sábado, 16 de maio de 2015

Estudos Bíblicos da Fé Batista Livre (8) - O que cremos sobre a Perseverança dos Crentes e a Possibilidade da Apostasia

Hebreus 6.1-10

Em nosso estudo anterior: O que cremos sobre a Salvação, vimos o assunto em três pontos:

ü 1º) Cremos no chamado do Evangelho para a salvação; 2º) Cremos na condição para a salvação; e 3º) Cremos na aplicação da salvação.

Terminamos fazendo três considerações breves:

1) Que quando uma pessoa é regenerada, justificada e santificada, ela é adotada na família de Deus com plenos direitos de filho e herdeiro;

2) Que o nosso ponto de vista da ordem das diferentes experiências da salvação começa pela instrumentalidade do Espírito Santo na sua obra de convencimento com a Palavra (o chamado do Evangelho), e em seguida, vem o arrependimento e a fé, e assim, acontece a justificação e a regeneração;

3) Que nossas doutrinas da salvação nos distinguem dos calvinistas, dos wesleyanos e de alguns cristãos que separam o arrependimento da fé.

Hoje, em nosso estudo da Fé Batista Livre, vamos ver a doutrina da perseverança dos crentes e a possibilidade da apostasia, que está no Capítulo XIII do Manual de Fé dos Batistas Livres do Brasil. E vamos fazer isso em três pontos: 1º) Cremos no que diz o Manual sobre a perseverança dos crentes e a possibilidade de apostasia; 2º) Cremos que há base bíblica para esse ensino – a perseverança dos crentes e a possibilidade de apostasia; 3º) Cremos e defendemos o ensino bíblico da perseverança dos crentes e a possibilidade de apostasia.

I. Cremos no que diz o Manual sobre a perseverança dos crentes e a possibilidade de apostasia[1]

O Manual nos dá os principais elementos da nossa doutrina sobre a perseverança dos crentes e a possibilidade da apostasia. Por isso, o melhor lugar para começarmos a estuda-la é olhando mais claramente a declaração do Manual. O primeiro parágrafo tem três frases que destacam três partes desta verdade.

1. Há bases sólidas para se ter confiança na salvação final

Há bases sólidas para se esperar que o indivíduo verdadeiramente regenerado persevere até o fim e seja salvo, por meio do poder da graça divina, penhorada para sustentação do mesmo[2].[3]

Cremos que podemos ter certeza da nossa salvação e nossa esperança de salvação final é uma esperança confiante (Cf. 1Jo 5.13; Rm 5.5). Por isso, não cremos que a Bíblia apoie a ideia de que não podemos ter certeza. Esta incerteza não se justifica frente às bases bíblicas sólidas da certeza. Assim, o crente não vive no temor de cair.

Um entendimento correto dos meios de perseverança sustenta esta confiança. Pedro em sua primeira carta afirma “que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo (1Pe 1.5). O que ele quer dizer é que: O poder de Deus para salvar não depende de nós e de nossa capacidade de perseverar. A única condição que temos que cumprir para a salvação é a “” e esta condição se mantém constante. Passamos a ser salvos pela fé e continuamos na salvação pela fé.

Portanto, temos certeza da salvação e esta não deve ser subtraída quando ensinamos sobre a possibilidade da apostasia. Por outro lado, também não devemos dar uma certeza falsa!

2. Existe uma possibilidade real de apostasia

A obediência futura e a salvação final não estão determinadas nem certas, posto que, mediante as fraquezas e as multiformes tentações, o crente corre o perigo de cair[4], pelo que também é mister que vigie e ore, a fim de que não venha a naufragar na fé e assim pereça.

Segundo o Manual a salvação final de uma pessoa não está predeterminada. Não é certo que todo o crente perseverará na fé salvadora. O perigo de cair é real e, consequentemente, como a Bíblia o faz, cremos que devemos alertar os crentes sobre este perigo. Apostasia significa deixar a Deus ou se desviar dele. Qualquer pessoa que se perder novamente “apostatou” ou “cometeu apostasia”.

Para refletirmos sobre algumas afirmações do tipo: Um crente nunca pode cair ou Jesus vai te apresentar a Deus salvo e seguro, independentemente do que acontecer, vejamos dois textos: 2Pe 1.10 e Cl 1.22-23.

3. A natureza da apostasia é indicada pela expressão naufragar na fé – expressão que aparece em 1 Timóteo 1.19-20.

A condição da salvação permanece a mesma em Efésios 2.8-9, e se refere tanto ao passado, como o presente e o futuro. Não somos salvos pela fé e em seguida mantidos pelas obras. Nossas obras nunca alcançam o mérito da salvação. A salvação sempre é pelo dom gratuito de Deus que se torna nosso quando o aceitamos pela fé.

