Quero
iniciar nosso estudo observando três verdades significativas no texto:
1ª) O salmista fala que a fé
é aprendida – v.3 – Os quais temos
ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado.
2ª) O salmista fala do compartilhamento
da fé – v.4
– Não os encobriremos aos seus filhos,
mostrando à geração futura os louvores do SENHOR, assim como a sua força e as
maravilhas que fez.
3ª) O salmista fala de compartilhar a
fé de maneira pedagógica – v.4b – ... mostrando à geração futura
os louvores do SENHOR, assim como a sua força e as maravilhas que fez. O salmista está falando de preparação e
isso de forma didática. No caso aqui, a melhor maneira seria preparar um credo,
uma confissão de fé que pudesse ser transmitida, encaminhada, ensinada de forma
estruturada e sadia.
Creio
que, como cristãos, devemos compartilhar a nossa fé e estarmos preparados para
responder a todos os que perguntarem sobre o que cremos. Mas, nossas afirmações e respostas devem estar
fundamentadas no fato de que a fé cristã é uma fé bíblica e histórica. (cf.
Mt 28.18-20; 1Co 15.1-8; 1Pe 3.15)
Em
nosso estudo de hoje vamos ver a definição
e a origem do Credo Apostólico, sua necessidade e importância, e sua relação
com a Bíblia.
I. Definição e Origem do Credo
Apostólico
1. Definição
A
palavra Credo vem do latim e significa eu creio ou simplesmente creio.
Tal expressão fala de “uma postura de confiança perene em Deus e aparece
três vezes no Credo.”[1] Credo “refere-se
ao ato pelo qual o homem reconhece e confessa a realidade e o conteúdo da sua
fé.”[2]
“Como
a palavra indica, trata-se de uma declaração de fé. É uma tentativa de resumir
os pontos principais daquilo em que os cristãos creem. Não é um texto
exaustivo, nem é essa sua intenção.”[3]
Um
Credo, portanto, “é um resumo de ensinos bíblicos aceitos pelos cristãos.”[4] “É a síntese dos pontos
fundamentais da fé com o objetivo de afirmar ou defender a fé.”[5]
2. Origem
O
Credo Apostólico não surgiu da noite para o dia, mas da necessidade da Igreja, nos
primeiros séculos de sua história, “de definir os pontos fundamentais que
deveriam ser aceitos por todos que desejassem filiar-se a ela.”[6] Por
isso, inicialmente ele foi elaborado para a confissão de fé batismal dos que
iam se tornando cristãos e tendo “sido conservado pelos cristãos, ecoado
através dos séculos como uma profissão de fé em que se define a doutrina base
da Igreja.”[7]
A
Bíblia apresenta diversas confissões que consistem em expressões de fé, as
quais eram ensinadas. Parece haver acordo entre os estudiosos no que diz
respeito às evidências neotestamentárias referentes a um corpo doutrinário
específico, considerado como “depósito sagrado da parte de Deus”.[8]
No
Antigo Testamento encontramos: o Shemá (ouve), o credo judeu, que
consistia na leitura de Dt 6.4-9;
11.13-21 e Nm 15.37-41. O Shemá era repetido três vezes ao
dia, sendo usado liturgicamente na Sinagoga e, possivelmente, Dt 26.5-9.44.[9]
No
Novo Testamento deparamo-nos com abundante material que indica a existência de
um corpo doutrinário fixo da igreja cristã. Temos referências às tradições
(2Ts 2.15), à doutrina dos apóstolos (At 2.42), à palavra da vida (Fp
2.16); à forma de doutrina (Rm 6.17), à palavra (Gl 6.6), à pregação
(Rm 16.25; 1Co 1.21), à fé evangélica (Fp 1.27), à fé
(Ef 4.5; Cl 2.6-7; 1Tm 6.20-21), às sãs palavras (2Tm 1.13), ao bom depósito
(2Tm 1.14; 1Tm 6.20), à sã doutrina (2Tm 4.3; 1Tm 4.6; Tt
1.9), à verdade (Cl 1.5; 2Ts 2.13; 2Tm 2.18, 25; 4.4), à tradição
(dos apóstolos) (1Co 11.2;C1 2.6; 1Ts
4.1; 2Ts 2.15), ao evangelho (1Co 15.1; Gl 1.9), à confissão (Hb 3.1; 4.14;
10.23), à fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (Jd 3; 1Tm
1.19; Tt 1.13) e à fé santíssima (Jd 20).[10]
Outros
textos parecem indicar as primeiras confissões da Igreja, tais como: Jesus,
o Cristo (At 5.42); Jesus Cristo é Senhor (Fp 2.11; 1Co
12.3); Senhor e Deus (Jo 20.28); Deus e Salvador Jesus Cristo (At
2.13); Senhor e Cristo (At 2.36); Jesus Cristo Filho de Deus (At 8.37;
Mt 16.16; 1Jo 4.15).[11]
Após
a morte dos apóstolos, quando a igreja precisou formalizar suas crenças e seus
procedimentos, forma escritas regras de
fé que culminaram no Credo Apostólico, isto é, credo ou confissão de fé com
base no ensino dos apóstolos.
