Efésios 2.1-10
Em
nosso estudo anterior: O que cremos sobre o Espírito Santo,
vimos o assunto em três pontos:
ü
1º) Cremos que o Espírito Santo é uma pessoa;
2º) Cremos que o Espírito Santo é Deus; e 3º) Cremos na obra do
Espirito Santo na salvação.
Terminamos
citando os três princípios bíblicos, que
cremos, sobre a doutrina do Espírito Santo: 1º) O Espírito Santo é Deus – ele
é igual, coexistente e coeterno com o Pai e o Filho. Ele possui todos os
atributos da divindade; 2º) O
Espírito Santo é quem convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo – e
assim, ele habita, santifica, capacita e guia os crentes, mantendo-os firmes e
perseverantes na fé; e 3º) A ordem
de Deus é para todos os crentes sejam cheios do Espírito Santo. (Ef 5.18)
Hoje,
em nosso estudo da Fé Batista Livre, vamos ver a doutrina da salvação que
na teologia sistemática é chamada de Soteriologia.
Nosso assunto está em cinco capítulos do Manual
de Fé, ou seja, nos capítulos 8 ao
12. Os três primeiros sobre o chamamento
do Evangelho, o arrependimento e a fé, que dizem respeito à condição da
salvação: o que uma pessoa precisa fazer
para que a regeneração lhe seja aplicada. Os dois últimos sobre a regeneração, a justificação e a santificação,
que apresentam a obra básica que o Senhor
faz na pessoa que crê ao lhe aplicar a salvação.[1]
Assim
sendo, o nosso tema é: O que cremos sobre a Salvação. Veremos
esse assunto em três pontos: 1º) Cremos
no chamado do Evangelho para a salvação; 2º) Cremos na condição para a salvação; e 3º) Cremos na aplicação da
salvação.
I. Cremos no chamado do Evangelho para a
salvação – Capítulo 8
O chamamento do evangelho e
a expiação são co-extensivos a todos os homens, tanto pela Palavra como pelas
compulsões do Espírito, de tal modo que a salvação é tornada igualmente
possível para todos e, se alguém deixa de receber a vida eterna, a falta é
inteiramente sua.[2]
Isto
envolve a primeira obra do Espírito Santo na vida de um pecador – a convicção de pecado. A obra do
Espírito inclui convencer os incrédulos de seus pecados e da verdade do
evangelho. E esse é o primeiro passo para trazer o ser humano caído à salvação.
(Cf. João 16.8)[3]
Se
Deus deixasse o homem a sua própria iniciativa e verbalmente apenas lhe
oferecesse a salvação em Cristo, ninguém o escolheria. Apesar da liberdade para
escolher ainda estar presente no homem, sua situação é tal que não poderia
exercer esta liberdade (depravação, preso pelo pecado, cegado por Satanás).[4] (Cf. João 6.44) O homem caído, portanto, é
incapaz, em sua condição natural, de aceitar a oferta do evangelho. Ele está
preso pelo pecado e a depravação total, torna-o incapaz de qualquer bem,
inclusive exercitar a sua fé.[5]
Portanto,
a primeira obra do Espírito Santo no pecador é a convicção capacitadora ou pré-regeneradora que torna possível, ele,
receber a dádiva do evangelho pela fé e então ser regenerado. Desta forma, o
dilema da depravação total é resolvido e ao mesmo tempo a liberdade da vontade
humana é respeitada por Deus. Esta graça capacitadora liberta a vontade que
estava outrora presa pelas circunstâncias e faz com que a escolha individual
seja possível. É a isso que chamamos de chamado ou chamamento do Evangelho.[6]
Esboçando
o capítulo 8 do Manual, temos quatro pontos que tornam claro esse ensino:
1.