Somos salvos em virtude da nossa união com Cristo e estamos nesta união pela fé (em Cristo). A porta de saída se apoia na mesma dobradiça que a porta de entrada.

II. Cremos que há base bíblica para esse ensino – a perseverança dos crentes e a possibilidade de apostasia[5]

Tendo esclarecido nossa doutrina sobre a perseverança dos crentes afirmada no Manual, voltemos nossa atenção para o que é mais importante: O que a Bíblia ensina sobre a perseverança dos crentes e a possibilidade da apostasia.

1. Principias textos que ensinam sobre a perseverança dos crentes e a apostasia

Não vamos estudar exaustivamente cada um dos textos citados, mas vamos lê-los e estudar um deles com o apoio dos outros. 2Pe2.18-22; 1Tm 1.18-20; 2T 2.16-18; Cl 1.21-23; 1Pe 1.5; Gl 5.1-4; 1Co 10.1-14; 1Ts 3.5; Fp 2.16; Gl 4.9-11; Hb 6.4-6; 10.19-39.

2. O texto que vamos tratar é Hebreus 6.1-10 (vv.4-6)

O contexto desta passagem é o livro inteiro de Hebreus que foi tecido em torno de cinco passagens de advertência. Cada seção principal do livro contém tais advertências.

ð Capítulos 1 e 2advertência em 2.1-4.

ð Capítulos 3 e 4advertência em 3.7-4.2.

ð Capítulos 5-7advertência em 5.11-6.12.

ð Capítulos 8-12 advertência em 10.26-39 e 12.18-29.

Todas estas passagens advertem contra o mesmo perigo: “se desviar” (2.1), “se afastar do Deus vivo” (3.12), “cair” (6.6), “recuar, retroceder” (10.38-39) e “rejeitar ao que fala” (12.25). Este é certamente um dos temas do livro e todas as passagens elucidam 6.4-6.

Analisando Hb 6.4-6 temos um quadro muito claro. Ele é composto gramaticalmente de seis cláusulas coordenadas relativas equivalentes que descrevem certas pessoas que: uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, e recaíram... Quem quer que sejam, todas estas seis coisas fazem parte de sua experiência. Duas perguntas surgem naturalmente aqui:

1ª) Essas pessoas eram realmente convertidos? A resposta óbvia é sim. Estando em escuridão espiritual, foram iluminadas, receberam o dom da vida, possuíam o Espírito Santo, provaram da boa palavra de Deus e experimentaram as coisas prometidas ao povo de Deus para o mundo vindouro.

2ª) O que aconteceu com elas?Caíram” da presença de Deus, o que é explicado por todas as outras passagens de advertência resumidas acima. Se desviaram dele (12.25), se afastaram dele (3.12) – esta última frase traduz literalmente o que significa apostatar.

A seriedade da apostasia descrita aqui se encontra nas palavras “... é impossível que... (v.4) ... sejam outra vez renovados para arrependimento” (v.6). A apostasia contra a qual se adverte em Hebreus é vista como final. O apostata não pode se recuperar. Ele é como solo que produziu espinhos e abrolhos em vez de ervas úteis e é rejeitado, em contraste ao solo que produziu frutos (vv.7, 8).

Mas, ainda assim, há aqueles que negam que esta passagem e outras em Hebreus e no restante do Novo Testamento ensinem a possibilidade de apostasia. Elas geralmente usam dois argumentos: 1º) Que a citação aqui é hipotética e não apresenta uma situação real; e 2º) Que as pessoas descritas no texto não eram realmente convertidas, apesar de terem passado por experiências iniciais do evangelho sem terem chegado a uma fé verdadeira.

Está bem claro que o texto não é hipotético pelas referências diretas as pessoas. E, também, é evidente que as pessoas de quem trata o texto eram verdadeiramente convertidas pelo fato de não se encontrar uma figura bíblica melhor de uma pessoa convertida do que as primeiras cinco frases, do total de seis. Então, fica claro que a apostasia descrita aqui é o abandonar a Deus por incredulidade. (Cf. Hb 3.12)

III. Cremos e defendemos o ensino bíblico da perseverança dos crentes e a possibilidade de apostasia[6]

Concluiremos com algumas das lições práticas e pastorais mais importantes envolvidas na doutrina da perseverança dos crentes e a possibilidade de apostasia.

1. A segurança da salvação está baseada na fé em Cristo

É problemático quando as pessoas não têm certeza de sua salvação. Precisam saber que a fé salvadora sincera coloca e mantém a pessoa em uma união salvífica com Cristo. É verdade que a fé genuína se expressa por uma obediência amável e confiante em Deus (Tg 2.21-26). No entanto, os crentes precisam entender a diferença entre a condição em si () e a expressão (ou evidência) da fé. Obras de obediência servem como exemplo do segundo (a expressão da fé) e não do primeiro (a fé em si). A ligação entre Efésios 2.8-9 e 2.10 é clara e necessária: a salvação não é pelas boas obras, mas para boas obras.