Primitivamente,
foi empregado do seguinte modo: 1) Doutrinariamente
– como ensino proposicional a respeito da fé cristã, ao mesmo tempo em que
combatia ênfases ou ensinamentos essencialmente errados; 2) Liturgicamente – No Batismo – os fiéis declaravam,
responsivamente, sua fé na ocasião do batismo (cf. At 8.37; Rm 10.9); Na
Ceia
do Senhor – a Igreja declarava sua fé através de hinos, orações e
exclamações devocionais (cf. 1Co 12.3; 16.22; Fp 2.5-11); e no Culto – ao que parece, a partir do
quarto século, o credo passou a ser usados nos cultos regulares, sendo recitado
após a leitura das Escrituras.
Mas,
naquele contexto, além do Credo Apostólico, foram elaborados outros três credos
considerados importantes:
1) O Credo Atanasiano – Segundo a tradição,
foi escrito por Atanásio (295-373), Bispo de Alexandria (328-373), conhecido
como o Pai da Ortodoxia. A ênfase
deste Credo foi à defesa da Cristologia e da doutrina da Trindade conforme foi
definida nos Concílios de Nicéia (325), Constantinopla (381) e Calcedônia
(451), refletindo visivelmente a teologia de Agostinho (354-430).[12]
2) O Credo Niceno-Constantinopolitano – foi
elaborado no Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia (20/05/325), na Bitínia, no
ano 325. O Concílio, depois de amplo debate, declarou a igualdade essencial
entre o Pai e o Filho. Os ensinamentos de Ário (arianismo) foram condenados e
ele foi deportado para o Ulírico. O Credo Niceno-Constantinopolitano e usado
liturgicamente pela Igreja romana e pelas Igrejas Luteranas e Anglicanas.[13]
3) O Credo de Calcedônia – sua declaração
teológica foi rascunhada por uma comissão presidida por Anatólio de
Constantinopla (458). Calcedônia rejeitou o Nestorianismo (duas pessoas e duas naturezas) e o Eutiquianismo (uma pessoa e uma natureza), afirmando
que Jesus Cristo e uma Pessoa, sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem (uma pessoa e duas naturezas).[14]
Com
o passar do tempo, os credos foram se tornando mais detalhados; isto por dois
motivos: 1) Devido à compreensão mais aprimorada das doutrinas bíblicas; 2) Devido
à necessidade de, através do ensino cristão, combater as heresias que surgiam, marcadamente,
relacionadas com a Pessoa de Cristo. Os Credos também tiveram outra
utilidade: Devido ao medo da perseguição,
ao invés de serem escritos, eram memorizados e, quando necessário, recitados
como testemunho de sua fé.[15]
Mas,
uma analogia feita por P. Schaff (1819-1893) sobre o Credo Apostólico parece
resumir bem o seu significado: “Como a Oração do Senhor e a Oração das
orações, o Decálogo, a Lei das leis, também o Credo dos Apóstolos e o Credo dos
credos.”[16]
Datado,
originalmente, em seus manuscritos entre os séculos II e IV, o Credo Apostólico
é o mais conhecido de todos os credos e tem sido repetidamente proferido por
mais de 1.500 anos de historia. Todas as denominações que estão inseridas
dentro do que chamamos de religiões cristãs o reconhecem e o proferem como um
resumo fiel dos ensinos dos apóstolos. Nesse sentido, não é um credo católico
romano ou evangélico, mas um resumo da fé cristã.[17]
A
Reforma valorizou este Credo, sendo ele usado liturgicamente em muitas igrejas
reformadas ainda na atualidade. Mas, os Credos da Reforma são as Confissões de
Fé e Catecismos que surgiram no período da Reforma ou por inspiração daquele movimento,
refletindo uma teologia semelhante. O que os séculos 4º e 5º foram para a
elaboração dos Credos, os séculos 16 e 17 foram para a confecção das Confissões
e Catecismos. A razão nos parece evidente: na Reforma, as Igrejas logo sentiram
a necessidade de formalizar sua fé, apresentando sua interpretação sobre
diversos assuntos que as distinguiam da igreja romana; com o passar do tempo,
surgem outras denominações dentro da Reforma que discordavam entre si sobre
alguns pontos, dai a necessidade de se estabelecer cada um de per si seus
princípios doutrinários.[18]
II. A Necessidade e Importância do Credo
Apostólico
1. Necessidade
É
essencial que os crentes entendam a necessidade de confessar a sua fé (cf. Mt
10.32; Rm 10.9). Confessamos a nossa fé no batismo, na Ceia do Senhor, ao
testificar aos incrédulos, ao dar bom testemunho na vida pública e privada.