O chamamento do evangelho e a expiação são
co-extensivos a todos os homens... –
O chamado do evangelho em si mesmo é uma oferta genuína de salvação a todos em
todo lugar, baseado no fato de que Jesus tornou a salvação realmente possível
para todos na Sua obra expiatória. Mas, o chamado do evangelho, somente é
eficaz quando o pecador responde em fé à obra capacitadora e persuasiva do
Espírito Santo e, portanto, libera o Espírito a efetuar o restante dos resultados
do chamado; isto é, aplicar a obra redentora da cruz e a ressurreição à
salvação do que crê.[7] (Cf. Mc 16.15; Is 45.22; Pv 8.4; Is 55.1; Ap
22.17)
2.
... tanto pela Palavra como
pelas compulsões do Espírito... – Quando o Manual liga a Palavra de Deus às “compulsões”
do Espírito, ele o faz consciente da necessidade da Palavra para todas as
partes da experiência da salvação. (Cf. Rm
10.17) Esta é a obra do Espírito Santo no pecador
que o traz ao ponto de uma escolha livre por ou contra Deus. Ela inclui: (1) convicção
(convencimento) do pecado; (2) persuasão da verdade do evangelho e, por fim,
(3) capacitação do pecador para crer. Assim, no momento em que o pecador ouve o
Evangelho e o Espírito Santo o convence do pecado e o capacita à fé, alguns
creem e outros não. O Espírito opera esta capacitação graciosa tanto no que crê
e é salvo quanto no que rejeita e é condenado para sempre.[8]
(Cf. Jl 2.28; Jo
16.8; 1.9; Isa 55.11; Lc 2.30-32)
3.
... de tal modo que a
salvação é tornada igualmente possível para todos... – Aqui, temos a primeira
consequência desse ensino do chamado do Evangelho, a possibilidade da salvação
que é oferecida a todos ser recebida por todos. A salvação foi providenciada para todos na morte expiatória de Cristo,
mas é aplicada somente aos que creem (Cf. Tt
2.11-14; Ef 1.1-13). Jesus não morreu com o propósito ou a intenção de
salvar todos, senão, todos seriam salvos, já que os propósitos finais de Deus
são sempre cumpridos. Porém ele morreu para providenciar uma expiação que é
suficiente para e disponível a todos.[9] (Cf. 1Tm 2.4; At 10.34; Ez 33.11; 2Pe 3.9)
4.
... e, se alguém deixa de receber a vida eterna, a
falta é inteiramente sua. A segunda
consequência desta doutrina é a crença na responsabilidade de cada pessoa por
seu destino eterno. Isto não significa que o indivíduo contribui ou tem méritos
para a salvação ou faz qualquer coisa para conquistá-la. Significa simplesmente
que o indivíduo deposita livremente sua fé em Cristo como meio de sua salvação
e assim cumpre a condição que o próprio Deus soberano estabeleceu.[10] (Cf. Os 13.9; Pv 1.24-31; Is 65.12; Jr 7.13, 14;
Zc 7.11-13; Jo 5.40; Mt 23.37)
II. Cremos na
condição para a salvação – Capítulos 9 e 10
Aqui temos dois aspectos da
mesma condição: arrependimento e fé.
1.
Arrependimento
O arrependimento requerido
pelo evangelho inclui profunda convicção, tristeza penitente, confissão
pública, aversão decisiva e abandono completo do pecado em todas as suas
formas. Deus exige esse arrependimento de todos os homens: se não se arrepender
em vida, o pecador terá de perecer eternamente.[11]
[12]Arrependimento vem da palavra grega metanoeō, que é traduzida como “me
arrependo”, e significa mudar a maneira de se pensar. Ela se refere a uma mudança completa de pensamento e atitude (disposição
interna), uma mudança que envolva a pessoa como um todo: sua vontade,
pensamentos e sentimentos.
É
uma meia volta, deixando o pecado e se voltando para Deus. Um excelente exemplo
é o que Paulo afirma dos tessalonicenses – 1Ts
1.9 – Porque eles mesmos anunciam de
nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos
convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro...