Apesar disto, o verdadeiro cristão pratica a justiça e não o pecado, como deixa claro 1 João 2.29-3.10. Não podemos dar segurança de salvação àqueles cujas vidas são caracterizadas por transgressão e este é o propósito da segunda parte do parágrafo do Capítulo XIII do Manual.

Quando a evidência contínua da vida de alguém contradiz sua profissão de fé, esta profissão pode não ser válida. Porém, contanto que o pecado se apresente como uma exceção (e não a regra), este crente pode ter segurança de que nasceu de Deus.

2. Devemos ser advertidos das coisas que levam à apostasia – Seguem alguns dos perigos de que a Bíblia adverte:

a. Falsa doutrina – incluindo os ensinos das seitas e das igrejas de teologia liberal. As cartas a Timóteo são bons exemplos disto, especialmente textos como 1Tm 1.3-4; 4.1-6. Precisamos ensinar cuidadosamente a verdadeira doutrina ao povo e a diferença que ela tem com a falsa.

b. Brincar com o pecado – não o levar a sério (2Pe 2.20). Devemos ensinar o temor de Deus e submissão à Sua vontade. Ele tem o direito de dirigir nossas vidas e não temos o direito de desobedecer. Desobediência (pecado) é perigoso, pois pode levar a um abandono da fé.

c. Negligência da verdade e da experiência. Veja a pergunta em Hebreus 2.3: Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação? E adverte da possibilidade de se desviar (v.1). O mesmo livro também adverte do perigo de deixar de se congregar com outros cristãos (10.25) em um contexto em que se fala de apostasia. Devemos advertir contra a negligência da leitura bíblica, da oração e da participação aos cultos da igreja. Em outras palavras, o uso fiel destas ferramentas são meios de santificação, como foi dito no estudo anterior.

d. Resistência à disciplina. Esta é uma doutrina muitas vezes negligenciada, porém Hebreus 12.5-11 enfatiza sua importância. Deus disciplina os filhos a quem ama. Ao fazê-lo, seu propósito é trazê-los ao arrependimento e restauração à comunhão plena e assim à salvação final. Se esta disciplina for resistida, o coração se endurece, levando à obstinação, rebelião voluntária e, finalmente, à apostasia – se voltar contra o Deus vivo.

3. Devemos enfatizar novamente a importância do desenvolvimento espiritual

A Segunda Carta de Pedro nos dá uma boa base bíblica para isto. Nela, Pedro nos adverte do perigo real da apostasia, por exemplo 2Pe 2.18-22. Porém, sua ênfase é no crescimento na graça como meio certo para se evitar este perigo. Em 2Pe 1.5-12 ele esboça o caminho para este crescimento, acrescentando à fé importantes graças da vida cristã e prometendo que aqueles que o fizerem não serão nem inativos e nem infrutuosos (v.8), mas entrarão no reino eterno de Jesus (v.11). Em 2Pe 3.18 ele conclui a carta dizendo: “crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” e o apresenta como sendo o antídoto para que “guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza” (v.17).

Concluindo

Nossa doutrina da perseverança dos crentes e da possibilidade da apostasia nos adverte que:

1) Precisamos ensinar e pregar a necessidade de se vigiar e ser prudente (Ef 5.15-16), de ajudar uns aos outros no corpo de Cristo (Hb 3.13; 10.24; 12.12, 13) e de crescer espiritualmente (2Pe 1.5-10; 3.17-18).

2) Que nossa doutrina nos distingue de todos os cristãos que negam a possibilidade de apostasia e muitas vezes garantem a salvação daqueles cujas vidas não demonstram que têm fé salvadora. Ao mesmo tempo, nos distingue daqueles que ensinam a insegurança da salvação e aparentam dizer que a sua manutenção é incerta, variando de um dia para o outro, e depende de nossas obras.

Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira – 15/05/15



[1] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre, Lição 8 – O que cremos sobre a Perseverança, p. 2, 3. Neste ponto o estudo segue a Lição 8, Ponto I – Os Principias Elementos da nossa Doutrina, adaptados à nossa realidade local e com cortes e acréscimos que julguei necessário, nas páginas já citadas.
[2] Romanos 8.38, 39; 1 Coríntios 10.13; 2 Coríntios 12.9; Jó 17.9; Mateus 16.18; João 10.27, 28; Filipenses 1.6.
[3] Manual de Fé e Prática dos Batistas Livres do Brasil, 4ª Edição, 2014, Capítulo XIII – A Perseverança dos Crentes, p. 11.
[4] 2 Crônicas 15.2; 2 Pedro 1.10; Ezequiel 33.18; João 15.6; 1 Coríntios 10.12; Hebreus 6.4-6; 12.15; 1 Crônicas 28.9; Apocalipse 2.4; 1 Timóteo 1.19; 2 Pedro 2.20-23; 1 Coríntios 9.27; Mateus 24.13; Atos 1.25; Apocalipse 22.19.
[5] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre, Lição 8 – O que cremos sobre a Perseverança, p. 3-5. Neste ponto o estudo segue a Lição 8, Ponto II – A Base Bíblica do Nosso Ponto de Vista, adaptados à nossa realidade local e com cortes e acréscimos que julguei necessário, nas páginas já citadas.
[6] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre, Lição 8 – O que cremos sobre a Perseverança, p. 7-9. Neste ponto o estudo segue a Lição 8, Ponto IV – Lições que Devem Ser Enfatizadas Devido à Nossa Doutrina, adaptados à nossa realidade local e com cortes e acréscimos que julguei necessário, nas páginas já citadas.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Estudos Bíblicos da Fé Batista Livre (7) - O que cremos sobre a Salvação

Efésios 2.1-10

Em nosso estudo anterior: O que cremos sobre o Espírito Santo, vimos o assunto em três pontos:

ü  1º) Cremos que o Espírito Santo é uma pessoa; 2º) Cremos que o Espírito Santo é Deus; e 3º) Cremos na obra do Espirito Santo na salvação.

Terminamos citando os três princípios bíblicos, que cremos, sobre a doutrina do Espírito Santo: 1º) O Espírito Santo é Deus – ele é igual, coexistente e coeterno com o Pai e o Filho. Ele possui todos os atributos da divindade; 2º) O Espírito Santo é quem convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo – e assim, ele habita, santifica, capacita e guia os crentes, mantendo-os firmes e perseverantes na fé; e 3º) A ordem de Deus é para todos os crentes sejam cheios do Espírito Santo. (Ef 5.18)

Hoje, em nosso estudo da Fé Batista Livre, vamos ver a doutrina da salvação que na teologia sistemática é chamada de Soteriologia. Nosso assunto está em cinco capítulos do Manual de Fé, ou seja, nos capítulos 8 ao 12. Os três primeiros sobre o chamamento do Evangelho, o arrependimento e a fé, que dizem respeito à condição da salvação: o que uma pessoa precisa fazer para que a regeneração lhe seja aplicada. Os dois últimos sobre a regeneração, a justificação e a santificação, que apresentam a obra básica que o Senhor faz na pessoa que crê ao lhe aplicar a salvação.[1]

Assim sendo, o nosso tema é: O que cremos sobre a Salvação. Veremos esse assunto em três pontos: 1º) Cremos no chamado do Evangelho para a salvação; 2º) Cremos na condição para a salvação; e 3º) Cremos na aplicação da salvação.

I. Cremos no chamado do Evangelho para a salvação – Capítulo 8

O chamamento do evangelho e a expiação são co-extensivos a todos os homens, tanto pela Palavra como pelas compulsões do Espírito, de tal modo que a salvação é tornada igualmente possível para todos e, se alguém deixa de receber a vida eterna, a falta é inteiramente sua.[2]

Isto envolve a primeira obra do Espírito Santo na vida de um pecador – a convicção de pecado. A obra do Espírito inclui convencer os incrédulos de seus pecados e da verdade do evangelho. E esse é o primeiro passo para trazer o ser humano caído à salvação. (Cf. João 16.8)[3]

Se Deus deixasse o homem a sua própria iniciativa e verbalmente apenas lhe oferecesse a salvação em Cristo, ninguém o escolheria. Apesar da liberdade para escolher ainda estar presente no homem, sua situação é tal que não poderia exercer esta liberdade (depravação, preso pelo pecado, cegado por Satanás).[4] (Cf. João 6.44) O homem caído, portanto, é incapaz, em sua condição natural, de aceitar a oferta do evangelho. Ele está preso pelo pecado e a depravação total, torna-o incapaz de qualquer bem, inclusive exercitar a sua fé.[5]

Portanto, a primeira obra do Espírito Santo no pecador é a convicção capacitadora ou pré-regeneradora que torna possível, ele, receber a dádiva do evangelho pela fé e então ser regenerado. Desta forma, o dilema da depravação total é resolvido e ao mesmo tempo a liberdade da vontade humana é respeitada por Deus. Esta graça capacitadora liberta a vontade que estava outrora presa pelas circunstâncias e faz com que a escolha individual seja possível. É a isso que chamamos de chamado ou chamamento do Evangelho.[6]