Toda confissão pública da fé deve ser feita com sinceridade, e deve vir
acompanhada de uma vida de compromisso com os valores do reino de Deus.
Algumas
igrejas evangélicas não dão valor ao Credo Apostólico, não se interessam em
estudá-lo, nem em confessar a sua fé através dele. Esta atitude surge de três
erros: 1º) as pessoas se enganam ao identificar o Credo com a Igreja Católica
Romana, crendo que é um documento inventado por ela; 2º) como a Igreja Católica
Romana tem a prática de conferir autoridade divina a muitos de suas tradições,
então, se teme que ela conceda tanta importância ao Credo dos apóstolos, que se
lhe estime na mesma altura que a Bíblia; e 3º) uma boa parte da igreja
evangélica carece de consciência histórica. Se existe algum interesse pelo
passado, este se concentra no período da Igreja primitiva, a qual se pretende
chegar passando por toda a história que media entre nós e a Igreja do livro de
Atos.[19]
Quero
citar algumas razões que tornam necessário o Credo Apostólico para a Igreja de
hoje:
1)
[20]A natureza
da Igreja – a igreja de Cristo sempre foi confessante, porque a fé do coração deve
ser expressa em proposições, em termos lúcidos, de forma que todos possam saber
claramente em que a igreja crê.
2)
O ataque de outras tradições religiosas – a igreja de Cristo tem que possuir um norte
teológico a ser seguido, ela não pode permanecer neutra em questões
espirituais, éticas e morais.
3)
O espírito do tempo presente – o ambiente teológico atual é de indefinição
teológica e de pluralismo religioso, onde as pessoas fogem de verdades
objetivamente afirmadas.
4)
O experiencialismo vigente em nossos dias – o subjetivismo de nossa geração com seu
experiencialismo desenfreado onde os sentimentos tem sido a medida de todas as
coisas, chama a igreja de volta aos padrões confessionais.
5)
A pureza doutrinária – a pureza da doutrina é uma questão prioritária e fundamental para a
igreja em todas as épocas, especialmente quando ela se encontra debaixo de
tantos ataques. (cf. Fp 1.27; Jd 3; 2Pe 3.16)
2. Importância
Lloyd-Jones disse: Uma das
primeiras coisas que você deve aprender nesta vida cristã e nesta guerra é que,
se você estiver errado em sua doutrina, estará errado em todos os aspectos da
sua vida. Provavelmente estará errado em sua prática e em sua conduta; e
certamente estará errado em sua experiência.
Quero
relacionar alguns elementos que atestam a importância do Credo:[21]
1)
Facilita a
confissão publica de nossa fé.
2)
Oferece-nos
de forma abreviada o resultado de um processo cumulativo da história, reunindo
as melhores contribuições de diversos servos de Deus na compreensão da verdade.
3)
É uma
exigência natural da própria unidade da Igreja, que exige um acordo doutrinário
(Ef 4.11-14; Fp 1.27; 1Co 1.10; Jd 3; Tt 3.10; Gl 1.8, 9; 1Tm 6.3-5).
4)
Visto que o
cristianismo e um modo de vida fundamentado na doutrina, o Credo oferece uma
base sintetizada para o ensino das doutrinas bíblicas, facilitando a sua
compreensão, a fim de que todos os crentes sejam habilitados para a obra de
Deus.
5)
Preserva a
doutrina bíblica das heresias surgidas no decorrer da história, revelando-se de
grande utilidade, especialmente nas questões controvertidas, dando-nos uma
exposição sistemática e norteadora a respeito do assunto.
6)
No que se
refere a compreensão bíblica, permite distinguir as nossas Igrejas das demais.
7)
Serve como
elemento regulador do ensino ministrado na Igreja bem como de seu governo,
disciplina e liturgia.
8)
Serve como
desafio para que continuemos nossa caminhada na preservação da doutrina e na
aplicação das verdades bíblicas aos novos desafios de nossa geração,
integrando-nos assim à nobre sucessão daqueles que amam a Deus e a sua Palavra
e que buscam entendê-la e aplicá-la, em submissão ao Espírito, a vida da
Igreja.
III. O Credo Apostólico e a Bíblia
O
Credo Apostólico não possui autoridade maior do que a Bíblia. Nossa única regra
de fé e pratica é a Palavra de Deus. Todas as ideias e tradições humanas, mesmo
as mais excelentes, devem sujeitar-se às Sagradas Escrituras. Isso não significa
que devemos desconsiderar toda a tradição, pois a fé bíblica é histórica e,
portanto tradicional.
