No
estudo anterior vimos que, um dos mais
belos ensinos do NT é o da união espiritual do pecador remido com o Salvador
Jesus Cristo e que somente através
desta união os crentes tem acesso aos benefícios da obra salvadora de Jesus.
Vimos,
também, que o significado da metáfora da
videira e os ramos se torna claro quando consideramos os personagens do drama
daquela noite: A videira – Jesus; O agricultor – Deus, o Pai; O ramo frutífero
– os onze discípulos; e O ramo infrutífero – Judas Iscariotes.
Concluímos
afirmando que, o princípio da
frutificação está em que a videira tem que ser a verdadeira – Jesus, o agricultor tem que ser Deus – o Pai, e o ramo tem que ser um crente
verdadeiro – uma nova criatura.
Hoje,
nosso tema é: O Processo Bíblico da Frutificação
– João 15.3-8.
Quando
o Senhor Jesus começa a explicar sobre frutificação ele usa uma escala
progressiva: v.2a – nenhum fruto; v.2b – fruto; v.2c – mais fruto; vv.5, 8 – muito fruto. Isso indica que o
verdadeiro seguidor de Jesus é alguém que cresce espiritualmente produzindo
cada vez mais frutos espirituais. A vida cristã autentica está em constante
desenvolvimento e crescimento espiritual – Fp 2.12; 2Pe 1.3-11; 3.18.
O
Senhor Jesus usa a palavra fruto para falar do resultado do amadurecimento da
vida cristã. Um fruto é o resultado natural de um organismo vivo. A igreja de
Deus é um organismo vivo e dinâmico, pois se trata do corpo de Cristo – Rm 7.4;
1Co 12.27; Ef 4.12.
O
fruto de que trata Jesus é de natureza espiritual, mas pode ser visualizado
muitas vezes. A Bíblia fala de vários tipos de fruto espiritual: Os frutos do arrependimento – Mt 3.8-10; o fruto de levar pessoas a Cristo – Rm 1.13; o fruto do Espírito
– Gl 5.22, 23; o fruto do louvor – Hb 13.15;
o fruto da oferta missionária – Fp 4.17. O fruto, aqui, envolve o
caráter e o serviço a Deus, tudo como resultado da nossa comunhão com Ele!
O
processo de frutificação eficaz é simples e está em permanecer em Cristo (no amor
de Deus) (vv.3, 4, 8-10), depender totalmente de Jesus (vv.5, 6), orar continuamente (v.7),
e viver contente (alegria completa) (v.11). É sobre esse processo que queremos meditar hoje!
I. Permanecer em Cristo – no amor de
Deus (vv.3, 4, 8-10)
O
termo grego traduzido por “Estai em” na ACF e “Permanecei” na ARA aparece onze
vezes nesses onze versículos e significa manter, continuar, progredir, fazer
parte, criar raízes, preservar, alimentar. Tudo isso em relação a nossa
comunhão com Jesus que começou no dia da nossa conversão – João 15.16; 2Co
5.17-19.
Permanecer
em Cristo inclui a oração – Ef 6.18;
1Ts 5.17, 18; Jd 20; obediência à
Palavra – vv.9, 10; Jo 14.15; 1Pe 1.22-25; 1Jo 2.3-6; e confissão de pecados – 1Jo 1.4-2.2.
O
fruto ou evidência de estar em Cristo é a continuidade no serviço a Cristo e no
seu ensino – Jo 8.31; Cl 1.23; 1Jo 2.24.
II. Depender totalmente de Jesus (vv.5,
6)
v.5 – esse versículo é um lembrete para nunca esquecermos, os discípulos
primeiramente e nós, de quem realmente é autosuficiente – Jesus. (Rm 13.36)
v.6 – Este versículo fala sobre a inutilidade de qualquer ramo que deixa
de dar fruto. Temos aqui as consequências da não frutificação: 1) será lançado fora – fala da perda de comunhão como Senhor; 2) secará – fala de perda de vitalidade espiritual; 3) lançam no fogo, e ardem – fala
de perda de recompensa (galardão).
Por
isso o cristão deve depender totalmente de Jesus na sua vida, em todos os
sentidos. Atentemos para as advertências em Hb 2.1-4 e 12.1-3.
III. Orar continuamente (v.7)
Como
já enfatizamos, a vida cristã inclui a oração
– Ef 6.18; 1Ts 5.17, 18; Jd 20. O que entendo sobre orar continuamente, vejo
claramente em Efésios 6.18 na NTLH:
“Façam tudo
isso orando a Deus e pedindo a ajuda dele.
Orem sempre,
guiados pelo Espírito de Deus. Fiquem alertas.
Não
desanimem e orem sempre por todo o povo de Deus.”
IV. Viver contente (alegria completa)
(v.11)
Lendo
os vv.9-11, vemos em especial o
estreito relacionamento entre Jesus e seus discípulos e as lições que podemos
aprender: 1ª) o amor do Pai
pelo Filho é o padrão para o amor do Filho pelos seus discípulos – v.9; 2ª) a obediência do Filho ao
Pai é o padrão para a obediência dos discípulos ao Filho – v.10; 3ª) a necessidade de que os
discípulos permaneçam no amor do Pai é destacada pela repetição do verbo
permanecer – vv.9, 10; e 4ª) a
alegria do Filho é a base para a alegria dos discípulos – v.11.[1]
O
contentamento no servir ao nosso Senhor Jesus está no seu próprio contentamento
em servir ao seu amado Pai. E isso está claro, não só aqui, mas em toda a
Bíblia – Ef 5.1, 2; 1Jo 1.3, 4; Hb 12.2.
Creio
que “assim como Jesus sustentou que o fato de obedecer ao Pai era a base de sua
alegria, do mesmo modo também os crentes que são obedientes aos mandamentos de
Cristo sentirão a mesma alegria”[2]. (Jo
16.24; 17.13)
Concluindo
Portanto,
para que haja fruto em nossa vida cristã é necessário que permaneçamos em Cristo (no
amor de Deus) (vv.3, 4, 8-10), dependamos totalmente Dele (vv.5, 6), oraremos continuamente (v.7),
e vivamos contente com o que Deus tem nos
dado e nos ajudado a alcançar em nossa vida pessoal e na sua obra (v.11).
Pr. Walter Almeida Jr.
CBL Limeira – 12/09/13
gostei muito desse comentário, pois foi muito esclarecedor, que Deus continue te abençoando
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