segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Estudo Bíblico (3) - Jesus, a Sós com Deus

João 17

Nos dois estudos anteriores, aprendemos:

ð Que em Marcos 1.35, passagem da vida intima de Jesus com Deus, Jesus tinha: 1º) Um momento especial, mesmo que tivesse que custar alguma coisa também especial; 2º) Um lugar onde pudesse estar realmente as sós; e 3º) Um diálogo com qualidade.

ð Que no Evangelho Segundo Lucas há uma ênfase na vida devocional de Jesus e que o evangelho faz dez citações a respeito da vida de oração e meditação de Jesus. Estas citações mostram as várias situações em que Jesus orou. 1º) Temos as citações dos momentos particulares de orações de Jesus; 2º) Temos as citações de momentos de orações em público feitas por Jesus; e 3º) Temos as citações daqueles momentos de oração em meio a crises.

Nosso estudo de hoje e em João 17. Este capítulo tem sido aclamado como a passagem espiritual mais sublime do quarto Evangelho. É chamado de “A oração sacerdotal de Jesus”. Sacerdotal porque o sacerdote era o homem que intercedia a Deus pelo povo, e nesta oração Jesus está intercedendoRm 8.34; Hb 7.20-28.

Nesta oração Jesus faz uma tríplice intercessão: 1º) Por Ele mesmo – 17.1-5 – Lição: Jesus sabia quem era por isso sua oração era simples; 2º) Pelos seus Discípulos –  17.6-19 – Lição: Jesus sabia por quem e porque estava orando, por isso sua oração era específica e; 3º) Pelos que haveriam de crer depois – 17.20-26 – Lição: Jesus sabia que Deus estava no controle, por isso sua oração era com confiança.

I. Jesus orou por ele mesmo – 17.1-5
Ele sabia quem era, por isso sua oração era simples.

Jesus após informar aos seus discípulos o que o esperava e de mais uma vez levá-los a dar uma profissão de fé, anima-os a ter paz em meio às aflições – Jo 16.25-33. Neste contexto emocionante de expectativa, Jesus começa a orar, ou seja, a interceder diante de Deus:

1. v.1 – Jesus sabia quem era, Filho de Deus. Ele começa sua oração dizendo: Pai. Sem nenhuma arrogância ele declarou ser Filho de Deus muitas vezes em seu ministério: cf. Jo 5.17, 20; 8.18, 29; 10.30; 16.32; 20.17.

Todo crente sabe que é filho de DeusJo 1.12; Ef 3.14, 15; 4.1-6; Gl 4.4-6.

2. v.2 – Jesus sabia qual era o seu ministério – a fim de que conceda a vida eterna. Mas, sabia também, que este ministério fora dado pelo Pai – como lhe conferiste. Tudo o que o crente tem e é vem de Deus – Rm 12.36.

3. v.3Jesus sabia que conhecer o Pai verdadeiro era a vida eterna. Esse conhecer indica o conhecimento abstrato e também a aceitação, a fé, o amor e a obediência, não só ao Pai, mas ao Filho também – cf. Jo 14.7, 9; 16.3; 17.25; 1Jo 2.3-6, 13-14; 3.1, 6; 4.7, 8; 5.20. Todo crente deve ter isso como segurança da salvação.

4. v.4Jesus sabia o que tinha feito. Todo crente deve estar ciente de sua responsabilidade diante de Deus – cf. Hb 10.25; 13.1-9, 15-17.

5. v.5Jesus sabia o que ia lhe acontecer após a morte. Todo crente deve ter a certeza do que vai lhe acontecer após a morte – cf. Hb 9.27; Jo 6.47.

II. Jesus Orou Pelos seus Discípulos – 17.6-19
Jesus sabia por quem e porque estava orando, por isso sua oração era específica

1. Jesus sabia por quem estava orando – os discípulos eleitos pelo Pai

v.6-7fala da eleiçãoJo 6.37-40, 44.

v.8 – ...transmitido as palavras que me deste... – palavras que ficariam registradas nos Evangelhos e seriam explicadas nas cartas.

v.9Jesus conhecia bem por quem estava orando – “É por eles... por aqueles que me deste...”.

2. Jesus sabia porque estava orando

vv.11-12guarda-os em teu nome, para que eles sejam um! Filho da perdição?

v.13Jesus queria que os seus discípulos tivessem alegria completa!

v.14Porque o mundo odeia o crente? Princípio da reforma: Somente a Escritura!

vv.15-16Não para sair do mundo, mas para guardar do mal!

v.17Santificação pela palavra!