Os
teólogos geralmente fazem uma distinção entre arrependimento e fé, usando arrependimento para enfatizar o lado
negativo – abandono do pecado; e Fé é usada para enfatizar o lado
positivo – se voltar para Deus.
O
significado de arrependimento, quando a palavra é usada para apresentar um dos
aspectos da condição de salvação, está bem expressa na declaração do Manual, que lista os principais
elementos envolvidos no arrependimento:
a.
Profunda convicção – O pecador deve primeiro estar convencido de sua
pecaminosidade. Isto começa com a obra do
Espírito Santo em sintonia com o chamado do Evangelho e ele capacita o indivíduo a tomar as decisões que se seguem.
b.
Tristeza penitente – Esta é uma tristeza segundo Deus, como Paulo
indica em 2Co 7.10.
c.
Confissão pública – Isto significa concordar com Deus quanto à natureza do pecado como
também quanto à culpa pelo pecado.
d.
Aversão decisiva – Esta aversão é mais da vontade do que das emoções, significando o
repúdio e a rejeição de seu próprio pecado.
e.
Abandono completo do pecado
em todas as suas formas – Com isto se
completa o aspecto de deixar o pecado. Sem o abandono, não há arrependimento
genuíno.
2.
Fé
A fé que salva consiste do
assentimento da mente às verdades fundamentais da revelação, da aceitação do
evangelho, por meio da influência do Espírito Santo e da firme crença e
confiança em Cristo. O fruto da fé é a obediência ao evangelho. O poder de crer
é um dom de Deus, mas a fé é um ato da criatura humana, exigido como condição
do perdão, sem a qual o pecador não pode obter salvação. De todos os homens é
requerido que creiam em Cristo e aqueles que prestam obediência a essa
exigência tornam-se filhos de Deus mediante a fé.
Assim
como o arrependimento, o significado de fé, quando a palavra é usada para
apresentar um dos aspectos da condição de salvação, está bem expressa na
declaração do Manual, que lista os
principais elementos envolvidos na fé salvadora:[13]
a.
A natureza da fé – A primeira e a segunda frase do Manual sobre a fé salvadora enfatizam
quatro verdades sobre sua natureza:
1)
A fé que salva consiste do
assentimento da mente às verdades fundamentais da revelação... por meio da influência do Espírito Santo... – Isto é, convicção ou convencimento. Novamente vemos que isto se inicia com a persuasão que
faz parte da obra graciosa pré-regeneradora do Espírito Santo que possibilita a
fé.
2)
... da aceitação do
evangelho, por meio da influência do Espírito Santo e da firme crença... – isto é, compromisso que requer uma decisão pessoal de se colocar nas mãos
de Cristo como Salvador e Senhor.
3)
... e confiança em Cristo. Isto significa uma confiança dependente em Jesus para
a salvação, indicando que a pessoa coloca a sua alma e sua vida em Deus,
através de Cristo.
4)
O fruto da fé é a obediência
ao evangelho.
Isto indica que a fé salvadora se estabelece pela fidelidade aos princípios do
Evangelho, isto é, não somente fé para a salvação, mas fé perseverante.
b.
A possibilidade da fé – A terceira frase do Manual sobre a fé salvadora
enfatiza duas verdades sobre ela:
1)
O poder para crer é dom de Deus. Assim, a possibilidade da fé é dom de Deus.
2)
Deus não
coloca fé diretamente naquele que crê. É a pessoa que crê e esta não é uma
atividade imposta à sua vontade pela ação irresistível do Espírito. Fé é uma
decisão livre, apesar de requerer a capacitação dada pelo Espírito.
Nenhuma
passagem da Bíblia fala da fé salvadora como sendo um dom direto de Deus. Um
bom exemplo é Efésios 2.8, 9, onde
Paulo usa a palavra fé que é um
substantivo feminino no original grego enquanto o termo isto é neutro[14]. A
palavra isto, portanto, se refere ao
conteúdo de toda a frase anterior: a salvação não vem de nós, mas é dom de
Deus.
c.
