terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Introdução ao Estudo das Promessas Cumpridas sobre a 1ª Vinda de Jesus Cristo

Introdução ao Estudo das Promessas Cumpridas sobre a 1ª Vinda de Jesus Cristo
2 Pedro 1.16-21; Gálatas 4.4

Introdução

A Profecia bíblica tem dois significados:

1º) Em uma definição mais abrangente, refere-se a “tudo que Deus tem a dizer para Suas criaturas racionais. A Bíblia, portanto, como revelação específica de Deus à humanidade, é um livro completamente profético – 2 Pedro 1.19-21. Trata-se da proclamação de Deus acerca das coisas que não poderíamos saber de outra maneira”.[1]

2º) A Profecia como predição de Deus, ou seja, as revelações que nos permitem saber o que vai acontecer. Essa habilidade de prever o futuro está em quase um terço das Escrituras, e é declarada por Deus como sendo a maior prova de que somente Ele é Deus:[2] “... Eu sou Deus e não há outro; Eu sou Deus e não há outro semelhante a mim, que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam...” (Is 46.9-10).

Quase todas as profecias preditivas falam sobre o povo de Israel e a vinda do Messias, Jesus Cristo. Deus, em sua soberania, “declara aos israelitas que eles seriam um sinal para o mundo, glorificando-se a Si mesmo neles e através deles (Is 46.13). Em Isaías 43.10, 11 Deus lhes diz: “Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, o meu servo a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que sou eu mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador.” Em outras palavras, Deus usará aos judeus e à sua terra como “testemunhas”, tanto para eles mesmos quanto para o mundo. Isso se dá não somente quanto à Sua existência, como também mostrando que Ele está ativamente envolvido em desenvolver a história de Israel e a cumprir Seu propósito para toda a humanidade. A Profecia declara o plano de Deus de antemão. E o propósito é que nós todos possamos conhecê-lo, crer nEle e “entender” que somente Ele é Deus. A Profecia é a prova convincente não apenas da existência de Deus, mas também de que a Bíblia é exatamente o que diz ser, a Palavra de Deus”.[3]

Olhando a profecia deste modo, podemos afirmar que: “Deus é o Deus da Profecia. Ele é também o Deus da nossa salvação; e a Profecia sublinha e aponta para a salvação. Israel foi escolhido por Deus para o propósito primário de trazer o Messias ao mundo[4] “... para que o mundo fosse salvo por Ele” (Jo 3.17).

Ao nos prepararmos para estudar as profecias ou as promessas da 1º vinda de Jesus Cristo, ou a sua encarnação, temos que considerar que a “sua vinda ao mundo nada teve de casual, e nem mesmo de inesperada. O plano divino da encarnação tinha sido, desde os primórdios da raça humana, anunciado de muitas formas e maneiras, por intermédio de muitas pessoas inspiradas diretamente pelo próprio Deus[5].

Em nossos estudos, a partir de hoje, vamos considerar as várias promessas relacionadas à sua primeira vinda, bem como o planejamento, antes da fundação do mundo, da encarnação da segunda pessoa da trindade – Jesus Cristo!

Hoje, em nosso primeiro estudo, vamos tratar da preexistência de Cristo. A ideia da preexistência de Cristo significa que ele existia antes de nascer. Também significa que ele existia antes da criação e antes do tempo.[6]

Vamos ver então, (1º) as evidências da preexistência, (2º) a eternidade do Cristo preexistente (pré-encarnado), e (3º) as atividades do Cristo preexistente                    (pré-encarnado).

I. Evidências da preexistência de Cristo

1. Sua origem celestial – textos bíblicos que afirmam a origem celestial de Cristo, comprovam sua pré-existência – João 3.13, 31-36.

2. Sua obra na criação – se ele estava envolvido na criação, é logico que existia antes dela – João 1.3; Colossenses 1.16; Hebreus 1.2.

3. Seus atributos (qualidades) – Colossenses 2.9 – em Cristo, diz o texto, habita a plenitude da divindade.

4. Seu relacionamento com João Batista – João 1.15, 30 – João Batista reconheceu a existência de Jesus antes dele.

II. A eternidade do Cristo pré-existente (pré-encarnado)

Eternidade não significa, apenas, que Cristo existia antes de seu nascimento
ou mesmo antes da criação, mas que ele sempre existiu.[7]

Se a eternidade de Cristo for negada, automaticamente, pode-se afirmar que não existe a Trindade, Cristo não possui a divindade absoluta, e ele mentiu. Mas, a Bíblia, afirma claramente a eternidade de Cristo.

1. Em seu relacionamento com Deus, o Pai – Hebreus 1.3. O termo grego usado aqui para expressão exata indica que Cristo é a representação exata da natureza ou essência de Deus.

2. Em seus atributos divinos (eternidade) – Miqueias 5.2; Habacuque 1.12; Isaías 9.6.

3. Ele (Cristo) mesmo afirmou sua eternidade – João 8.58.

4. João afirma claramente a eternidade de Cristo – João 1.1. Se o verbo, que é Cristo, era Deus, então, ele é eterno, pois Deus é eterno!

III. As obras do Cristo pré-existente (pré-encarnado)

Em Sua ação com Criador:

1. Ele estava envolvido na criação de todas as coisas – João 1.3; Cl 1.16; Hb 1.2. Isso é uma demonstração de seu poder – “o fato de ser capaz de criar todas as coisas”.

2. Todas as coisas foram criadas por ele – Cl 1.16. Isso é uma demonstração de suas prerrogativas – “o fato de fazer com que a criação servisse aos seus propósitos”.

3. Ele também sustenta a criação – Cl 1.17. Isso é uma demonstração de sua presença constante – “o fato de que continua a sustentar a criação”.

Concluindo

Em nosso texto base, Gálatas 4.4, para os estudos que introduzimos hoje, observamos que no tempo designado por Deus, isto é, “quando as precisas condições religiosas, culturais e politicas exigidas pelo seu plano perfeito haviam atingido o auge, Jesus veio ao mundo”.[8]

Observamos, também, que o fato de o Pai ter enviado seu filho, Jesus, “ao mundo ensina a respeito de sua preexistência como o eterno membro da Trindade!”.[9] (Conf.:     Fp 2.6, 7; Hb 1.3-5; Rm 8.3, 4)


Pr. Walter Almeida Jr.
IBLA Jd. das Palmeiras
11/12/2016



[1] T. A. MacMahon – TBC – http:/www.chamada.com.br
[2] T. A. MacMahon – TBC – http:/www.chamada.com.br
[3] T. A. MacMahon – TBC – http:/www.chamada.com.br
[4] T. A. MacMahon – TBC – http:/www.chamada.com.br
[5] Oliveira, Kelson Mota T. – Cristologia – A Pessoa e a Obra de Nosso Senhor Jesus Cristo, pg. 1.
[6] Ryrie, Charles C. – Teologia Básica ao alcance de todos, pg. 273.
[7] Ryrie, Charles C. – Teologia Básica ao alcance de todos, pg. 274.
[8] John MacArthur, Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 1592.
[9] John MacArthur, Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 1592.

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