Esboçando o capítulo 8 do Manual, temos quatro pontos que tornam claro esse ensino:

1.    O chamamento do evangelho e a expiação são co-extensivos a todos os homens... – O chamado do evangelho em si mesmo é uma oferta genuína de salvação a todos em todo lugar, baseado no fato de que Jesus tornou a salvação realmente possível para todos na Sua obra expiatória. Mas, o chamado do evangelho, somente é eficaz quando o pecador responde em fé à obra capacitadora e persuasiva do Espírito Santo e, portanto, libera o Espírito a efetuar o restante dos resultados do chamado; isto é, aplicar a obra redentora da cruz e a ressurreição à salvação do que crê.[7] (Cf. Mc 16.15; Is 45.22; Pv 8.4; Is 55.1; Ap 22.17)

2.    ... tanto pela Palavra como pelas compulsões do Espírito... – Quando o Manual liga a Palavra de Deus às “compulsões” do Espírito, ele o faz consciente da necessidade da Palavra para todas as partes da experiência da salvação. (Cf. Rm 10.17) Esta é a obra do Espírito Santo no pecador que o traz ao ponto de uma escolha livre por ou contra Deus. Ela inclui: (1) convicção (convencimento) do pecado; (2) persuasão da verdade do evangelho e, por fim, (3) capacitação do pecador para crer. Assim, no momento em que o pecador ouve o Evangelho e o Espírito Santo o convence do pecado e o capacita à fé, alguns creem e outros não. O Espírito opera esta capacitação graciosa tanto no que crê e é salvo quanto no que rejeita e é condenado para sempre.[8] (Cf. Jl 2.28; Jo 16.8; 1.9; Isa 55.11; Lc 2.30-32)

3.    ... de tal modo que a salvação é tornada igualmente possível para todos... – Aqui, temos a primeira consequência desse ensino do chamado do Evangelho, a possibilidade da salvação que é oferecida a todos ser recebida por todos. A salvação foi providenciada para todos na morte expiatória de Cristo, mas é aplicada somente aos que creem (Cf. Tt 2.11-14; Ef 1.1-13). Jesus não morreu com o propósito ou a intenção de salvar todos, senão, todos seriam salvos, já que os propósitos finais de Deus são sempre cumpridos. Porém ele morreu para providenciar uma expiação que é suficiente para e disponível a todos.[9] (Cf. 1Tm 2.4; At 10.34; Ez 33.11; 2Pe 3.9)

4.    ... e, se alguém deixa de receber a vida eterna, a falta é inteiramente sua. A segunda consequência desta doutrina é a crença na responsabilidade de cada pessoa por seu destino eterno. Isto não significa que o indivíduo contribui ou tem méritos para a salvação ou faz qualquer coisa para conquistá-la. Significa simplesmente que o indivíduo deposita livremente sua fé em Cristo como meio de sua salvação e assim cumpre a condição que o próprio Deus soberano estabeleceu.[10] (Cf. Os 13.9; Pv 1.24-31; Is 65.12; Jr 7.13, 14; Zc 7.11-13; Jo 5.40; Mt 23.37)

II. Cremos na condição para a salvação – Capítulos 9 e 10

Aqui temos dois aspectos da mesma condição: arrependimento e fé.

1.    Arrependimento

O arrependimento requerido pelo evangelho inclui profunda convicção, tristeza penitente, confissão pública, aversão decisiva e abandono completo do pecado em todas as suas formas. Deus exige esse arrependimento de todos os homens: se não se arrepender em vida, o pecador terá de perecer eternamente.[11]

[12]Arrependimento vem da palavra grega metanoeō, que é traduzida como “me arrependo”, e significa mudar a maneira de se pensar. Ela se refere a uma mudança completa de pensamento e atitude (disposição interna), uma mudança que envolva a pessoa como um todo: sua vontade, pensamentos e sentimentos.

É uma meia volta, deixando o pecado e se voltando para Deus. Um excelente exemplo é o que Paulo afirma dos tessalonicenses – 1Ts 1.9Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro...

Os teólogos geralmente fazem uma distinção entre arrependimento e fé, usando arrependimento para enfatizar o lado negativo – abandono do pecado; e é usada para enfatizar o lado positivo – se voltar para Deus.

O significado de arrependimento, quando a palavra é usada para apresentar um dos aspectos da condição de salvação, está bem expressa na declaração do Manual, que lista os principais elementos envolvidos no arrependimento:

a.    Profunda convicçãoO pecador deve primeiro estar convencido de sua pecaminosidade. Isto começa com a obra do Espírito Santo em sintonia com o chamado do Evangelho e ele capacita o indivíduo a tomar as decisões que se seguem.

b.   Tristeza penitenteEsta é uma tristeza segundo Deus, como Paulo indica em 2Co 7.10.

c.    Confissão pública Isto significa concordar com Deus quanto à natureza do pecado como também quanto à culpa pelo pecado.

d.   Aversão decisivaEsta aversão é mais da vontade do que das emoções, significando o repúdio e a rejeição de seu próprio pecado.

e.    Abandono completo do pecado em todas as suas formasCom isto se completa o aspecto de deixar o pecado. Sem o abandono, não há arrependimento genuíno.

