João 13.18-30
Em
nossos estudos anteriores vimos:
1º) Em João 13.1-5 – diante do estilo de vida de Jesus, marcado pelo
amor doador, a resposta a três perguntas que sugerimos com base no texto: Em seu estilo de vida marcado pelo amor
doador: 1ª) O que Jesus sabia naquele momento? 2ª) O que Jesus sentiu
naquele momento? 3º) O que Jesus fez naquele momento?
2º) Em João 13.6-11 – três lições ensinadas por Jesus aos seus doze
discípulos sobre um coração ensinável: 1º)
Procura aceitar os planos e ações de Deus,
mesmo que muitas vezes não os compreenda de imediato (v.6, 7); 2º) Procura
entender que há um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, para a
salvação e manutenção desta (v.8, 9); e 3º) Procura reconhecer e submeter-se a Jesus, pois ele é
o único que sabe realmente quem somos (v.10-11).
3º) Em João 13-12-17 – como Jesus desafiou seus discípulos com base no que
ele mesmo tinha feito. Portanto, aquele que quer seguir o exemplo do seu
Mestre, deve ter, no mínimo, quatro atitudes básicas que identificamos na
passagem: 1ª) Atitude – identificar necessidades e agir para
supri-las (v.12); 2ª) Atitude – ensinar pelo exemplo (v.13-15); 3ª) Atitude – reconhecer seu lugar na
obra de Deus (v.16); e 4ª) Atitude –
ser feliz, mais pelo que faz do que pelo
que sabe (v.17).
Hoje,
em João 13.18-30, vamos ver o falso discípulo
entre aqueles escolhidos pelo próprio Senhor Jesus e a clara existência deles no
meio da igreja desde a sua fundação até hoje. Por isso nosso tema de hoje é “o falso discípulo”.
“A
história de Judas é o máximo da tragédia, provavelmente a maior tragédia que já
foi vivida. Ele é o exemplo primário do que significa ter a oportunidade e
então perdê-la”.[1]
Sejam quais forem as razões que levaram Judas a fazer o que fez, temos que
observar que, isso aconteceu gradualmente. Ele não se tornou traidor da noite
para o dia, isso cresceu dentro dele e o tornou em um homem que só pensava em
si mesmo e no que poderia ganhar no ministério apostólico. Assim, “a sua vida
terminou em desastre absoluto, o maior exemplo de oportunidade perdida que já
se viu”[2].
Judas
era um nome comum na época do Novo Testamento e Iscariotes designava o seu
lugar de origem “homem de Queriote” (v.26). Ele era o único dos doze discípulos
vindo da Judéia.
No
capítulo, especificamente no v.13a,
está claro o amor de Jesus pelos seus discípulos, mas isso não impediu a
traição. Judas traiu Jesus, apesar do amor incondicional que recebeu dele. É
nesse contexto descritivo da traição que podemos aprender, ou não, três coisas: 1) Jesus
conhece os seus seguidores – v.18a;
21-26; 2) Jesus confiava e vivia pela Escritura – v.18b-20; 3) Jesus respeita as decisões humanas – v.26-30.
I. Jesus conhece os seus seguidores –
v.18a; 20-26
1. Jesus conhece em particular – v.18a, 21-26; 6.66-70.
2. Jesus conhece a fé – v.19; (Lc 17.3-6).
3. Jesus conhece a disposição – v.20; 15.16.
Todo seguidor
leal do Senhor Jesus não deve se abater com os falsos e traidores, mas
continuarem firmes em sua missão de embaixadores de Deus. (2Co 5.20)
II. Jesus confiava e vivia pela
Escritura – v.18b-20
1. Jesus confiava no cumprimento da Escritura – v.18b – Jo 17.12; Sl 41.9; 55.12-14, 20, 21; Zc 11.12, 13; At 1.16.
2. Jesus vivia as Escrituras – v.19
– não só aqui, mas em Jo 8.24, 28, 58 e 18.5 Jesus usa a expressão “Eu Sou” afirmando sua deidade de modo
irrefutável.
a. “Eu Sou” é o
nome de Deus – Êx 3.14, 15; Is 43.11; 48.12.
3. v.20 – o que, creio, realmente que Jesus queria dizer aqui
é o seguinte: “Aconteça o que acontecer, isso não rebaixa o comissionamento de
vocês e não altera o seu chamado. Vocês continuam sendo meus representantes.
Ainda que haja um traidor entre vocês, isso não muda nada. Vocês representam
Deus no mundo”.[3]
III. Jesus respeita as escolhas humanas
– v.26-30
1. v.26 – Jesus respeita as escolhas e oferece oportunidades.
a. Ao dar o
pedaço de pão molhado a Judas, Jesus lhe deu mais uma oportunidade de mudança,
mas ele “rejeitou a última e mais poderosa oferta de amor de Jesus e o pecado
contra o Espírito Santo foi consumado”[4].
b. Judas se
tornou um apostata e é um exemplo clássico das Escrituras sobre o assunto.
(Conf.: Hebreus 6.4-6).
2. v.27 – Jesus, durante todo o período de seu ministério
estendeu a mão a Judas em amor, mas ele cruzou a linha da graça e se deixou
possuir por Satanás.
a. Há uma
advertência séria de Paulo sobre isso em Ef
4.25-5.2.
b. A atitude de
Jesus mudou radicalmente diante da escolha maléfica de Judas. Jesus agora o
exorta a agir de acordo com a sua escolha – O que pretendes fazer, faze-o
depressa – v.27b.
3. v.28, 29 – os onze
discípulos não perceberam o clímax da conversa e das afirmações de Jesus. “Eles
não conseguiram ligar as palavras de despedida (v.27), com a ação simbólica de
identificação do traidor (v.26)”[5].
4. v.30 – ... saiu
logo. E era noite. – “Era mais do que mera noite física, era noite eterna
na alma de Judas”[6].
Sempre é noite quando alguém rejeita o amor e o perdão de Jesus.
Existem Judas em todas as épocas da igreja. Talvez
eles sejam hoje mais comuns do que nunca. A igreja militante está cheia de
pessoas que vendem diariamente Jesus Cristo e “... estão crucificando para si
mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia” (Hb 6.6).
Concluindo
Que
Deus nos ajude a termos aprendidos essas três coisas:
1ª) Que Jesus nos conhece e sabe por que o
estamos seguindo;
2ª) Que Jesus confiava e vivia pela
Escritura e esse deve ser nosso compromisso também;
3ª) Que Jesus respeita as nossas
escolhas, mas não deixa de exortar-nos para que acertemos nelas.
Pr. Walter Almeida Jr.
CBL Limeira – 24/01/13
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