ð Na conversão – a fé vem pelo ouvir – Rm 10.17.
ð Na vida cristã normal1Ts 5.23.
ð Na glorificação1Ts 2.12; 3.12, 13; 4.13-18.

vv.18-19Jesus ora pela nossa missão!

II. Jesus orou pelos que haveriam de crer depois – 17.20-26
Jesus cabia que Deus estava no controle, por isso sua oração era com confiança.

1. v.20 – “... mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra”. Jesus tinha certeza que muitos se converteriam.

ð Jesus deixou claro que muitos creriam nele depois de seu sacrifício na cruz – cf. Jo 10.16; 11.51, 52; Ef 2.11-22; 1Pe 2.25.

ð Jesus deixou claro, aqui, que o conhecimento e a fé para a salvação vem pela Palavra de Deus – cf. Jo 5.24; Rm 1.16; 1Tm 1.15; Hb 4.12.

2. vv.21-23a fim de que todos sejam um...” – Jesus tinha certeza que se fosse pela Palavra a conversão, haveria unidade espiritual em os crentes – cf. 1Co 12.13; Ef 2.19; 4.3-16; 2Co 1.11; Hb 10.25.

3. v.24 – “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste...” – Jesus respeitava a soberania do Pai, apesar de saber a sua vontade – cf. Jo 12.16; 14.3.

4. v.25a – “Pai justo, o mundo não te conheceu...” – Jesus termina sua oração expressando sua confiança nos atributos divinos (justiça) que o separam do mundoHb 7.26.

5. vv.25b, 26 – “...eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me enviaste... a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja.” – Conhecer Deus pela fé real em Cristo traz consigo o privilégio de ter Deus como Pai e sentir o seu amor – cf. Rm 8.15-17; Gl 4.6, 7; Jo 14.23; 1Co 3.16, 17; 6.17-20.

Conclusão – Três lições importantes para nossa vida cristã de oração:

1º) Assim como Jesus nós sabemos quem somos, por isso devemos ser nos mesmos em nossas orações.

2º) Assim como Jesus devemos saber por que e por quem estamos orando, para não façamos vãs orações.

3º) Assim como Jesus devemos crer que Deus responde as nossas orações com sim, não ou espere.

Pr. Walter Almeida Jr.

Estudo Bíblico (2) - Jesus, a sós com Deus

Lucas 5.12-16 (6.12)

No estudo da semana passada em Mc 1.35-39, descobrimos algo muito importante a respeito da vida pessoal de Jesus Cristo – “Ele gostava de estar sós com Deus, o seu Pai”. Momentos de preparação para os muitos desafios do seu ministério terreno e momentos de comunhão, diálogo e intimidade com Deus. Jesus sabia que o êxito de sua missão estava em grande parte associado à sua vida pessoal com Deus.

As lições que aprendemos desta passagem da vida intima de Jesus com Deus, foram: 1º) v.35a – “De madrugada, quando ainda estava escuro...” – Um Momento Especial, Mesmo que Tivesse que Custar Alguma Coisa também Especial; 2º) v.35b – “Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto...” – Um Lugar Onde Pudesse Estar Realmente as Sós; e 3º) v.35c – “onde ficou orando.” – Um Diálogo com Qualidade.

Hoje, dando continuidade à série de estudos da vida devocional de Jesus, vamos estudar outra passagem – Lc 5.12-16.

Nosso texto: Após outro dia de atividades intensas, Jesus se retirou para um lugar solitário para estar orando. O texto mostra algo interessante: Jesus não tinha um só lugar para orar, e esses lugares eram solitários. Isto quer dizer que, onde quer que fosse para anunciar o Reino e realizar coisas milagrosas, ele também tinha um lugar onde pudesse estar em comunhão com Deus.

Outra coisa interessante que o texto mostra é a atitude do homem com lepra. Da sua atitude de ir a Jesus, prostrar-se com rosto em terra e lhe pedir a cura da lepra, podemos tirar algumas lições sobre como apresentar nossos pedidos ao Senhor.

As lições podem ser:
1º) A atitude daquele homem de ir a Jesus nos ensina que é a Deus que devemos dirigir as nossas petições; 2º) A atitude daquele homem de prostrar-se com rosto em terra nos ensina que Deus é soberano e ele é quem decide com responder nossas petições e que devemos estar dispostos a aceitar um sim, um não ou um espere; e 3º) A atitude daquele homem de citar o que ele queria, nos ensina que devemos ser específicos em nossas petições ao Senhor.

Lucas é o Evangelho onde há uma ênfase na vida devocional de Jesus. Ele faz dez citações a respeito da vida de oração e meditação de Jesus – Lc 3.21; 5.16; 6.12; 9.18, 28, 29; 10.21; 11.1; 22.39-46; 23.34, 46.