A função da fé
– A última frase do Manual sobre a fé salvadora enfatiza duas verdades também:
1)
Tecnicamente,
a fé inclui o arrependimento. São dois lados da mesma moeda; a condição básica
da salvação. Não se pode ter fé sem arrependimento e não se pode ter
arrependimento sem fé. Os dois incluem deixar o pecado e se voltar para Deus.
2)
Fé é aceitação,
tomar uma decisão, colocar sua confiança em, não sendo em si mesma uma obra. A fé não é a base ou a razão para a
salvação. A fé, por si mesma, não tem mérito.
Em realidade, fé é estender mãos vazias a Deus, oferecendo a Ele nada mais do que a nossa aceitação
de Sua oferta gratuita e graciosa, admitindo que não se possa fazer nada para
se salvar e que é necessário se colocar inteiramente em Deus.
Fé é a livre aceitação de uma dádiva graciosa e
imerecida.
Aqui
vemos a obra que Deus faz ao aplicar os frutos da obra redentora de Cristo
àqueles que, tendo sido capacitados pela obra graciosa pré-regeneradora do
Espírito Santo, aceitam sua oferta de salvação pelo arrependimento e a fé. Três
palavras descrevem isto: As primeiras duas, regeneração e
justificação, acontecem
instantaneamente; a terceira, santificação, se inicia neste mesmo momento e continua ao longo da vida do crente.
1.
Regeneração
O homem é um ser decaído e
pecador, pelo que também deve ser regenerado a fim de obter a salvação. Essa
transformação é uma renovação instantânea do coração por intermédio do Espírito
Santo, mediante a qual o pecador arrependido recebe uma vida nova, torna-se
filho de Deus e se dispõe a servi-lo. As Escrituras chamam isso de nascer de
novo, nascer do Espírito Santo, ser vivificado, passar da morte para a vida e
participar da natureza divina.
A
declaração do Manual sobre a
regeneração é melhor entendida se apresentada, brevemente, em três pontos.
a.
A necessidade de regeneração é indicada na primeira oração. Sendo todos os seres
humanos culpados de pecado e depravados, a necessidade é universal. Assim, não
há salvação sem regeneração.
b.
O agente da regeneração é indicado pela frase “por intermédio do Espírito
Santo”. A obra do Espírito Santo é de restaurar o pecador que crê, à vida
espiritual e a um conhecimento e relacionamento pessoal com Deus. A presença do
Espírito no que crê é o sinal e o selo disto. (Cf. Jo 3.5; Tt 3.5)
c.
A natureza ou significado da regeneração se expressa na última oração do parágrafo que
apresenta a regeneração através de várias formas bíblicas.
ð
A regeneração é
nascer de novo ou nascer do Espírito – Jo
3.3-7.
ð
A regeneração é
nascer de Deus – 1Jo 5.1.
ð
A regeneração é
ser vivificado da morte espiritual – Ef
2.1-6; Jo 5.24.
ð
A regeneração é
ser lavado – Tt 3.5.
ð
A regeneração é
se tornar participante do Espírito Santo – Hb
6.4.
ð
A regeneração é
se tornar participante da natureza divina – 2Pe 1.4.
Portanto,
a regeneração é se tornar espiritualmente vivo, ou seja, o espírito de uma
pessoa é vivificado e leva a um relacionamento vivo e pessoal com Deus.
Resumindo, ela se torna filho de Deus (Rm
8.16; João 1.17).
Concluímos,
então que, antes da regeneração, a vontade da pessoa está presa e inclinada ao
pecado. A “carne” – isto é, a natureza depravada – reina com pouca resistência
e a pessoa anda de acordo com a carne. Depois da regeneração, a escravidão da
vontade é quebrada e esta é inclinada em direção a Deus e o espírito regenerado
reina – apesar da natureza carnal estar ativa e criar um “cabo de guerra”
dentro do crente (Gl 5.17). A pessoa
regenerada anda, isto é, se comporta “segundo”, ou de acordo com, o Espírito (Rm 8.1-4).
