No
estudo anterior:
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Vimos que o
conteúdo do livro de Gênesis, pode ser estudado em três partes: 1ª) Primórdios – Gn 1-11; 2ª) Patriarcas – Gn 12-36; e 3ª) Descida para o Egito – Gn 37-50.
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Vimos, também, que
na primeira parte, o período dos primórdios, se resume em três expressões: Criação, Dilúvio e Babel. Na segunda
parte, o período dos patriarcas, em três nomes: Abraão, Isaque e Jacó. E na terceira parte, o período da descida
para o Egito, em três fases: Até o Egito,
até a exaltação e até a morte.
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E terminamos afirmando que Abraão é o exemplo do homem de fé, que Isaque é o exemplo do homem pacifista e que Jacó é o exemplo do homem
convertido. E que, a principal lição dos patriarcas é esta: “nossa vida deve ser dirigida por Deus”.
Hoje,
vamos estudar a terceira parte do livro – Descida para o Egito – Gn 37-50.
Na verdade, essa lição poderia ter como tema “os caminhos da providência divina”,
pois, de modo extraordinário, Deus agiu para a realização das promessas que
havia feito a Abração, a Isaque e a Jacó. Mas, antes, vimos as promessas que
Deus fizera aos patriarcas, agora, veremos o começo do seu cumprimento.
Na família de Jacó e na biografia de José, temos
de forma clara os caminhos da providência de Deus que vamos estudar em três
pontos: 1º) A família de Jacó (início da biografia de José) – Gn 37, 38; 2º) A peregrinação e ascensão
de José – Gn 39-45; e 3º) A
descida da família de Jacó para o Egito – Gn 46-50.
I. A
família de Jacó (início da biografia de José) – Gn 37, 38
1. Gn 37.1 – esse versículo informa
que nem Isaque nem Jacó, haviam tomado posse da terra da promessa – Canaã.
2. Gn 37.2a
– Estas são as gerações de Jacó... A versão ARA traduz assim: Esta é a história de Jacó. Na biografia
de José temos a história da família de Jacó – Gn 37.2-50.26.
3. Gn 37.2 – Já havia passado onze
anos desde a volta de Jacó com a sua família, para a terra de Canaã (cf. Gn 30.22-24 – José havia nascido seis
anos antes da saída de Harã).
4. Gn
37.2c-4
– José seguiu os passos de fé e obediência de seu pai e se tornou o seu
favorito para ser o líder da família, após a sua morte. Isso é o que dá a
entender a capa de cores feita por Jacó. José ficou em uma situação pouco
confortável diante de seus irmãos que, “cultivavam um profundo ódio a ele em
razão da relação especial entre ele e seu pai”[1].
(cf. 37.1-11)
5. Gn
37.5-11
– A família de Jacó, bem como ele mesmo, “reage negativamente às indicações
divinas de que um dia José se tornaria seu líder e receberia honrarias da parte
deles”[2].
6. Gn
37.12-36
– O ódio dos irmãos de José culmina em uma conspiração bem-sucedida de vendê-lo
como escravo e enganar a seu pai, fazendo-o crer que José fora morto por um
animal selvagem.[3]
7. Gn 38 – Essa narrativa oferece
um vislumbre da corrupção externa à qual estava exposta a família de Jacó
(Israel) em seu contato com os cananeus. “O sincretismo religioso cananeu e o
inclusivismo ameaçavam absorver a quarta e última geração dos herdeiros de
Abraão”[4],
mas, a providência divina bem como a soberania de Deus preservou a sua linhagem
escolhida.
II. Peregrinação
e Ascensão de José – Gn 39-45
1. Gn
39.1-41.57
– Vemos aqui a providência divina de abençoar a família de Jacó por intermédio
de José, permitindo sua ascensão ao poder no Egito devido a sua fidelidade e
pureza moral, mesmo em meio a muitas injustiças.
a.
Gn 39.1-6 – fidelidade e honestidade no trabalho.
b.
Gn 39.7-20 – fidelidade e pureza moral nas relações interpessoais.
c.
Gn 39.21-23 – fidelidade e comportamento irrepreensível na adversidade.
d.
Gn 40 – fidelidade e disposição de servir a Deus.
e.
Gn 41 – fidelidade e prudência no servir a Deus.
“Deus exalta José a uma posição de honra, inferior apenas à de Faraó, e
provê-lhe uma família, cujos filhos têm nomes que refletem seu compromisso com
Deus”[5]
– 41.51, 42.
“Um conjunto grande de circunstâncias contribuiu para fazer dele o homem
mais influente, no país mais influente do mundo”[6]
da época, o Egito!
2. Gn 42-45 – A interação entre José
e seus irmãos foi o meio pelo qual Deus expurgou da família de Jacó (Israel) a
contenda e o engano que prejudicavam sua unidade e ameaçavam sua própria
sobrevivência.[7]
III. A
descida da família de Jacó para o Egito – Gn 46-50
1. Gn
46.1-47.27
– A descida da família de Jacó para o Egito “garante a sua sobrevivência
física, sua pureza racial e sua preservação espiritual”[8].
2. Gn
47.28-48.22
– Temos aqui as “provisões feitas por Jacó para a continuidade da aliança e sua
ligação com a terra de Canaã”[9].
3. Gn
49.1-28
– A benção patriarcal profética de Jacó a seus filhos define o futuro daquele
grupo na história e na geografia de Israel.[10]
4. Gn
49.29-50.26
– Os relatos das mortes de Jacó e de José deixam em aberto o cumprimento das
promessas divinas e da esperança de retorno a Canaã debaixo da bênção de Deus.[11]
Concluindo – Lições para aprender da
família de Jacó e da vida de José?
1) Uma família, mesmo a
melhor, tem problemas relacionais que devem ser resolvidos em família. Uma família dividida
contra si mesma não subsiste;
2) Dois tipos de
experiências perigosas na vida de José: uma, quando uma pessoa é muito rebaixada; outra, quando uma pessoa é
muito exaltada.
3) Saber interpretar a ação
divina em nossa vida; conhecer nosso lugar; e ver Deus como o nosso protetor e
como o nosso juiz.
Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira 15/08/2014
[1] Pinto, Carlos Osvaldo Cardoso. Foco e Desenvolvimento
no Antigo Testamento, Editora Hagnos, Primeira Edição, 2006, p. 52.
[2] Ibid., p. 52.
[3] Ibid., p. 53.
[4] MacArthur, John. Bíblia de Estudo MacArthur, SBB,
2010, p. 69.
[5] Pinto, p. 55.
[6] Ferreira, Júlio Andrade. Conheça sua Bíblia,
Volume 1 – Gênesis a Levítico, LPC, 2008, p. 33.
[7] Pinto, p. 55.
[8] Ibid., p. 56.
[9] Ibid., p. 57.
[10] Ibid., p. 57.
[11] Ibid., p. 57.
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