sábado, 9 de fevereiro de 2013

Encorajamento Restaurador (Consolador)


João 14.1-3

Em nosso estudo anterior vimos, em João 13.31-38, que o mandamento de Jesus de amar é novo ou inédito de cinco maneiras e revelam, também, as cinco prioridades que um discípulo deve ter em sua vida: 1) Ele é novo em proeminência; 2) Ele é novo no seu referencial; 3) Ele é novo em sua maneira de expressá-lo; 4) Ele é novo em sua exclusividade; e 5) Ele é novo em sua capacitação.

Hoje, em João 14.1-3, vamos estudar sobre o tema: Encorajamento Restaurador.

Após as surpreendentes e chocantes afirmações de Jesus, no capítulo 13, sobre o lava pés, o traidor, a falha de Pedro, a sua ida de volta para o Pai, “o maravilhoso conselheiro dirige-se para a cruz a fim de enfrentar o sofrimento e a morte”.[1]

Isso tudo, gerou, entre os discípulos, um clima de apreensão, tristeza e consternação. “Todas essas constatações e previsões perturbaram dramaticamente os discípulos, trazendo preocupações profundas aos seus corações”.[2]

Observando o contexto do momento, o próprio Jesus, em sua humanidade perfeita, declarou aos seus discípulos: “está angustiada a minha alma” (12.27). João ainda afirmou “angustiou-se Jesus em espírito” (13.21). Mas, Jesus, “absorvido pelas necessidades das pessoas que Deus lhe confiou”[3], conforta, exorta, instrui e ora por eles (14-17).

Diante disso, as lições que podemos tirar do texto são as seguintes: 1ª) Desfrutar da eficaz consolação de Jesus – v.1; 2ª) Confiar na promessa consoladora de Jesus – v.2; e 3ª) Apreciar biblicamente o nosso lugar de consolo eterno com Jesus – v.3.

I. Desfrutar da eficaz consolação de Jesus – v.1

1. Aceitando a ordem de Jesus – “Não se turbe o vosso coração...” (v.1a) – Aqui temos um imperativo na língua grega, que poderia ser traduzido do seguinte modo: “parem de sentir-se perturbados”. Portanto, “sossegar o coração não é uma opção, mas uma determinação divina”.[4]

2. Crendo em Deus – “... credes em Deus...” (v.1b) – A palavra credes é um imperativo verbal que significa continuem crendo em mim, isto é, não desistam de crer em Deus. “A força e a coragem para permanecer na fé procedem da confiança que o Deus invisível está conosco (Dt 31.6)”[5].

3. Crendo em Jesus – “... crede também em mim.” (v.1c) – Ele queria dizer: assim como vocês creem em Deus que não podem ver, creiam em mim, mesmo quando eu me ausentar fisicamente.

A fé em Deus não pode estar divorciada da fé em Jesus. O ensino básico aqui é que a base do conforto emocional e espiritual para os seguidores de Jesus
é a fé simples e confiante.[6]

II. Confiar na promessa consoladora de Jesus – v.2

1. Promessa da casa do Pai – “Na casa de meu Pai há muitas moradas.” (v.2a). Jesus prometeu aos seus discípulos uma morada na casa de seu Pai. A mais reconfortante promessa e consolo que se possa fazer a um coração atribulado.

2. Uma promessa infalível – “Se assim não fora, eu vo-lo teria dito.” (v.2b) (2Co 1.20)

3. Uma promessa de preparação – “Pois vou preparar-vos lugar” (v.2c) – Uma das fases da missão de Jesus foi ir primeiro ao céu para preparar acolhida para os seus discípulos de todos os tempos (Lc 22.30).

III. Apreciar biblicamente o nosso lugar de consolo eterno com Jesus – v.3

1. Um lugar chamado céu – “E, quando eu for e vos preparar lugar...” (v.3a) – A Bíblia descreve o céu como um país perfeito por causa da sua vastidão, de paraíso perfeito por causa de sua beleza, de cidade perfeita por causa de seus habitantes, de reino perfeito por causa da sua estrutura organizacional. “Um lugar de relacionamentos perfeitos e acolhimento aprazível”.[7]

2. Um lugar para estar para sempre com Jesus – “... voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.” (v.3b) – Observe a sequência do texto: eu vou, eu voltarei, eu os receberei e nós estaremos juntos para sempre (2Ts 2.1).

3. A felicidade do céu é estar ali com Jesus, para sempre[8] – Jo 17.24; Fp 1.23. Estar com Jesus é algo incomparavelmente melhor do que tudo!

Concluindo

O encorajamento restaurador ou consolador de Jesus, bem como sua promessa do céu, proferidos no contexto da ideia de separação e depois da exortação para exercitarem a fé em Deus e naquele que haviam seguido até o momento, significa, portanto, que ele só será eficaz na vida daqueles que permanecem na fé, que são aqueles que desfrutarão do céu com Ele.

Lições que aprendemos do texto: 1ª) Desfrutar da eficaz consolação de Jesusv.1; 2ª) Confiar na promessa consoladora de Jesusv.2; e 3ª) Apreciar biblicamente o nosso lugar de consolo eterno com Jesusv.3.

Pr. Walter Almeida Jr.

CBL Limeira – Fevereiro de 2013





[1] Casimiro, Arival Dias. Estudos Bíblicos no Evangelho de João, Z3, p. 17.
[2] Lima, Josadak. O Padrão do Mestre, AD Santos, 2012, p. 52.
[3] Ibid., p. 52.
[4] Casimiro, p.18.
[5] Ibid., p. 18.
[6] Josadak, p.54.
[7] Casimiro, p. 18.
[8] Ibid., p.18.

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