2.   

A fé que salva consiste do assentimento da mente às verdades fundamentais da revelação, da aceitação do evangelho, por meio da influência do Espírito Santo e da firme crença e confiança em Cristo. O fruto da fé é a obediência ao evangelho. O poder de crer é um dom de Deus, mas a fé é um ato da criatura humana, exigido como condição do perdão, sem a qual o pecador não pode obter salvação. De todos os homens é requerido que creiam em Cristo e aqueles que prestam obediência a essa exigência tornam-se filhos de Deus mediante a fé.

Assim como o arrependimento, o significado de fé, quando a palavra é usada para apresentar um dos aspectos da condição de salvação, está bem expressa na declaração do Manual, que lista os principais elementos envolvidos na fé salvadora:[13]

a.    A natureza da fé – A primeira e a segunda frase do Manual sobre a fé salvadora enfatizam quatro verdades sobre sua natureza:

1)   A fé que salva consiste do assentimento da mente às verdades fundamentais da revelação... por meio da influência do Espírito Santo... – Isto é, convicção ou convencimento. Novamente vemos que isto se inicia com a persuasão que faz parte da obra graciosa pré-regeneradora do Espírito Santo que possibilita a fé.

2)   ... da aceitação do evangelho, por meio da influência do Espírito Santo e da firme crença... – isto é, compromisso que requer uma decisão pessoal de se colocar nas mãos de Cristo como Salvador e Senhor.

3)   ... e confiança em Cristo. Isto significa uma confiança dependente em Jesus para a salvação, indicando que a pessoa coloca a sua alma e sua vida em Deus, através de Cristo.

4)   O fruto da fé é a obediência ao evangelho. Isto indica que a fé salvadora se estabelece pela fidelidade aos princípios do Evangelho, isto é, não somente fé para a salvação, mas fé perseverante.

b.   A possibilidade da fé – A terceira frase do Manual sobre a fé salvadora enfatiza duas verdades sobre ela:

1)   O poder para crer é dom de Deus. Assim, a possibilidade da fé é dom de Deus.

2)   Deus não coloca fé diretamente naquele que crê. É a pessoa que crê e esta não é uma atividade imposta à sua vontade pela ação irresistível do Espírito. Fé é uma decisão livre, apesar de requerer a capacitação dada pelo Espírito.

Nenhuma passagem da Bíblia fala da fé salvadora como sendo um dom direto de Deus. Um bom exemplo é Efésios 2.8, 9, onde Paulo usa a palavra fé que é um substantivo feminino no original grego enquanto o termo isto é neutro[14]. A palavra isto, portanto, se refere ao conteúdo de toda a frase anterior: a salvação não vem de nós, mas é dom de Deus.

c.    A função da fé – A última frase do Manual sobre a fé salvadora enfatiza duas verdades também:

1)   Tecnicamente, a fé inclui o arrependimento. São dois lados da mesma moeda; a condição básica da salvação. Não se pode ter fé sem arrependimento e não se pode ter arrependimento sem fé. Os dois incluem deixar o pecado e se voltar para Deus.

2)   Fé é aceitação, tomar uma decisão, colocar sua confiança em, não sendo em si mesma uma obra. A fé não é a base ou a razão para a salvação. A fé, por si mesma, não tem mérito.

Em realidade, fé é estender mãos vazias a Deus, oferecendo a Ele nada mais do que a nossa aceitação de Sua oferta gratuita e graciosa, admitindo que não se possa fazer nada para se salvar e que é necessário se colocar inteiramente em Deus.
Fé é a livre aceitação de uma dádiva graciosa e imerecida.

III. Cremos na aplicação da salvação – Capítulos 11 e 12[15]

Aqui vemos a obra que Deus faz ao aplicar os frutos da obra redentora de Cristo àqueles que, tendo sido capacitados pela obra graciosa pré-regeneradora do Espírito Santo, aceitam sua oferta de salvação pelo arrependimento e a fé. Três palavras descrevem isto: As primeiras duas, regeneração e justificação, acontecem instantaneamente; a terceira, santificação, se inicia neste mesmo momento e continua ao longo da vida do crente.