2. Justificação.
Para facilitar o entendimento dessa doutrina vamos usar,
também, um breve esboço de três pontos:
a.
A
necessidade da justificação é vista no fato de que todos pecaram. Sendo que
todos são culpados, a necessidade é universal. Este é o ensino de Romanos 1-3.
b.
O meio usado para a justificação – A base
para a nossa salvação se encontra na expiação, isto é, na morte e ressurreição
de Cristo. Jesus pagou em sua totalidade
a penalidade pela quebra da lei de Deus e Ele cumpriu perfeitamente esta lei.
Os resultados disto são aplicados à nossa conta (“imputado a nós”) quando
cremos em Cristo. Portanto, a justificação é baseada na teoria da
satisfação penal da expiação. Deus é justo e justificador daquele que tem fé em
Jesus (Rm 3.26). A condição para a justificação é a fé (Gl 3.11; Hc 2.4) e o método é por imputação. Isto significa que a retidão de Cristo diante de Deus é considerada
como sendo nossa, quando nos identificamos com Ele pela fé.
c.
O significado da justificação – Quando o Manual
se refere a isto, ele usa a palavra perdoada,
significando o perdão pelo pecado e posição de retidão diante de Deus. Pela
justificação o pecador que crê é absolvido de sua culpa pelo pecado e
restaurado ao favor divino.
Especialmente
em Romanos, Paulo fala da justificação como “a justiça de Deus”. Em sua origem
isto significa ser justo diante de Deus.
Quando a justiça de Cristo é imputada ao crente, ele se torna legalmente
inocente de transgressão diante de Deus. Nenhum pecado é imputado à sua conta.
A penalidade por todos os pecados daquela pessoa foi inteiramente paga e
retirada de nossa conta em virtude da dupla imputação descrita em 2Coríntios 5.21 – nossos pecados foram imputados a Cristo e a sua justiça diante de Deus
foi imputada a nós.
Assim, justificação pode ser definida como o ato
gracioso de Deus pelo qual, devido à obra de Cristo, o pecador que crê se
encontra justo diante de Deus.
3. Santificação
A declaração sobre santificação do Manual é muito sucinta e por isso é
necessário, também, que o assunto seja apresentado em um breve esboço de três
pontos:
a.
O significado de santificação. A palavra santificação significa separação. Santificar significa, literalmente, separar
ou tornar santo. Biblicamente significa separar para Deus e para seu uso
exclusivo. Portanto, está implícito se tornar como Deus em espiritualidade,
consagração e santidade. O Manual usa
as palavras de 2Pedro 3.18
declarando a santificação como “crescimento
na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo”.
b.
O agente da santificação é o Espírito Santo. O crescimento em santidade é o resultado da obra do
Espírito na vida do cristão, influenciando-o para a santidade de coração e vida,
e trabalhando para produzir o fruto do Espírito (Gl 5.22-23).
c.
Os meios de santificação são importantes e devem ser
usados pela pessoa. Apesar de o
Espírito Santo ser o agente, o crente deve usar os meios que Deus providenciou
para a sua santificação. Em 2Pedro 1.5-8
temos o que chamamos de meios de graça santificadora. Dentre
estes existem quatro que são especialmente importantes: (1) oração, (2) a Palavra,
(3) a Igreja (sua vida, comunhão, adoração e ordenanças)
e (4) serviço.
d.
A natureza da santificação. Biblicamente falando, a santificação tem três aspectos, às vezes chamado dos três tempos da santificação: 1) santificação
inicial ou posicional – que ocorre imediatamente na conversão, quando o
cristão é separado como pertencente a Deus; 2) santificação progressiva
– que se inicia na conversão, mas que é um processo contínuo de crescimento e desenvolvimento
da vida cristã e; 3) santificação futura ou final – quando a
obra de santificação estiver completa e o cristão passar a viver com Deus como
produto final, confirmado em santidade e com a natureza depravada finalmente
erradicada permanentemente.
