Em
nossos dois estudos anteriores, expomos os textos de Gênesis 2.4-4.26 e Gênesis
12-28.
1º)
Expusemos Gênesis 2.4-4.26 do seguinte modo: 1º) A criação e o Criador – Gn
2.4-24; 2º) A mais triste passagem da Bíblia – Genesis 3.1-24; e 3º) As
consequências da queda na humanidade – Gênesis 4.1-26; 4º) A primeira promessa
do Salvador – Gn 3.15. Concluímos afirmando que Gálatas 4.4, 5 deixa isso bem
claro – “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido
de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a
lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.
2º)
Expusemos Genesis 12-28 do seguinte modo: 1) Promessas feitas a Abraão – Gn
12.1-3 (terra, grande nação, proteção e
descendência abençoadora); 2) Promessas feitas a Isaque – Gn 17.15-22;
26.1-6; e 3º) Promessas feitas a Jacó – Gn 28.10-17. Concluímos conferindo o
cumprimento das promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó.
Hoje,
vamos expor 1º) Deuteronômio 18.15-22 – A Promessa do Grande Profeta; e 2º) A Promessa do Grande Rei – 2 Samuel 7.1-17.
I. A Promessa do Grande Profeta –
Deuteronômio 18.15-22
1. v.15 (19) – “um profeta... semelhante a mim... – o pronome
singular enfatiza o Profeta definitivo que viria”[1] – O
Messias (Jesus).
2. “Tanto o AT (Dt 34.10) como o NT (At 3.22, 23; 7.34) interpretam essa
passagem como uma referência ao Messias vindouro, que, como Moisés, receberia e
pregaria revelação divina (a mensagem do Reino) e guiaria seu povo (cf.: Jo
1.21, 25; 43-45; 6.14; 7.40)”[2].
3. As semelhanças entre Moisés e Jesus foram vistas em outros vários
aspectos, como:
a.
suas vidas
poupadas quando crianças – Êx 2; Mt 2.13-23;
b.
renunciaram a
corte real – Fp 2.5-8; Hb 11.24-27;
c.
tiveram
compaixão de seu povo – Nm 27.17; Mt 9.36;
d.
intercederam
pelo povo – Dt 9.18; Hb 7.25;
e.
falaram com
Deus face a face – Êx 34.29, 30; 2 Co 3.7;
f. foram mediadores de uma aliança – Dt 29.1; Hb 8.6, 7.
II. A Promessa do Grande Rei – 2 Samuel 7.1-17
(2 Cr 17.1-15)
Essa
passagem registra “o estabelecimento da aliança davídica, a promessa
incondicional do Senhor a Davi e sua posteridade”[3] (cf.
23.5). Mais de 40 textos bíblicos individuais estão diretamente relacionados a
esses versículos que são de vital importância para a compreensão da “promessa
irrevogável de Deus em que um rei da linhagem de Davi governará para sempre”[4] (v.16).
Embora
esse texto não seja chamado de aliança aqui, é em 2Sm 23.5. Essa é a quarta das
cinco alianças incondicionais e irrevogáveis feitas por Deus na Bíblia. As três
primeiras são: 1ª) A aliança com Noé
– Gn 9.8-17; 2ª) A aliança com Abraão
– Gn 15.12-21; e 3ª) A aliança levítica
ou sacerdotal – Nm 3.1-18; 18.1-20; 25.10-13.
1. vs.1-3 – Davi, um rei com visão e boas intenções e Natã um
profeta de Deus. Uma observação aqui: “Nenhum dos dois havia consultado a Deus
sobre esse projeto”.
2. vs.4-7 – Deus revela a Natã a sua vontade e redireciona os
projetos de Davi.
a.
v.4 – Palavra
do Senhor a Natã
b.
vs.5-7 –
Duas perguntas do Senhor sobre o projeto do rei Davi:
Edificar-me-ás tu
casa para minha habitação?
Por que não me
edificais uma casa de cedro?
Repostas:
“Portanto, contrário às intenções e suposições de Davi, Deus não queria uma
casa naquele momento e não queria que Davi a construísse.”[5]
3. vs.8-16 – Esses versículos mostram as promessas de Deus
feitas a Davi:
a.
vs.8-11 –
promessas que se cumpriram durante a vida de Davi:
O Senhor lhe deu
um grande nome;
O Senhor designou
um lugar para Israel em seu reinado;
O Senhor deu
descanso a Davi de todos os seus inimigos.
b.
vs.12-16 –
promessas que se cumpriram depois da morte de Davi:
O Senhor deu a Davi um filho
para se assentar em seu trono nacional – Salomão;
O Senhor deu a
Davi um descendente (filho) que seria rei para sempre – o Messias, Jesus Cristo
– Hb 1. 5, 8; Is 9.6, 7; Lc 1.32, 33.
v.16 – "...
tua casa... teu reino... teu trono... – Em Lc 3.32b, 33 há a indicação de que esses
três termos foram cumpridos em Jesus".[6]
Concluindo
Em
Jesus temos o cumprimento das promessas do AT sobre a vinda do Messias.
Nos
livros proféticos do AT, são muitas as passagens que aludem a vinda e a vida do
Messias, o Filho de Davi, a Raiz de Judá , o Renovo de Jessé, sobre o qual
estaria o Espírito de Deus em toda a sua plenitude (Is 11. 1, 2; Jr 23. 5; Ez
34. 23ss; 37.24ss; Os 3. 5; Mq 2.13; 5.1ss; Zc 3.8; 6.12; 9.9). A vinda do
Messias também instauraria um novo pacto, diferente de todos os demais, onde os
corações seriam renovados e transformados em morada do próprio Espírito de Deus
(Jr 31.31-34; Ez 36.23-27; Jl 3.1).
Cada
profeta contribuiu com uma parte da descrição do Messias que viria. Um rico e
harmonioso quadro a respeito dele emergia das Escrituras, deixando claro ao
povo escolhido a certeza de sua vinda, e a necessidade de sua preparação para
aquele grande dia.
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