Estas citações mostram as várias situações em que Jesus orou: 1º) Temos as citações dos momentos particulares de orações de Jesus; 2º) Temos as citações de momentos de orações em público feitas por Jesus; e 3º) Temos as citações daqueles momentos de oração em meio a crises.

Vamos, então, ler e procurar entender as atitudes de oração de Jesus.

I. Momentos Particulares de Oração

1. Lucas 3.21 – ... e, estando ele a orar, o céu se abriu... Jesus tinha uma vida devocional equilibrada a tão ponto, que até em momentos de maior alegria ele não deixava de orar. Três perguntas para refletirmos: O que fazemos quando estamos alegres? A que e a quem atribuímos nossa felicidade? Como comemoramos uma vitória em nossa vida?

2. Lucas 5.16 – ... se retirava para lugares solitários e orava. Ele tinha, a onde quer que fosse, sempre um lugar especial onde pudesse ter um momento a sós com Deus. Três perguntas para refletirmos: Você já tem o seu lugar especial/especifico para sua hora silenciosa? Você já começou a seu momento a sós com Deus? Como está sendo esta experiência para você?

3. Lucas 6.12 – ... retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. O interessante é que Jesus também realizava vigílias de oração. Quando havia necessidade, ele dedicava uma noite inteira para estar diante, na presença, de Deus. Nesse caso, em especial, ele após uma noite inteira de oração pode decidir entre os seus discípulos, quem seriam seus doze apóstolos, seus doze homens de confiança.
Uma pergunta para reflexão: Quando precisamos tomar decisões, quanto tempo passamos na presença de Deus?

4. Lucas 9.18a – Estando ele orando à parte, achavam-se presentes os discípulos... – Jesus agora começa a treinar, a ensinar na prática, os seus doze apóstolos sobre a importância de uma vida devocional equilibrada. Eles estavam no mesmo lugar, mas a prática devocional era em particular.

Após aquele momento de oração, Jesus fez duas perguntas: Quem dizem as multidões que sou eu? v.18b. Após a resposta a primeira, ele fez a segunda: Mas vós, perguntou ele, quem dizeis que eu sou? v.20. Por que ele fez essas duas perguntas, logo após um momento a sós com Deus? Por que ele queria ensinar aos seus apóstolos duas coisas: 1ª) Uma visão correta do mundo (cosmovisão cristã), e de quem é Deus vem pelo conhecimento pessoal de Deus; e 2ª) Uma profissão de fé bíblica vem pelo conhecimento e pela pratica de uma vida de comunhão com Deus pela sua Palavra e pela oração.

Paulo entendeu também essa lição, por isso deixou a recomendação 1Ts 5.16-19Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. Não apagueis o Espírito.

II. Momentos de Oração em Público

1. Lucas 10.21Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.

Jesus nesse momento de testemunho e alegria dos setenta e dois discípulos, enfatiza a necessidade de maior regozijo pela segurança da salvação do que pelas coisas grandiosas que acontecem quando se anuncia o Reino de Deus, e faz uma oração de louvor ao Pai em voz alta.

Nessa oração, ele mais uma vez deixa claro alguns aspectos da oração: Exaltaçãolouvor e adoração; Aceitação da vontade de Deus; Confiança; e Dependência de Deus.
Em nossas orações públicas devemos enfatizar nossa total dependência de Deus.

2. Lucas 11.1 – De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos.

Apesar de estarem sendo treinados por Jesus para uma vida devocional eficaz, os discípulos tinham a necessidade de ter uma oração modelo, tipo um manual, por onde eles pudessem se guiar em suas orações particulares e em público.

Atendendo seu pedido, Jesus, deu-lhes uma oração modelo, não para que fosse usada como reza de forma repetitiva e estática, mas uma que continha os passos e os aspectos necessários para uma vida de oração edificante, prática.

A oração no contexto bíblico tem pelo menos cinco elementos, que não precisam necessariamente estar em todas as nossas orações. Na oração modelo que Jesus ensinou para os seus discípulos, ele teve o cuidado de inserir todos esses aspectos/elementos – Mateus 6.8-13; Lucas 11.1-4:

ð Adoração É de coração exaltar a Deus pelo que ele éSl 136.
ð Ações de Graças (louvor) É exaltar a Deus pelo que ele fez, está fazendo e fará por nósSl 103.2; Lc 17.17.
ð Confissão É abrir o coração para Deus e contar para ele todos os seus pecados de qualquer natureza, admitindo sempre a sua culpa1Jo 1.9-2.2.
ð Intercessão É exercitar-se no altruísmo e orar em favor dos sofrimentos, dos problemas e das necessidades dos outros, assim como o fez JesusLc 22.32; Jo 17.20; Rm 8.34; Hb 7.25. A intercessão não é uma escolha, mas uma ordemTg 5.16. Devemos interceder até pelos que nos perseguemMt 5.44.
ð Súplica É apresentar diante de Deus as suas próprias necessidades, familiares e comunitárias, costumeiras ou esporádicasFp 4.6.