O
melhor é entendermos que a Bíblia está acima da tradição, mas está última tem o
seu valor. Para amadurecermos temos de olhar para as Escrituras e também para a
história. Não devemos sentir vergonha de sermos chamados de tradicionais.[22]
O
ato de depreciar um Credo significa deixar de usufruir das contribuições dos
servos de Deus no passado referentes à compreensão bíblica e uma negação prática
da direção que no passado deu o Espírito Santo à Igreja. John Stott afirmou: “Desrespeitar a tradição e a teologia
histórica e desrespeitar o Espírito Santo que tem ativamente iluminado a Igreja
em todos os séculos”.[23]
Por
outro lado, temos de entender que o Credo tem o seu limite. O Credo é uma
resposta do homem á Palavra de Deus, sumariando os artigos essenciais da fé
cristã. Desta forma, eles pressupõem fé; mas não a geram; esta é obra do
Espirito Santo através da Palavra. (Rm 10.17).
O
Credo baseia-se na Palavra, porém não é a Palavra, nem jamais foi isso cogitado
pelos seus formuladores; ele não pode substituir a Palavra de Deus; somente ela
gera vida pelo poder de Deus (1Pe 1.23; Tg 1.18).
O
Credo tem a sua autoridade decorrente da Palavra de Deus; em outras palavras, o
seu valor não e intrínseco, mas sim extrínseco. Ele deve ser recebido e crido
enquanto permanece fiel à Escritura.[24]
Concluindo – O Credo Apostólico
Creio em Deus Pai Todo-poderoso ,
Criador do céu
e da terra. Creio em Jesus Cristo , seu único Filho , nosso Senhor, o qual
foi concebido por obra
do Espírito Santo; nasceu da virgem
Maria; padeceu sob o poder
de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto ,
e sepultado; desceu ao Hades; ressurgiu dos mortos ao terceiro
dia; subiu ao céu; está assentado à mão direita de Deus
Pai Todo-poderoso, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos .
Creio no Espírito Santo; na santa igreja universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição
do corpo; na vida eterna . Amém .[25]
O Credo Apostólico pode ser dividido em
quatro partes:
1)
Deus Pai
Todo-poderoso;
2)
Deus Filho: a
História da Redenção;
3)
Deus Espírito
Santo;
4)
A Igreja e os
benefícios que Deus nos tem concedido.
Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira – 10/01/15
[1] Nascimento, Misael Batista do. Os primeiros passos do
discípulo, Editora Cultura Cristã, 2011, p. 33.
[2] Costa, Hermisten Maia Pereira. Eu Creio no Pai, no
Filho e no Espírito Santo. Parakletos, SP, 2002, p. 7.
[3] McGrath, Alister E. Creio – um
estudo sobre as verdades essências da fé cristã no Credo Apostólico. Vida
Nova, SP, 2013, p. 13.
[4] Nascimento, p. 33.
[5] Borges, Rev. Luciano. Estudos Bíblicos no Credo
Apostólico para Escola Bíblica Dominical, Estudo 1. IPB Bethel em Limeira.
[6] Clássicos da Escola Dominical. Série “Descoberta da Fé
– O Credo Apostólico”, 4ºTR73, Editora Cultura Cristã, Lição 1, p. 5.
[7] Costa, p. 7 (Prefácio de Alceu Davi Cunha).
[8] Costa, p. 25.
[9] Ibid., p. 25.
[11] Ibid., p. 26.
[12] Costa, p. 31.
[14] Ibid., p. 34-38.
[15] Ibid., p. 28.
[16] Ibid., p. 30.
[17] Patrocínio, Rev. Jorge Luiz. Série de Estudo no Credo
Apostólico, Estudo 1 – Uma Análise Histórica.
[18] Costa, p. 46.
[19]
http://www.monergismo.com/textos/credos/introducao_credo_apostolico.htm
[20] Campos, Heber Carlos de. A Relevância dos Credos e
Confissões, Fides Reformata 2/2, 1997. (Essas cinco necessidades seguem a ordem
do artigo de Heber Carlos de Campos.)
[21] Costa, p. 73-75. (Esse ponto segue a ordem do texto
nas páginas indicadas)
[22] Nascimento, p. 33.
[24] Costa, p. 70.
[25] Nascimento, p. 33.
Muito bom. Deus o abençoe!!!
ResponderExcluirObrigado irmão! Continue orando por mim Abração!!
ExcluirParabéns pelo texto!
ResponderExcluirParabéns.... Mas A Bíblia está acima da tradição? Precisava de um e esclarecimento, porque como se sabe, temos duas fontes da Revelação : a sagrada Tradição e a Sagrada Escritura, sendo essa segunda filha da primeira. E não só, no princípio era vida e só depois foi escrita.
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