quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O discipulador como pacificador


João 14.12-31

Em nosso estudo anterior vimos, em João 14.4-11, do contexto de afirmações, perguntas, pedidos e respostas, duas lições espirituais importantes: A Primeira lição vem da resposta à pergunta de Tomé: Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? (v.5). A segunda lição vem da resposta ao pedido de Filipe: Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. (v.8).
O nosso tema foi: Conduzindo pessoas ao conhecimento de Deus.

Hoje, em João 14.27-31, vamos estudar sobre o tema “o discipulador como pacificador”.

Mas, antes, vejamos os temas dos textos de 12 a 26, que para efeito didático podem ser divididos do seguinte modo: 1º) v.12-15Motivação para Orar; 2º) v.17-26Promessas Espirituais de Consoloa) v.16, 17 – ajuda espiritual; b) v.18, 19 – vida espiritual; c) v.20-24 – união espiritual e; d) v.25, 26 – direção espiritual.

Prosseguindo, no texto, temos o nosso assunto de hoje sobre o discipulador como pacificador. Para um discipulador ser um pacificador ele precisa da paz de Jesus, de amor genuíno por Jesus, de fé verdadeira em Jesus, estar completamente liberto do poder do inimigo e estar disposto a pagar o preço do discipulado.

1º) Um discipulador só poderá ser um pacificador se ele tiver em si mesmo a paz de Jesus – v.27

Jesus usa, aqui, a palavra shalon, a mesma que usou para saudar os discípulos após sua ressurreição – Jo 20.19, 20 e 26. Ela não significa a ausência de problemas, mas serenidade e tranquilidade em face das grandes dificuldades da vida. Shalon significa integridade, plenitude, saúde e prosperidade. Esta paz tem algumas características:[1] 

  • Ela é uma dádiva – v.27a.
  • Ela é exclusiva – v.27b.
  • Ela é inigualável – v.27c.
  • Ela é medicinal – v.27d.

2º) Um discipulador só poderá ser um pacificador se ele amar a Jesus de verdade – v.28
O tipo de amor a que Jesus se refere tem características singulares, as quais são:
  • Um amor exclusivo – Mt 6.24.
  • Um amor integral – Mt 22.34-40.

3º) Um discipulador só poderá ser um pacificador se ele crer em Jesus de verdade – v.29

Crer, aqui, é sinônimo de fé. Por isso a Bíblia deixa bem claro que sem fé é impossível agradar a Deus e a define como “a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem” (Hb 11.1). Mas, a Bíblia também fala de alguns tipos de fé, que são:
  • Fé para a salvação – Rm 10.9, 10, 17; Jo 3.16.
  • Fé comum (perseverança) – Tt 1.4; Tg 1.2-4 Jd v.3
  • Fé (fidelidade) fruto do Espírito – Gl 5.22, 23.
  • Fé dom do Espírito Santo – 1Co 12.9.

4º) Um discipulador só poderá ser um pacificador se ele não tiver nem um laço com o inimigo – v.30.

O inimigo, Satanás, nada tem em comum com o Senhor Jesus, assim também não deverá ter nada em comum conosco – 2Co 6.14-7.1. A Escritura é clara em afirmar que o mundo inteiro jaz no maligno – 1 Jo 5.19. Um discípulo de Jesus é completamente liberto do poder do inimigo – 2 Co 4.6; 6.14; Ef 5.8-11; Cl 1.13.

5º) Um discipulador só poderá ser um pacificador se ele estiver disposto a pagar o preço do discipulado – v.31.

Jesus é o nosso exemplo máximo de abnegação “pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.6-8).

Jesus deu o exemplo e fez um chamado – Mt 10.34-39; 16.24; Lc 14.25-27.

Concluindo

O discipulado é uma obra exclusiva dos discípulos de Jesus. Por isso, o verdadeiro discípulo de Jesus precisa de paz, amor, fé, libertação completa e abnegação para realizar essa obra com êxito.

Pr. Walter Almeida Jr.
CBL Limeira – 21/02/13


[1] Casimiro, Arival Dias. Estudos Bíblicos no Evangelho de João, Z3, p. 25, 26.

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