III. Momentos de Oração em Meio a Crises

1. Lucas 22.39-46 – v.39, 40E, saindo, foi, como de costume, para o monte das Oliveiras; e os discípulos o acompanharam. Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes disse: Orai, para que não entreis em tentação.

Dentre as muitas crises enfrentadas por Jesus em seu ministério, essa era uma das piores, pois ele estava lutando contra si mesmo. Sua natureza divina dizia: Estamos aqui para realizar a vontade do Pai. Sua natureza humana dizia: É muito sofrimento não vou aguentar. Por isso, Ele aconselhou os seus discípulos a orarem para que não fossem vencidos pela tentação.

v.41 – Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava,
v.42 – dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua.
v.43 – A situação era tão critica, que Deus permitiu que um anjo do céu o fortalecesse.
v.44 – E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.

Mesmo com a presença de um anjo para o fortalecer, a angustia de Jesus não passava, e a sua atitude foi de orar mais e mais. A sua angustia chegou a tal ponto, que seu organismo reagiu transpirando sangue. Jesus é o exemplo por excelência de persistência na oração em meio a crises!

2. Lucas 23.34 – Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes. Já na cruz, entre dois malfeitores, intercede pelos seus algozes. Essa é uma oração que expressa a resposta daquele momento de oração antes de ser preso.

3. Lucas 23.46Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou. Essa é a última oração que Jesus faz antes de sua morte.
É uma oração que enfatiza a esperança e a convicção de todo salvo. Ao morrer um salvo, o seu espírito, vai direto para as mãos de Deus! – Ec 12.7 – “o pó volte a terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu”.

Essa oração também demonstra que a morte de Jesus foi real. Assim como sua vida. Pois só morre que está vivo.

Concluindo – Que esse exemplo de uma vida de oração de Jesus, o filho de Deus, nos estimule a uma vida de oração intensa.

ð Que possamos orar diariamente em particular, no nosso momento a sós com Deus.
ð Que possamos orar na congregação com os outros irmãos.
ð Que possamos orar em meio as maiores crises de nossas vidas.

Vamos orar?!

Pr. Walter Almeida Jr.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Estudo Bíblico (1) - Jesus, a sós com Deus


Marcos 1.35-39
Jesus, a Sós com Deus (1)

Introdução

Falamos muito em oração, leitura da Bíblia, testemunho, louvor e adoração. Nos envolvemos em muitas atividades, dentro e fora da nossa religiosidade. Não há nada de errado em nossas atividades diárias. O incorreto está na ordem de prioridades que damos a tudo que temos e vamos fazer diária, semanal, mensal e anualmente.

Queridos irmãos os estudos este mês visam, através do exemplo de Jesus Cristo, ajudar-nos a colocarmos nossa vidas e prioridades em ordem e preparar-nos para encararmos cada dia como um novo dia criado por Deus, sempre com ele no controle.

O texto de Marcos 1.35-39 mostra algo muito importante a respeito da vida pessoal de Jesus Cristo – Ele gostava de estar a sós com Deus, o seu Pai. Aqueles momentos de comunhão, de diálogo e intimidade com Deus. Jesus sabia que o êxito de sua missão estava em grande parte associado à sua vida pessoal com o seu Pai.

Jesus teve que conviver com duas naturezas: 1) a divina; 2) a humana – Era aqui, na natureza humana, onde o Diabo iria concentrar as suas forças contra o filho de Deus!

As lições que podemos aprender desta passagem da vida intima de Jesus com Deus, estão claras no próprio texto: 1º) v.35a – De madrugada, quando ainda estava escuro, ... – Um Momento Especial, Mesmo que Tivesse que Custar Alguma Coisa também Especial; 2º) v.35b – Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto... – Um Lugar Onde Pudesse Estar Realmente as Sós; e 3º) v.35c – ...onde ficou orando. – Um Diálogo com Qualidade.

I. “De madrugada, quando ainda estava escuro, ...” – v.35a
Um momento especial, mesmo que tenha que custar alguma coisa especial

1. Após um dia exaustivo Jesus, junto com seus discípulos, é claro foi descansar, dormir. Mas logo cedo, ainda escuro, levantou-se.