1.    Regeneração

O homem é um ser decaído e pecador, pelo que também deve ser regenerado a fim de obter a salvação. Essa transformação é uma renovação instantânea do coração por intermédio do Espírito Santo, mediante a qual o pecador arrependido recebe uma vida nova, torna-se filho de Deus e se dispõe a servi-lo. As Escrituras chamam isso de nascer de novo, nascer do Espírito Santo, ser vivificado, passar da morte para a vida e participar da natureza divina.

A declaração do Manual sobre a regeneração é melhor entendida se apresentada, brevemente, em três pontos.

a.    A necessidade de regeneração é indicada na primeira oração. Sendo todos os seres humanos culpados de pecado e depravados, a necessidade é universal. Assim, não há salvação sem regeneração.

b.   O agente da regeneração é indicado pela frase “por intermédio do Espírito Santo”. A obra do Espírito Santo é de restaurar o pecador que crê, à vida espiritual e a um conhecimento e relacionamento pessoal com Deus. A presença do Espírito no que crê é o sinal e o selo disto. (Cf. Jo 3.5; Tt 3.5)

c.    A natureza ou significado da regeneração se expressa na última oração do parágrafo que apresenta a regeneração através de várias formas bíblicas.

ð A regeneração é nascer de novo ou nascer do Espírito – Jo 3.3-7.
ð A regeneração é nascer de Deus – 1Jo 5.1.
ð A regeneração é ser vivificado da morte espiritual – Ef 2.1-6; Jo 5.24.
ð A regeneração é ser lavado – Tt 3.5.
ð A regeneração é se tornar participante do Espírito Santo – Hb 6.4.
ð A regeneração é se tornar participante da natureza divina – 2Pe 1.4.

Portanto, a regeneração é se tornar espiritualmente vivo, ou seja, o espírito de uma pessoa é vivificado e leva a um relacionamento vivo e pessoal com Deus. Resumindo, ela se torna filho de Deus (Rm 8.16; João 1.17).

Concluímos, então que, antes da regeneração, a vontade da pessoa está presa e inclinada ao pecado. A “carne” – isto é, a natureza depravada – reina com pouca resistência e a pessoa anda de acordo com a carne. Depois da regeneração, a escravidão da vontade é quebrada e esta é inclinada em direção a Deus e o espírito regenerado reina – apesar da natureza carnal estar ativa e criar um “cabo de guerra” dentro do crente (Gl 5.17). A pessoa regenerada anda, isto é, se comporta “segundo”, ou de acordo com, o Espírito (Rm 8.1-4).


2. Justificação.

Para facilitar o entendimento dessa doutrina vamos usar, também, um breve esboço de três pontos:

a.     A necessidade da justificação é vista no fato de que todos pecaram. Sendo que todos são culpados, a necessidade é universal. Este é o ensino de Romanos 1-3.

b.   O meio usado para a justificação – A base para a nossa salvação se encontra na expiação, isto é, na morte e ressurreição de Cristo. Jesus pagou em sua totalidade a penalidade pela quebra da lei de Deus e Ele cumpriu perfeitamente esta lei. Os resultados disto são aplicados à nossa conta (“imputado a nós”) quando cremos em Cristo. Portanto, a justificação é baseada na teoria da satisfação penal da expiação. Deus é justo e justificador daquele que tem fé em Jesus (Rm 3.26). A condição para a justificação é a fé (Gl 3.11; Hc 2.4) e o método é por imputação. Isto significa que a retidão de Cristo diante de Deus é considerada como sendo nossa, quando nos identificamos com Ele pela fé.

c.    O significado da justificação – Quando o Manual se refere a isto, ele usa a palavra perdoada, significando o perdão pelo pecado e posição de retidão diante de Deus. Pela justificação o pecador que crê é absolvido de sua culpa pelo pecado e restaurado ao favor divino.

Especialmente em Romanos, Paulo fala da justificação como “a justiça de Deus”. Em sua origem isto significa ser justo diante de Deus. Quando a justiça de Cristo é imputada ao crente, ele se torna legalmente inocente de transgressão diante de Deus. Nenhum pecado é imputado à sua conta. A penalidade por todos os pecados daquela pessoa foi inteiramente paga e retirada de nossa conta em virtude da dupla imputação descrita em 2Coríntios 5.21nossos pecados foram imputados a Cristo e a sua justiça diante de Deus foi imputada a nós.

Assim, justificação pode ser definida como o ato gracioso de Deus pelo qual, devido à obra de Cristo, o pecador que crê se encontra justo diante de Deus.