Concluindo – Três considerações breves:
1)
Quando uma
pessoa é regenerada, justificada e santificada, ela é adotada na família de
Deus com plenos direitos de filho e herdeiro (Ef 1.5). Ela é unida em Cristo e nesta união com Ele, Deus
considera que os crentes possuem todos os méritos de Cristo e isto é a base
para a imputação da Sua justiça, como discutido acima.
2)
Nosso ponto
de vista da ordem das diferentes experiências da salvação é o seguinte: Começamos com a Palavra e a graça capacitadora
como sendo o chamado do Evangelho, pela instrumentalidade do Espirito Santo na
sua obra de convencimento. Em seguida, vem o arrependimento e a fé, como
resultado da decisão da pessoa e, finalmente, com as condições divinas
cumpridas, vem a justificação e a regeneração – estas duas sempre ocorrem
concomitantemente, tanto cronológica quanto racionalmente.
3)
Nossas
doutrinas da salvação nos distinguem dos
calvinistas, que defendem a salvação
incondicional; nos distinguem dos
wesleyanos, que defendem a santificação como uma ação instantânea que
geralmente ocorre após a conversão e coloca a pessoa em um estado sem pecado; e
nos distinguem de alguns cristãos que
separam o arrependimento da fé e dizem que o arrependimento não é
necessário para a salvação, geralmente reduzindo a fé a um assentimento
intelectual à verdade e não incluem nela o elemento de compromisso com Cristo.
Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira
[1] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre,
Lição 7 – O que cremos sobre a Salvação, p. 1.
[2] Manual de Fé e Prática dos Batistas Livres do Brasil,
4ª Edição, 2014, Capítulo VIII – O Chamamento do Evangelho, p. 10.
[3] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre,
Lição 6 – O que cremos sobre o Espírito Santo e Sua Obra, p. 7, 8.
[4] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre,
Lição 6 – O que cremos sobre o Espírito Santo e Sua Obra, p. 7, 8.
[5] Ibid., p. 8.
[6] Ibid., p. 8.
[7] Ibid., p. 9.
[8] Ibid., p. 10.
[9] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre,
Lição 5 – O que cremos sobre a Obra Redentora de Cristo, p. 5-7.
[10] Picirilli, Lição 6, p. 10.
[11] Manual, Capítulo IX – Arrependimento, p. 10.
[12] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre,
Lição 7 – O que cremos sobre a Salvação, p. 1-3. Neste ponto o estudo segue a
Lição 7, Ponto I – Condição da Salvação – Arrependimento, adaptados à nossa
realidade local e com cortes e acréscimos que julguei necessário, nas páginas
já citadas.
[13] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre,
Lição 7 – O que cremos sobre a Salvação, p. 3, 4. Neste ponto o estudo segue a
Lição 7, Ponto I – Condição da Salvação – Fé, adaptados à nossa realidade local
e com cortes e acréscimos que julguei necessário, nas páginas já citadas.
[14] N.T. – Em grego há três gêneros de substantivos:
masculino, feminino e neutro.
[15] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre,
Lição 7 – O que cremos sobre a Salvação, p. 5-9. Neste ponto o estudo segue a
Lição 7, Ponto II – A Aplicação da Salvação – Regeneração, Justificação e
Santificação, adaptados à nossa realidade local e com cortes e acréscimos que
julguei necessário, nas páginas já citadas.
We were not able to execute any of the multi-player ways at this factor, but two players will be able to "hot seat" on only one DS, while the four-player technique on LAN or Manufacturers Wi-Fi will let you fight buddies or just dive into an activity with available players on the internet.
ResponderExcluirRS Gold