Não havia outro momento, a não ser aquele, quando todos ainda estavam dormindo. Isto custaria a Jesus uma parte de seu descanso diário. O melhor do sono, seria o que ele sacrificaria para ter diariamente um momento a sós com o Pai, aquele seria o momento especial de estar a sós com Deus. Não seria fácil, depois de um dia de ministério intenso ter que parar no melhor do descanso. Seria um sacrifício diário, senão não teria este momento especial.

Os discípulos logo se levantariam a sua procura – v.36. Os discípulos não davam um descanso!

2. Na Bíblia, temos o exemplo de um homem que também sacrificou uma amizade e colocou a sua vida em risco para ter momentos a sós com Deus. Daniel foi esse homem – Daniel 6 – v.10 – “Quando Daniel soube que o decreto tinha sido publicado, foi para casa, para o seu quarto, no andar de cima, onde as janelas davam para Jerusalém e ali fez o que costumava fazer: três vezes por dia ele se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu Deus.”

Daniel tinha um costume – orar de joelhos três vezes ao dia!
Mesmo com uma lei temporária contra a sua vida devocional, ele não parou. Sacrificou a amizade do rei, um idolatra que queria ser um deus, e colocou a sua própria vida em risco, para manter aquele momento a sós com Deus. Daniel sabia quem era Deus e que nada é mais importante do que ele na vida!

O que faríamos hoje com uma lei dessa? A resposta de muitos seria: Vamos orar em espírito? Um mês só? Ora! Deus não vai se importar. É para o bem da obra! Não vamos ficar mal com o governo por isso? Deus nem vai se importar? Acho que Deus quer provar a nossa fé!

3. Pense em momento em que você pode dedicar para estar a sós com Deus. O que eu e você temos que sacrificar nesta nossa vida para termos um tempo a sós com Deus?

Nós temos tempo para tudo que gostamos de fazer. Pode ser a qualquer hora, se é alguma coisa importante para nós, nada atrapalha, nem mesmo as reuniões de oração, louvor, adoração, ensino e edificação da igreja! Que importância estou dando ao Deus que me criou e me salvou? “De madrugada, quando ainda estava escuro...”

II. Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto... – v.35b
Um Lugar Onde Pudesse Estar Realmente as Sós

1. Este momento especial de Jesus a sós com Deus, tinha que ser em algum lugar. Ele escolheu um lugar deserto. Isto é, um lugar onde ele estaria de fato sozinho com Deus.

2. Há algumas palavras nesta segunda parte do versículo que são dignas de nota:

Levantou-se – fala de despertamento.
Saiu e foi – fala de tomada de atitude.
Deserto – fala de escolhas.

3. Exemplo: Raph W. Neighbour Jr. em seu livreto Estação do Novo Convertido conta uma história do encontro de um pastor americano com um pastor japonês.
Num jardim no quintal da casa do pr. Japonês, um chalé de um quarto. O chalé era chamado de “quarto de escuta”. Era o lugar onde pr. japonês parava para ter um tempo especial com Deus. Esse lugar é mais uma atitude do coração do que um lugar físico. Significa abrir nossas vidas não somente para falar com Deus, mas também para ouvi-lo!

Temos um exemplo na Bíblia que exemplifica o parar para ouvir – Habacuque 2.1-2.

4. Jesus tinha um lugar desse. Um lugar especial para estar a sós com Deus. Era o Monte das Oliveiras, um lugar ao leste da cidade de Jerusalém – Lucas 21.37.

Durante as constantes mudanças que seu ministério exigia, ele teve que escolher outros lugares onde ter este tempo com seu Pai – Lc 5.16Mas Jesus retirava-se para lugares solitários, e orava.

Nós já vimos o exemplo de Daniel que tinha este tempo três vezes ao dia. Mas este tempo solitário com Deus era em um lugar especial.

Quando Daniel soube que o decreto tinha sido publicado, foi para casa, para o seu quarto, no andar de cima, onde as janelas davam para Jerusalém e ali fez o que costumava fazer: três vezes por dia ele se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu Deus.
Daniel 6.10

5. Por que eu preciso de um lugar e um tempo a sós com Deus?

Ter um lugar e dedicar tempo é necessário para que o amor cresça em qualquer relacionamento. Com Deus não é diferente! Precisamos de um tempo diário com ele!

Pense num casal de namorados, depois noivos e quando casam! Diz um ditado popular: Quer conhecer uma pessoa de verdade? Vá morar com essa pessoa!

Quer conhecer Deus de verdade? Tenha um lugar especial e dedique tempo neste lugar para falar com Ele!

O texto de Mc 1.35 diz: De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando.