3. Santificação

A declaração sobre santificação do Manual é muito sucinta e por isso é necessário, também, que o assunto seja apresentado em um breve esboço de três pontos:

a.    O significado de santificação. A palavra santificação significa separação. Santificar significa, literalmente, separar ou tornar santo. Biblicamente significa separar para Deus e para seu uso exclusivo. Portanto, está implícito se tornar como Deus em espiritualidade, consagração e santidade. O Manual usa as palavras de 2Pedro 3.18 declarando a santificação como “crescimento na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo”.
b.   O agente da santificação é o Espírito Santo. O crescimento em santidade é o resultado da obra do Espírito na vida do cristão, influenciando-o para a santidade de coração e vida, e trabalhando para produzir o fruto do Espírito (Gl 5.22-23).

c.    Os meios de santificação são importantes e devem ser usados pela pessoa. Apesar de o Espírito Santo ser o agente, o crente deve usar os meios que Deus providenciou para a sua santificação. Em 2Pedro 1.5-8 temos o que chamamos de meios de graça santificadora. Dentre estes existem quatro que são especialmente importantes: (1) oração, (2) a Palavra, (3) a Igreja (sua vida, comunhão, adoração e ordenanças) e (4) serviço.

d.   A natureza da santificação. Biblicamente falando, a santificação tem três aspectos, às vezes chamado dos três tempos da santificação: 1) santificação inicial ou posicional – que ocorre imediatamente na conversão, quando o cristão é separado como pertencente a Deus; 2) santificação progressiva – que se inicia na conversão, mas que é um processo contínuo de crescimento e desenvolvimento da vida cristã e; 3) santificação futura ou final – quando a obra de santificação estiver completa e o cristão passar a viver com Deus como produto final, confirmado em santidade e com a natureza depravada finalmente erradicada permanentemente.

Concluindo – Três considerações breves:

1)   Quando uma pessoa é regenerada, justificada e santificada, ela é adotada na família de Deus com plenos direitos de filho e herdeiro (Ef 1.5). Ela é unida em Cristo e nesta união com Ele, Deus considera que os crentes possuem todos os méritos de Cristo e isto é a base para a imputação da Sua justiça, como discutido acima.

2)   Nosso ponto de vista da ordem das diferentes experiências da salvação é o seguinte: Começamos com a Palavra e a graça capacitadora como sendo o chamado do Evangelho, pela instrumentalidade do Espirito Santo na sua obra de convencimento. Em seguida, vem o arrependimento e a fé, como resultado da decisão da pessoa e, finalmente, com as condições divinas cumpridas, vem a justificação e a regeneração – estas duas sempre ocorrem concomitantemente, tanto cronológica quanto racionalmente.

3)   Nossas doutrinas da salvação nos distinguem dos calvinistas, que defendem a salvação incondicional; nos distinguem dos wesleyanos, que defendem a santificação como uma ação instantânea que geralmente ocorre após a conversão e coloca a pessoa em um estado sem pecado; e nos distinguem de alguns cristãos que separam o arrependimento da fé e dizem que o arrependimento não é necessário para a salvação, geralmente reduzindo a fé a um assentimento intelectual à verdade e não incluem nela o elemento de compromisso com Cristo.

Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira



[1] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre, Lição 7 – O que cremos sobre a Salvação, p. 1.
[2] Manual de Fé e Prática dos Batistas Livres do Brasil, 4ª Edição, 2014, Capítulo VIII – O Chamamento do Evangelho, p. 10.
[3] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre, Lição 6 – O que cremos sobre o Espírito Santo e Sua Obra, p. 7, 8.
[4] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre, Lição 6 – O que cremos sobre o Espírito Santo e Sua Obra, p. 7, 8.
[5] Ibid., p. 8.
[6] Ibid., p. 8.
[7] Ibid., p. 9.
[8] Ibid., p. 10.
[9] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre, Lição 5 – O que cremos sobre a Obra Redentora de Cristo, p. 5-7.
[10] Picirilli, Lição 6, p. 10.
[11] Manual, Capítulo IX – Arrependimento, p. 10.
[12] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre, Lição 7 – O que cremos sobre a Salvação, p. 1-3. Neste ponto o estudo segue a Lição 7, Ponto I – Condição da Salvação – Arrependimento, adaptados à nossa realidade local e com cortes e acréscimos que julguei necessário, nas páginas já citadas.
[13] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre, Lição 7 – O que cremos sobre a Salvação, p. 3, 4. Neste ponto o estudo segue a Lição 7, Ponto I – Condição da Salvação – Fé, adaptados à nossa realidade local e com cortes e acréscimos que julguei necessário, nas páginas já citadas.
[14] N.T. – Em grego há três gêneros de substantivos: masculino, feminino e neutro.
[15] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre, Lição 7 – O que cremos sobre a Salvação, p. 5-9. Neste ponto o estudo segue a Lição 7, Ponto II – A Aplicação da Salvação – Regeneração, Justificação e Santificação, adaptados à nossa realidade local e com cortes e acréscimos que julguei necessário, nas páginas já citadas.