terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Panorama do AT – Números (3) Terceira Parte: Obediência Renovada – a experiência da segunda geração – Nm 26-36

No estudo anterior, no livro de Números,

ü Vimos a sua segunda parte com o tema: Desobediência – uma experiência amarga Nm 11-25.

ü Vimos, também, que em contraste com os primeiros dez capítulos, uma importante mudança acontece a partir do capítulo 11. De obediente, Israel passou para desobediente, isto é, murmurador e rebelde. E em resposta à desobediência do povo, a ira do Senhor se manifestou e Israel foi disciplinado rigorosamente.

ü Terminamos o estudo com as seguintes lições aprendidas: 1ª) A desobediência deliberada aos princípios morais absolutos da Palavra de Deus afasta Deus do seu povo (Is 59.1-5); 2ª) A desobediência em rejeitar a vontade de Deus nas Escrituras para o seu povo gera uma incredulidade crescente (Hb 3); 3ª) A desobediência que não é abandonada pelo arrependimento sincero e a confissão contrita não é perdoada e passível de disciplina divina (Hb 10.19-39; 12.1-29).

Hoje, vamos estudar a terceira parte com o tema: Obediência Renovada – a experiência da segunda geração Nm 26-36.

Essa última parte do livro, a maior, registra a renovada obediência de Israel. Deus continua a falar com eles e a segunda geração da nação obedece. A maioria dos mandamentos dessa parte final de Números diz respeito à vida de Israel depois da sua entrada na Terra Prometida.[1]

Dividiremos os capítulos em dois pontos: 1º) Deus prepara o seu povo para a conquista da Terra Prometida26.1-31.54; 2º) Deus começa a estabelecer o seu povo na Terra Prometida32.1-36.13.

I. Deus prepara o seu povo para a conquista da Terra Prometida – 26.1-31.54

1. Esse segundo censo ordenado por Deus, trinta e oito anos depois do primeiro (1.1-46), contou todos os homens acima de 20 anos de idade, preparados para o serviço militar, e mostra a fidelidade de Deus em preservar Israel no deserto – 26.1-51.

2. Os números do censo seriam usados para definir o tamanho da herança de cada tribo na terra de Canaã e a sua localização exta seria determinada por sorteio – 26.52-56. (Cf. Js 13.1-7; 14.1-19.51)

3.  Assim como no primeiro censo (3.14-39), os levitas foram contados separadamente – 26.57-65.

4. Por decisão divina, a legislação que assegura a uma mulher preservar a linhagem do seu clã é instituída – 27.1-11.

5. Deus providencia um novo líder para o povo – Josué – 27.12-22.

a. vv.12-14 – Moisés é relembrado da razão porque não entraria na terra de Canaã.

b. vv.15-23 – Josué é escolhido e comissionado como novo líder de Israel.

6. Um novo conjunto de instruções é dado para o funcionamento do sistema sacrificial na Terra Prometida – 28.1-29.40.[2]

7. Os votos individuais feitos ao Senhor devem ser levados a sério pelo povo de Israel – 30.1-16. Aqui, são dadas mais explicações sobre as leis referentes aos votos de Lv 27.1-33.

8. Israel derrota e destrói os midianitas por uma ordem direta de Deus – 31.1-54.

a. Midiã é destruída de acordo coma ordem de Deus – vv.1-18.

b. A batalha contra Midiã ofereceu a oportunidade de reforçar as leis de purificação após a batalha – vv.19-24.

c. A batalha contra Midiã ofereceu, também, a oportunidade de reforçar as leis acerca da divisão dos despojos de guerra – vv.25-54.[3]

II. Deus começa a estabelecer o seu povo na Terra Prometida – 32.1-36.13

1. As tribos de Ruben e Gade e meia tribo de Manassés recebem autorização e se estabelecem na Transjordânia por que aquela região era boa para criação de gado – 32.1-42.

2. Moisés é ordenado a fazer um registro dos 40 anos de peregrinação no deserto – 33.1-56.

a. A rota da peregrinação apresentada foi:

ð Do Egito ao Sinai – vv.1-15;
ð Do Sinai até Cades – vv.16, 17;
ð De Cades para o deserto e a volta a Cades – vv.18-36;
ð De Cades até Moabe – vv.37-49.

b. A ordem divina para a conquista da Terra Prometida era para expulsar totalmente os habitantes, destruir radicalmente a idolatria e dividir a terra de forma apropriada – vv.50-56.

3. As instruções relativas à divisão da terra cobrem a definição de suas fronteiras, a provisão para os levitas e a legislação acerca das cidades de refúgio – 34.1-35.34.[4]

ð A herança dos levitas compreendia 48 cidades espalhadas por Canaã, das quais seis deveriam servir como cidades de refúgio – 35.1-34.[5]

4. A instrução sobre o casamento das herdeiras dentro de sua própria tribo revela o propósito de Deus para a estabilidade da comunidade de Israel – 36.1-13.

As filhas de Zelofeade exemplificaram obediência aos mandamentos do Senhor, que deviam ser praticada por todos os israelitas. Sua herança foi resultado direto de sua obediência ao Senhor – a lição básica enfatizada ao longo de todo o livro de Números[6].
(vv.10-12)

Concluindo – Lições da terceira e última parte do livro de Números:

1ª) Em cada detalhe de nossas vidas, o nosso Deus está nos preparando para a nossa herança eterna1Pe 1.3-9.

2ª) As lutas desta vida não tem como comparar-se com aquilo que aguarda o filho de DeusRm 8.18.

3ª) Assim como Deus preparou a Terra Prometida para a nação de Israel, ele tem preparado para a sua Igreja novos céus e nova terra, em que habita a justiça1Pe 3.13-18.

Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira 14/11/14



[1] MacArthur, John. Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 216.
[2] Pinto, Carlos Osvaldo Cardoso. Foco e Desenvolvimento no Antigo Testamento, Editora Hagnos, Primeira Edição, 2006, p. 154.
[3] Ibid., p. 157.
[4] Ibid., p. 157.
[5] Ibid., p. 157.
[6] MacArthur, p. 228.

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