III. ...onde ficou orando. – v.35c
Um Diálogo com Qualidade

1. Então Jesus tinha um lugar especial onde podia estar solitário e dedicava neste lugar um tempo especial, de qualidade, com Deus. O que Jesus ficava fazendo? O texto diz orando!

2. Quero enfatizar e estudar sobre necessidade de orarmos a sós e juntos como igreja (como corpo).

A oração pode ser definida assim: Orar é falar com Deus e ouvir a sua Voz. Essa definição nos leva a pensar que a oração é comunhão continua, diária, com Deus. Então posso afirmar que a oração tem como propósito a comunhão com Deus.

3. Quando Jesus ensinou sobre a oração, ele identificou algumas atitudes dos religiosos de sua época, que não devemos ter ao oramos – Mateus 6.5-15.
Ele disse: quando orarem não sejam com os hipócritas – v.5a. Porque?

1º) v.5beles gostam de ficar orando em pé nas sinagogas e nas esquinas – atitude hipócrita, farisaica para impressionar os religiosos e os não religiosos.

2º) v.5ceu lhes asseguro que eles já receberam sua recompensa – o reconhecimento dos religiosos e dos não religiosos.

3º) v.7E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem, serão ouvidos. – era uma tentativa de impressionar e persuadir a Deus a agir de acordo com a vontade humana.

4. Mas, neste mesmo texto, Jesus ensinou sobre um lugar e um tempo especial de oração e também sobre qualidade na oração.

v.6aMas quando você orar... – naquele momento, naquele tempo a sós com o Pai!

v.6b – ... vá para o seu quarto, feche a porta... – no lugar solitário, sozinho!

v.6c – ... e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que está em secreto, o recompensará. – Tenha comunhão, um diálogo de qualidade, com o Pai que está lá no lugar que você escolheu e lá ele vai responder, dialogar, conversar.

5. Então, após esse ensino, Jesus fala sobre os elementos da oração, deixando um exemplo, uma oração modelo.

v.9       – Exalte ao Senhor – Louvor!
v.10     – Aceite a vontade de Deus. Ele vai responder sim, não ou espere!
v.11     – Peça a Deus por você mesmo e suas necessidades e também interceda pelos outros.
v.12     – Confesse seus pecados aos Senhor, receba o perdão e tenha uma atitude de perdão em relação ao seu irmão e semelhante.
v.13a   – Confie no Senhor e no seu cuidado conosco em nos guardar do mal.
v.13b   – Adore ao Senhor – Amém!
vv.14, 15 – Uma advertência séria sobre perdão e comunhão!

6. Se a oração e um momento de comunhão, de diálogo, como é que ouço a voz de Deus. Será que Deus está falando? Raph W. Neighbour Jr. em seu livreto “Estação do Novo Convertido”, diz que a pergunta correta nesta seria: Estou ouvindo?

Tenho certeza que cada irmão aqui presente já ouviu a voz de Deus pelo menos uma vez na vida. Como foi que Deus falou para você receber Jesus como seu Salvador e Senhor? Esse chamado foi por meio de uma palavra convincente e singular ou foi uma convicção crescente do seu chamado para recebê-lo? Tudo isso vem pela Palavra de Deus que é usada pelo Espírito Santo!

Há uma frase que gostaria que os irmãos não esquecessem: Quando oramos falamos com Deus, quando lemos a Bíblia, Deus fala conosco!

Pois é, no momento e lugar especial onde você vai ter aquele tempo de comunhão com Deus, você precisa estar com a Bíblia, pois é por ela que Deus fala conosco.

Concluindo

“De madrugada, quando ainda estava escuro,
Jesus levantou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou orando”.
Marcos 1.35

Querido irmão, pense agora por um momento:
1) Qual seria um bom horário para estar a sós com Deus –  para orar, ler e ouvi-lo?
2) Qual seria um bom lugar para estar a sós com Deus – para orar, ler e ouvi-lo?
3) Entenda que este tempo diário será um tempo alegre, de crescimento e intimidade com Deus!
4) Escute o que diz 1 Tessalonicenses 5.16-19 (NVI):

“Alegrem-se sempre. Orem continuamente. Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. Não apaguem o Espírito”.



Pr. Walter Almeida Jr.

Reflexões nos Salmos - Salmo 2 - A rebelião humana, a reação divina, o governo divino e a responsabilidade humana

Salmo 2
A rebelião humana, a reação divina, o governo divino e a responsabilidade humana

Introdução

Assim como os outros 65 livros que formam a Bíblia, o livro dos Salmos e inspirado pelo Espírito Santo. O próprio Davi afirmou isso – 2Sm 23.1-3, Jesus confirmou a inspiração divina de Davi – Mc 12.36, e Pedro em seu sermão no Pentecoste também – At 1.16. O conteúdo dos Salmos é tão importante e poderoso como os dos outros livros do AT e quem lhe atribui essa importância é próprio Senhor Jesus em Lucas 24.44.

