Em
nosso estudo de introdução ao estudo de Malaquias vimos:
ð
Que há princípios
imutáveis sobre o serviço cristão, em qualquer área, no caso aqui para adoração
em culto público ou privado, que não perderam a validade ou foram abolidos por
Jesus;
ð
Que a temática do
livro gira em torno do culto que se deve prestar a Deus conforme ele deseja e
expressa na sua Palavra;
ð
Que o padrão que aparece
em quase todo o texto do livro é: 1)
Uma declaração de Deus; 2) Um
questionamento do povo; 3) Uma resposta de Deus.
ð
Que o estilo do
livro é dialógico e é isso que o destaca dos outros profetas.
ð
Estudamos Malaquias 1.1-5 com o seguinte tema: Por que continuar servindo e adorando a Deus em tempos de crise?
Respondemos à pergunta em três pontos: 1º)
Por que Ele fala conosco, não o que
queremos ouvir, mas, o que precisamos – v.1; 2º) Porque ele nos ama – vv.2-4; e 3º) Porque ele cuida de nós –
v.5.
Terminamos
com a seguinte afirmação: Deus fala com você, não o que você quer
ouvir, mas o que você precisa ouvir; ele ama você independente de qualquer
coisa; e ele cuida de você, mesmo que você não consiga perceber no momento.
Hoje,
dando continuidade ao estudo do livro de Malaquias, vamos expor Malaquias 1.6-14, com o tema: Advertência sobre a profanação do culto a
Deus.
Fazia
cerca de cem anos que Israel tinha regressado do cativeiro Babilônico, que
tinha durado 70 anos em razão da reiterada idolatria e falta de arrependimento,
e as coisas não estavam acontecendo conforme a expectativa do povo. Eles
continuavam tendo problemas com as nações pagãs vizinhas, o culto no templo em
Jerusalém era caracterizado por excesso de formalidade, os sacerdotes tinham se
corrompido, o templo construído era menor que o de Salomão e o povo ainda
estava sob o domínio dos persas e a sua situação econômica era muito difícil.
Diante
de tudo isso, o povo começou a desanimar. O amor pelas coisas de Deus foi pouco
a pouco diminuindo e o povo começou a se dispersar em busca de seus próprios
interesses. Os sacerdotes que eram responsáveis pelo culto começaram a pensar e
agir como o mundo ao seu redor, deixando de fazer o seu trabalho da maneira
correta, tolerando práticas pagãs nos cultos e que eram condenáveis segundo a
Lei de Deus. Assim o coração do povo não mais considerava Deus e sua obra como
prioridade, cada um dava prioridade a seus assuntos pessoais e só davam a Deus
o que sobrava da sua atenção, do seu tempo e dos seus recursos. Era uma época
de profundo esfriamento do povo em relação a Deus.
Por
isso, Deus usou o profeta Malaquias para fala com o povo e lembrá-los de seu
amor e do seu cuidado incondicional para com eles. E isso está nos primeiros
cinco versículos do livro.
Agora,
dos versículos 6 ao 14 temos um novo diálogo de Deus com o povo, iniciado por
Deus, mas, direcionado primeiramente aos sacerdotes. Olhemos o texto:
v.6 – Temos aqui uma declaração de Deus sobre a falta de temor no culto e o
desprezo do seu nome pelos sacerdotes, isto é, Ele “declara que os sacerdotes
estavam profanando seu culto e desprezando seu nome”[1]. Na sua
queixa, Deus, usa duas figuras, o pai e o
senhor, que inspiram respeito e que teoricamente, as pessoas costumam
honrar.
A
Bíblia, tanto no AT como no NT, é muito clara sobre honrar pai e mãe (Êx 20.12; Ef 6.2, 3) e sobre respeito
aos senhores (Ef 6.5-7; Tt 2.9, 10).
Quanto mais honrar e reverenciar Deus, o Pai Criador dos céus e da terra e o
seu poderoso nome (cf. Êx 20.1-7). “Deus
tem zelo por seu nome, sua glória e sua reputação[2]”.
Por
duas vezes Deus enfatiza a grandeza do seu nome aqui (cf. vv.11, 14), e por seis vezes no livro aparece a expressão meu nome. Pense na importância do nome
do Senhor Deus!
Mas,
eram os próprios responsáveis pelo culto, os sacerdotes, que estavam profanando
o nome de Deus e aceitando uma adoração desprezível por parte do povo (vv.6a, 7a). Por isso, Deus os chama à
responsabilidade. Era inaceitável a situação que havia se estabelecido.
O
mais chocante nisso tudo, foi a resposta dos sacerdotes: Em que nós temos desprezado o teu nome? Em que te havemos profanado? (v.6b; v.7b)
Essa resposta dos sacerdotes à queixa de Deus é de um cinismo, que só se
compara à resposta do povo no v.2b –
Em
que nos tens amado?
Não
havia razão para essa resposta em forma de pergunta dos sacerdotes. Eles sabiam
muito bem o que dizia a Lei sobre os sacrifícios apresentados a Deus para a expiação
dos pecados e as ofertas oferecidas a Deus em gratidão pelo que ele é, o Deus
Vivo e Verdadeiro (cf. Lv). Portanto, “a resposta dos sacerdotes era capciosa e
cínica, e refletia com perfeição o estado espiritual deles e do povo àquela
altura”[3].
Agora,
a resposta de Deus em 4 partes:
1) Deus dá provas de que eles estavam desprezando o culto
– vv.7, 8.
2) Deus diz que não aceita aquele tipo de culto – vv.13, 9.
3) Deus mostra que o culto que eles estavam oferecendo
era uma profanação – vv. 12, 7.
4) Deus termina amaldiçoando o enganador – aquele que
pretende prestar culto prometendo algo, mas que não o faz como deveria – v.14, 9.
Concluindo
Quando
Deus exalta o nome de Jesus acima de todo o nome e a ele conduz todos os homens
para o adorarem, está nos dizendo que Jesus é o Senhor do pacto, nele é que
nossas almas realmente encontrarão o descanso prometido. Assim, cumprimos o
mandamento de honrar o nome de Deus, honrando o nome de Jesus – Fp 2.10, 11.
Deus
veio em nosso socorro ao enviar Jesus Cristo, o único capaz de honrar o seu
nome de maneira perfeita. A santidade e obediência de Jesus nos abençoaram e
nos deram vida – Rm 8.3, 4.
Jesus,
por meio do ministério do Espirito Santo, nos ajuda a tomar o nome de Deus e
honrá-lo. Pois, o Espírito Santo aplica as virtudes de Jesus em nosso coração –
Ez 36.27; Jo 16.14; Rm 8.14-17.
Nosso
culto público, hoje, pode seguir o seguinte ensino de Paulo – Ef 5.13-21; Cl 3.12-17. Assim estaremos
adorando a Deus, como igreja, em espírito e em verdade – Jo 4.23, 24.
Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira – 17/01/16
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