segunda-feira, 1 de julho de 2013

Uma experiência pessoal com Cristo: Cristo a vida do Cristão: Regozijo apesar do sofrimento


Filipenses 1.8-30

Vimos em nosso estudo anterior, que, Paulo estava muito grato a Deus pela cooperação da Igreja em Filipos para o seu ministério. Essa cooperação era de três modos: Aceitação do Evangelho, Permanência no Evangelho e Contribuição para o Evangelho. Ele, Paulo, encerra a sua saudação, ação de graças e uma intercessão em favor da Igreja afirmando sua convicção sobre a obra redentora de Deus na vida dos filipenses e sobre o que estava em seu coração em relação aos irmãos.

Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus. Aliás, é justo que eu assim pense de todos vós, porque vos trago no coração, seja nas minhas algemas, seja na defesa e confirmação do evangelho, pois todos sois participantes da graça comigo.
Filipenses 1.6, 7

Hoje, vamos continuar nosso estudo e expor os versículos de 8 a 30 do capítulo 1º, do seguinte ponto de vista de acordo com o primeiro subtema da carta: Uma experiência pessoal com Cristo – “Cristo a vida do Cristão: Regozijo apesar do sofrimento”. Vamos dividir este texto em dois pontos: 1º) Alegria em Cristo que triunfa sobre o sofrimento – v.8-18; e 2º) Livramento em Cristo – uma expectativa Paulina – v.19-26.

I. Alegria em Cristo que triunfa sobre o sofrimento – v.8-18

1. Com sinceridade e oração – v.8-11

Nesse início de carta, Paulo invocava a Deus como sua testemunha – Pois minha testemunha é Deus... v.8a. Mas não só aqui, freqüentemente ele faz isso em questões internas – do coração, da alma e do espírito – Romanos 1.9; 9.1; 2 Coríntios 1.23; 11.31; Gálatas 1.20; 1 Tessalonicenses 2.5, 10. Na verdade, ninguém poderia saber de verdade se Paulo tinha ou não saudades dos irmãos em Filipos, só Deus é quem sabe todas as coisas, por isso ele usa esse argumento: Deus é minha testemunha da saudade que tenho de todos vós – v.8b. Mas isso só era real por causa da terna misericórdia de Cristo Jesus – v.8c.

Agora, Paulo ora pelos seus irmãos filipenses, para que o amor aumente mais e mais (v.9a) – Paulo não nega que os irmãos ali tinham amor, mas está orando para que o amor já existente aumente mais e mais. Esse amor crescente tinha que ser em pleno conhecimento e toda a percepção (v.9b). Não era um amor cego do tipo da paixão romântica, que deixa a pessoa sem noção do certo e do errado. Esse amor crescente na vida dos filipenses levaria a igreja a aprovar as coisas excelentes e a serem sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo – v.10. Isso também tornaria os irmãos cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus – v.11.

2. Com realismo – v.12-14

Paulo queria deixar bem claro para a igreja, que as coisas que lhe aconteceram, que ele chama de minhas cadeias, em Cristo (v.13a), têm, antes, contribuído para o progresso do evangelho – v.12b. O seu sofrimento pela prisão por simplesmente pregar a mensagem da cruz, como em 1 Coríntios 15.3, 4: Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Resultou no alcance de toda a guarda pretoriana e de todos os demais; e a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a palavra de Deus – v.13b, 14.

O que aconteceu aqui? Paulo estava feliz, não pela prisão e sofrimento, mas pelo que isso possibilitou para o avanço do Evangelho de Jesus Cristo: 1º) O alcance da guarda imperial romana, cerca de 9.000 soldados; e 2º) Pelo estimulo que isso deu aos irmãos, para, no Senhor, falar a Palavra de Deus.

3. Com discernimento – v.15-18

O apóstolo, agora, com discernimento, reconhece e revela que o Evangelho pode efetivamente (v.15a) ser proclamado pelas seguintes intenções: a) por inveja e porfia – pregando a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias – v.15b, 17; b) de boa vontade – estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho – v.15c, 16.

Apesar de Paulo não concordar nem aprovar o Evangelho ser pregado por inveja, porfia, discórdia e insinceramente, ele se regozija no fato de que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei – v.18.

II. Livramento em Cristo – uma expectativa Paulina – v.19-26

1. Pela súplica Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica... (v.19a). Paulo sabia que Deus ouve a oração da sua igreja. Ele, mesmo já tinha sido libertado milagrosamente de uma prisão em Eféso – Atos 16.25, 26. Possivelmente conhecia o testemunho de Pedro em Atos 12.1-12.

2. Pelo Espírito SantoPorque estou certo de que isto mesmo... pela provisão do Espírito de Jesus Cristo... (v.19b). O Espírito Santo que Paulo havia recebido na sua conversão, como todos os cristãos, da parte de Deus não era o espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação – 2 Timóteo 1.7.

A libertação que Paulo esperava com ardente expectativa e esperança seria para engrandecer a Cristo no seu corpo, quer pela vida, quer pela morte – v. 20.
Ele tinha a seguinte convicção: Se fosse livre da prisão com ousadia continuaria
pregando a Cristo e se fosse morto na prisão ou fora dela por pregar a Cristo isso
seria um testemunho de morrer por Cristo. Por isso ele afirmou:
Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro – v.21.

3. Da dúvida interiorv.22 – Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher.
 
  1. ... estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. (v.23b)
  2. ... é mais necessário permanecer na carne. (v.24b)

E, convencido disto, estou certo de que ficarei e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo da fé, a fim de que aumente, quanto a mim, o motivo de vos gloriardes em Cristo Jesus, pela minha presença, de novo, convosco.
v.25, 26

Conclusão

Paulo reconhece que ter uma experiência pessoal com Cristo é viver por modo digno do evangelho de Cristo (v.27a) e que isso leva os irmãos a estarem firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica (v.27b – do evangelho – ARC). Essa firmeza e luta pela fé, fortalece os crentes a não se intimidarem pelos adversários (v.28a), e a reafirmarem a sua confissão de fé da salvação, e isto da parte de Deus (v.28b). Ele termina essa argumentação encorajando os irmãos filipenses do seguinte modo: Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele, pois tendes o mesmo combate que vistes em mim e, ainda agora, ouvis que é o meu. (v.29, 30)

Pr. Walter Almeida Jr.
IBLB - 30/07/13

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