Os Salmos Messiânicos são identificados do seguinte modo: 1º) Contém referências diretas ao Messias e; 2º) Essas referências diretas são repetidas no Novo Testamento apontando inequivocamente para Jesus. São 20 os Salmos Messiânicos, mas, isto não quer dizer que não há referências em outros salmos ao Messias.

No Novo Testamento há 224 passagens diferentes de 103 salmos e mais 54 citações menores, formando um total de 280 citações de salmos em todo o seu texto. Isso nos mostra, de um modo geral, que o Livro dos Salmos tem como tema o Messias e o seu Reino Eterno.

De acordo com Norbert Lieth, em seu livro Salmos Messiânicos, “quase toda a obra neotestamentária de Jesus é mostrada nos salmos, por exemplo:

ð  Jesus veio para cumprir a vontade de Deus – Salmo 40.6-8;
ð  Ele é o Bom Pastor – Salmo 23;
ð  Ele é a pedra rejeitada que se tornou angular – Salmo 118.22;
ð  Seu zelo pelo Templo o consumirá (a purificação do Templo) – Salmo 69.9;
ð  Ele falou em parábolas – Salmo 78.2;
ð  Ele acalmou a tempestade – Salmo 89.9;
ð  O povo o aclamou com hosana – Salmo 118.26;
ð  Cristo foi rejeitado – Salmo 22.7; 69.18-21;
ð  Ele foi odiado sem motivo e sem motivo tinha inimigos – Salmo 69.4;
ð  Ele não foi compreendido pelos da sua família – Salmo 69.8;
ð  Ele foi traído – Salmo 41.9;
ð  Ele foi escarnecido – Salmo 22.15; 89.50, 51;
ð  Ele foi espancado – Salmo 129.3;
ð   Ele foi afrontado – Salmo 69.7, 20;
ð  Ele foi abandonado por Deus – Salmo 22.1;
ð  Ele foi pregado numa cruz – Salmo 22.16;
ð  Ele sentiu sede – Salmo 22.15;
ð  Deram-lhe vinagre para beber na cruz – Salmo 69.21;
ð  Lançaram sortes sobre suas vestes – Salmo 22.18;
ð  Seus ossos não foram quebrados – Salmo 34.20;
ð  Ele ressuscitou dos mortos – Salmo 16.10; 47.5;
ð  A substituição de Judas o traidor – Salmo 109.8;
ð  Seu Evangelho e seu decreto será proclamado – Salmo 2.7; 40.9, 10;
ð  Ele foi elevado ao Céu – Salmo 47.5, 8; 68.18;
ð  Ele está assentado a direita de Deus – Salmo 110.1;
ð  Ele está assentado no seu trono – Salmo 47.5, 8;
ð  Ele é o Sumo Sacerdote – Salmo 110.4;
ð  Ele julgará os povos – Salmo 2.12; 96.10;
ð  Seu reino é um Reino Eterno – Salmo 45.6; 89.35-37;
ð  Ele é o Filho de Deus – Salmo 2.7, 12;
ð  Ele é o Filho do homem – Salmo 8.4;
ð  Ele é o Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque – Salmo 110.4;
ð  Ele é o Rei – Salmo 2.6;
ð  Ele é o Ungido – Salmo 2.2;
ð  Ele é Deus – Salmo 45.6, 7; 47.5, 8;
ð  Ele é abençoado eternamente – Salmo 45.2, 17;
ð  Ele voltará em glória – Salmo 102.16;
ð  Todas as nações se submeterão a Ele e todo joelho se dobrará diante dEle – Salmo 47.8, 9; 102.15; 110.1.”[1]

Com a certeza de que o Livro dos Salmos dão uma importante ênfase à vida completa de Jesus, o Messias, quero estudar o primeiro deles com vocês – o Salmo 2.

Este salmo, como muitos outros, foi escrito por Davi. E quem afirma a autoria dele a Davi é a Igreja do Novo Testamento na oração em Atos 4.25 – ... que disseste por intermédio do Espírito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs?

O Salmo 2 tem como base histórica 2Samuel 7, onde está a promessa divina “feita a Davi de um nome supremo, um relacionamento de filiação com o Senhor e uma linhagem eterna”[2] (vv.8-17). Por conta disso, esse salmo também é chamado de Salmo Real e “era usado para saudar cada um dos reis da linhagem davídica em sua ascensão ao trono, como lembrete do ideal”[3].

