérbios pode ser esboçado do seguinte modo:

I. Introdução                                                                                        – 1.1-7
   1. Autor                                                                                            – v.1
   2. Propósito                                                                                     – vv.2-6
   3. Tema Geral                                                                                  – v.7
II. Reflexões sobre Sabedoria (Sabedoria versus insensatez)   – 1.8-9.18
III. Provérbios de Salomão (Primeira Coleção)                            – 10.1-22.16
IV. Palavras dos Sábios (Primeira Coleção)                                – 22.17-24.22
V. Palavras dos Sábios (Segunda Coleção)                                – 24.23-34
VI. Provérbios de Salomão (Segunda Coleção)                          – 25-29
VII. Palavras de Agur                                                                        – 30
VIII. Palavras de Lemuel (ditas por sua mãe)                                – 31.1-9
IX. Celebração de uma Mulher Virtuosa                                        – 31.10-31

No v.1 onde está a expressão “... Salomão, filho de Davi, rei de Israel.”, temos a lição de que em Provérbios, o homem é considerado sob os seus dois aspectos principais: como membro de uma família e como membro de uma sociedade. Essas duas esferas, a familiar e a social, obedecem aos desígnios de Deus tanto para o homem como para a mulher. São inevitáveis, necessárias e reciprocamente se completam.[2]

O propósito do livro está claro em Pv 1.2-4 e pode ser sumariado assim:

ð Para aprender/conhecer a sabedoria e a instrução/ensino;
ð Para entender as palavras de prudência/inteligência;
ð Para receber/obter a instrução/o ensino do bom proceder, a justiça, o juízo e a equidade;
ðPara dar aos simples e aos jovens/moços prudência, conhecimento e discernimento/bom siso.

O tema de Provérbios está em Pv 1.7O temor do SENHOR é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução. Este temor é proporcionado por Deus aos homens, capacitando-os a respeitarem a autoridade de Deus, obedecerem aos seus mandamentos e evitarem a prática do pecado (cf. Jr 32.40; Hb 5.7-8).

Concluindo

Está claro no livro “o valor e a utilidade da sabedoria. Tanto de modo direto como indireto o livro nos mostra os benefícios que os homens têm quando valorizam, buscam e praticam a sabedoria. Semelhantemente são expostos os males que decorrem do desprezo ou descuido em praticar a sabedoria”.[3]

Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira – 16/07/14



[1] Revista Expressão, Sabedoria Poética (Estudos em Jó, Provérbios e Eclesiastes), Editora Cultura Cristã, Lição 4, p. 16.
[2] Casimiro, Arival Dias. Revista Educação Cristã, Volume 18, SOCEP, 4º Edição – Setembro de 2008, p. 3, 4.
[3] Revista, p. 18.

domingo, 17 de agosto de 2014

Aprendendo com o poder de Jesus: (2) sobre as forças do mal

Marcos 5.1-20

Na mensagem anterior vimos:

ü Que de Marcos 4.35 a 5.43 temos a narração de quatro milagres realizados por Jesus e cada um deles revela o seu poder de modo diferente: 1º) Mc 4.35-41revela o seu poder sobre a natureza; 2º) Mc 5.1-20revela o seu poder sobre as forças do mal; 3º) Mc 5.25-34revela seu poder sobre as enfermidades; e 4º) Mc 5.21-24; 35-43revelam seu poder sobre a vida e a morte.

ü Três lições práticas do milagre de Jesus sobre a natureza: 1ª) Tempestades são oportunidades de milagresv.39; 2ª) Tempestades são necessárias para aperfeiçoar a nossa fév.40; 3ª)  Tempestades nos ensinam algo novo sobre Jesus – v.41.

Hoje, vamos ver em Marcos 5.1-20 o poder de Jesus sobre as forças do mal e o que ele tem a nos ensinar.

A palavra imundo quando se refere ao demônio significa maligno ou espiritual e moralmente impuro.

Primeira coisa que precisamos entender é: quais são as consequências nefastas do demônio na vida de uma pessoa?

1)   O demônio destrói os relacionamentos familiares e sociaisv.3;

2)   O demônio destrói o domínio própriov.4 (cf. Ef 2.1-3);

3)   O demônio destrói a felicidadev.5;

4)   O demônio destrói a identidadev.9

Jesus foi ao encontro daquele cidadão para liberta-lo completamente. Ele foi para restaurar tudo o que o demônio destruiu. Ele é o único que se importa de verdade pelas pessoas que vivem subjugadas pelo demônio ou por muitos demônios como é o caso aqui, uma legião. Se comparado a uma equipe de soldados romanos da época que eram 6 mil soldados, o homem estava possesso por 6 mil demônios.

Vamos ver como Jesus libertou aquele homem:

1º) em relação aos demônios; e

2º) em relação ao homem.

I. Em relação aos demônios – três coisas:

1)   Eles reconheceram que era Jesus v.7.

2)   Eles confessaram a autoridade e soberania de Jesus – v.7, 10.

3)   Eles obedeceram a ordem de Jesus – v.8, 10

A autoridade de Jesus abrange o mundo natural, psicológico e espiritual – Mt 28.19.

II. Em relação ao homem – quatro coisas:

1)   Jesus liberta o homem da escravidão completamente das trevas v.15 (cf. 1Jo 3.8)

2)   Jesus considera a libertação de uma pessoa, das mãos do diabo, maior que qualquer outra coisa, seja bens materiais ou aceitação publica v.16, 17.

3)   Jesus quando liberta uma pessoa, ele, restaura a sua dignidade – v.15.

4)   Jesus transforma uma pessoa liberta em um proclamador de sua libertação vv.19, 20.

Concluindo – Três lições:

1ª) Não devemos ignorar as forças do mal2Co 2.11.

2ª) Os demônios agem como um exército, isto é, agem estrategicamente Ef 6.10-20.

3ª) Jesus liberta o ser humano das forças do mal e o transforma em agente de transformação neste mundo perdido Ef 2.1-10.

Pr. Walter Almeida Jr.

IBL Limeira 17/08/2014