No
estudo anterior vimos:
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Como são chamados os primeiros cinco livros da Bíblia – Pentateuco. E
que no entendimento dos hebreus, a Lei de Deus tem cinco partes e toda ela está
ali, naquele livro. Para eles o Pentateuco é a totalidade da Lei Divina.
Portanto, Pentateuco significa livro em
cinco volumes.
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Que Gênesis vem
de uma palavra grega e significa origem
ou princípio e, que na Bíblia hebraica, o livro recebe o nome
correspondente à primeira palavra do livro Bereshit,
que é traduzida comumente para o português por “No princípio”.
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O conteúdo do
livro de Gênesis que, pode ser estudado em três partes: 1ª) Primórdios – Gn 1-11; 2ª) Patriarcas – Gn 12-36; e 3ª) Descida para o Egito – Gn 37-50.
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Na primeira
parte, o período dos primórdios, se resume em três expressões: Criação, Dilúvio e Babel. Na segunda
parte, o período dos patriarcas, em três nomes: Abraão, Isaque e Jacó. E na terceira parte, o período da descida
para o Egito, em três fases: Até o Egito,
até a exaltação e até a morte.
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Terminamos estudando os Primórdios
– Gn 1-11, em suas três fases: Criação, Dilúvio e Babel.
Hoje,
vamos olhar com mais atenção, a segunda parte do livro de Gênesis: Patriarcas
– Gn 12-36 – Abraão, Isaque e Jacó.
I. Segunda Parte – Patriarcas – Gn 12-36
– Abraão, Isaque e Jacó.
1. Abraão – Gn 12.1-25.18 – Os pontos
importantes da sua vida são:
a.
Sua descendência – Gn 11.10-32 – Nos vv.10-26
temos “uma lista seletiva de dez gerações registrada com o propósito de mostrar
a ascendência de Abraão”.[1] Nos vv.27-32 temos a família de Abraão
começando por Tera, seu pai, e seus dois irmãos Naor e Harã. A saída de Tera de
Ur dos Caldeus com a intenção de ir para Canaã, mas sua parada e morte em Harã.
b.
Seu chamado – Gn 12.1-3 – Aqui Abraão ainda era chamado de Abrão. Abrão
significa pai exaltado. “Essa
passagem é a promessa cujo cumprimento perpassa toda a Escritura (de fato ou em
expectativa) até Apocalipse 20”.[2] O
chamado de Abraão foi acompanhado de algumas promessas feitas por Deus. Dentre
elas, temos três que são as mais importantes encontradas, aqui, no texto. Elas
são enfatizadas de modo especial no restante do livro e são básicas para o
entendimento do restante do Antigo Testamento: 1ª) A promessa da terra
(12.1, 7; 15.18-21) – De 12.4 a 14.24 temos a confirmação de sua fé nesta
promessa (13.12; 14.6, 17, 18, 19, 21); 2ª)
A promessa de ser uma grande nação
(12.2) – De 15.1 a 17.27 temos a confirmação de sua fé nesta promessa (15.2, 4,
18; 16.1-3; 16.12; 17.7, 8, 11; 17.16, 19, 21); e 3ª) a promessa de proteção e
descendência abençoadora (12.3;
18.18; 22.18) – De 18.1 a 19.38 temos a confirmação de sua fé nesta promessa
(18.16-19; 18.22, 23; 19.16, 29).
c.
Sua humanidade
– Apesar de sua generosidade e da sua fé, Abraão era pecador e caiu na fraqueza
da sedução e mentira – Gn 12.10-20; 13.7-18;
16; 20.
d.
Sua Fé – Temos
um resumo de sua vida de fé em Hebreus
11.8-19. (cf. Gn 12-25) Então, podemos
afirmar que: Abraão é o exemplo de homem
de fé.
2. Isaque – Gn 25.19-36.43 – Os pontos
importantes da sua vida são:
a.
Seu casamento
– Gn 24. Uma história comovente de
fé e esperança.
b.
Seu chamado na confirmação da promessa feita a Abração
seu pai – Deus confirma a promessa
feita a Abraão e faz a promessa também a Isaque, enfatizando os mesmos três
importantes elementos anteriores: 1º)
terra
– Gn 26.2b, 3; 2º) grande
nação – Gn 26.4a; e 3º) proteção
e descendência abençoadora –
Gn 26.3b, 4b, 5.
c.
Sua humanidade
– Apesar de ser pacífico e da sua fé, Isaque era pecador e caiu na fraqueza da
mentira – Gn 26.
d.
Sua Fé – Isaque
seguiu os passos de seu pai – Hebreus
11.20. (cf. 27.1-28.5) Isaque é o exemplo de homem pacifista – Gn 26.12-35.
3. Jacó – Gn 27-36 – Os pontos
importantes da sua vida são:
a.
Seu nascimento
– Gn 25.19-27 – O nascimento de Jacó
e seu irmão Esaú deu início a dois povos – israelitas e edomitas. A luta dentro
do ventre da mãe, Rebeca, prefigurava o futuro antagonismo que haveria entre
duas nações que procederiam dos gêmeos, Esaú e Jacó – v.23.
b.
Seu chamado na confirmação da promessa feita a Abração
e a Isaque – Deus confirma a promessa feita a Abraão e a Isaque e faz a
promessa também a Jacó, enfatizando os mesmos três importantes elementos
anteriores: 1º) a terra – Gn 28.13; 2º) a
grande nação – Gn 28.14a; e 3º)
a
proteção e descendência abençoadora – Gn 28.14b, 15.
c.
Sua humanidade
– Apesar de ser pacato e da sua fé, Jacó era pecador e caiu na fraqueza da
mentira e do engano – Gn 27.35, 37.
d.
Sua fé –
Jacó demorou um pouco para seguir os passos de fé de seu avô Abraão e de seu
pai Isaque, mas, após um encontro pessoal com Deus, ele passou a servi-lo
corretamente – Gn 32.22-32; Hb 11.21.
Assim, Jacó se tornou o exemplo do homem convertido.
Concluindo
Vimos
como Abraão é o exemplo do homem de fé, como Isaque é o exemplo do homem
pacifista e como Jacó é o exemplo do homem convertido. A
principal lição dos patriarcas é esta: “nossa
vida deve ser dirigida por Deus”.[3]
Enquanto
a pessoa não se encontra realmente com Deus, não dá o passo definitivo na vida.
Nada tem significação sem a decisão de servir aos propósitos divinos, decisão
feita, de uma vez para sempre.[4]
Pr.
Walter Almeida Jr.
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