As referências diretas e repetições no Novo Testamento que o identificam como Salmo Messiânico são: 1º) Salmo 2.1 – Atos 4.25-27; 2º) Salmo 2.7 – Hebreus 1.5; e 3º) Salmo 2.9 – Apocalipse 12.5.

O assunto do Salmo 2 é desenvolvido em quatro pontos que se equilibram: 1º) A rebelião humana (vv.1-3); 2º) A reação divina (vv.4-6); 3º) O governo divino (vv.7-9); e 4º) A responsabilidade humana (vv.10-12).

I. A rebelião humana – vv.1-3

Historicamente, os reis da linhagem davídica encontrava-se sempre sob ameaças do mundo ao redor e isso reflete, profeticamente, a rebelião do mundo contra Deus e contra seu Filho Jesus.

1. vv.1, 2b – a ideia aqui é de inquietação geral por parte mundo pagão e do povo de Israel em rejeição a Deus e a Jesus – Atos 4.25, 27b.

2. v.2 – aqui temos a liderança mundial, reis e príncipes, que juntos planejam e conspiram contra Deus e contra seu Filho Jesus. (At 4.26, 27a)

3. v.3 – É assustador, mas verdadeiro, que tanto os gentios como Israel tentarão se livrar de Deus. Essas palavras descrevem tanto o desprezo de recusar, de despir e livrar-se de tudo o que possa lembrar Deus e seu filho Jesus Cristo a quem devemos prestar contas, como a apostasia interna do povo de Israel – Dn 8.23; 2Ts 2.3, 4; Jd vv.14-18.

II. A reação divina (vv.4-6)

1. v.4 – esse verso é uma afirmação clara da soberania divina em relação aos planos humanos. O Senhor e a tradução da palavra hebraica Adonai que significa Senhor Soberano. (Atos 4.28)

2. v.5 – Deus em sua ira divina contra toda impiedade e perversão humana (Rm 1.18), tem determinado um dia em que julgará o mundo com justiça, por meio de seu Filho, o Rei – Atos 17.31; 2Tm 4.1; Ap 6.16, 17.

3. v.6 – Mas, a resposta divina diante da rebelião humana é mais do que punitiva, é o estabelecimento do seu Rei messiânico, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores – Ap 14.1; 19.15, 16.

III. O governo divino (vv.7-9)

1. v.7 – O decreto do Senhor claramente proclamado aqui refere-se à promessa do reino davídico e profeticamente ao reino de Jesus Cristo. O Novo Testamento usa esse verso “em referência ao nascimento de Jesus (Hb 1.5-6) e também à sua ressurreição (At 13.33, 34) como confirmações terrenas”[4].

2. v.8 – aqui Deus mostra o perímetro que será dado para o seu Rei governar – as nações e as extremidades da terra, isto é, um reino global. O domínio de Cristo será sobre toda a terra. (Ap 11.15-19)

3. v.9 – e aqui temos o contraste entre o poder absoluto e a impotência total. A palavra usada para vara aqui, em hebraico, tanto era usada para designar a vara de um pastor como o cetro de um rei.

IV. A responsabilidade humana (vv.10-12)

O tom desses versos é importantíssimo, pois “em vez do julgamento imediato, o Senhor e seu Ungido oferecem uma oportunidade de arrependimento. Cinco ordens colocam a responsabilidade sobre a humanidade amotinada”[5].

1. v.10a – Agora, pois, ó reis, sede prudentes... – parem um pouco, reflitam...

2. v.10b – ... deixai-vos advertir, juízes da terra. – corrijam-se, aprendam...

3. v.11a – Servi ao Senhor com temor... – convertam-se, dediquem-se...

4. v.11b – ... e alegrai-vos nele com tremor. – louvem, adorem, celebrem...

5. v.12a – Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. – Sejam humildes, submetam-se, tenham satisfação no Senhor...

Concluindo

Tudo que vimos nesse salmo tem seu contexto imediato na descendência davídica e seu contexto absoluto no Messias, Jesus Cristo. Por isso, ele termina assim – Bem-aventurados todos os que nele se refugiam – v.12b.

“Não há refúgio dele (para onde se possa fugir dele); só há refúgio nele” (Kidner).[6]


Pr. Walter Almeida Jr.
IBLAJP – 08/01/17




[1] Lieth, Norbert. Salmos Messiânicos, Actual Edições, 2010, p. 8-10.
[2] Carson, D. A. – Comentário Bíblico Vida Nova, Vida Nova, 2009, p. 740.
[3] Ibid., p. 740.
[4] MacArthur, John. Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 681.
[5] Ibid., p. 681.
[6] Carson, p. 741.