quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Promessas Cumpridas (3)


Deuteronômio 18.15-22; 2 Samuel 7.1-17

Em nossos dois estudos anteriores, expomos os textos de Gênesis 2.4-4.26 e Gênesis 12-28.

1º) Expusemos Gênesis 2.4-4.26 do seguinte modo: 1º) A criação e o Criador – Gn 2.4-24; 2º) A mais triste passagem da Bíblia – Genesis 3.1-24; e 3º) As consequências da queda na humanidade – Gênesis 4.1-26; 4º) A primeira promessa do Salvador – Gn 3.15. Concluímos afirmando que Gálatas 4.4, 5 deixa isso bem claro – “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.

2º) Expusemos Genesis 12-28 do seguinte modo: 1) Promessas feitas a Abraão – Gn 12.1-3 (terra, grande nação, proteção e descendência abençoadora); 2) Promessas feitas a Isaque – Gn 17.15-22; 26.1-6; e 3º) Promessas feitas a Jacó – Gn 28.10-17. Concluímos conferindo o cumprimento das promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó.

Hoje, vamos expor 1º) Deuteronômio 18.15-22 – A Promessa do Grande Profeta;  e 2º) A Promessa do Grande Rei – 2 Samuel 7.1-17.

I. A Promessa do Grande Profeta – Deuteronômio 18.15-22

1. v.15 (19) – “um profeta... semelhante a mim... – o pronome singular enfatiza o Profeta definitivo que viria”[1] – O Messias (Jesus).

2. “Tanto o AT (Dt 34.10) como o NT (At 3.22, 23; 7.34) interpretam essa passagem como uma referência ao Messias vindouro, que, como Moisés, receberia e pregaria revelação divina (a mensagem do Reino) e guiaria seu povo (cf.: Jo 1.21, 25; 43-45; 6.14; 7.40)”[2].

3. As semelhanças entre Moisés e Jesus foram vistas em outros vários aspectos, como:

a.    suas vidas poupadas quando crianças – Êx 2; Mt 2.13-23;
b.   renunciaram a corte real – Fp 2.5-8; Hb 11.24-27;
c.    tiveram compaixão de seu povo – Nm 27.17; Mt 9.36;
d.   intercederam pelo povo – Dt 9.18; Hb 7.25;
e.    falaram com Deus face a face – Êx 34.29, 30; 2 Co 3.7;
f.     foram mediadores de uma aliança – Dt 29.1; Hb 8.6, 7.

II. A Promessa do Grande Rei – 2 Samuel 7.1-17 (2 Cr 17.1-15)

Essa passagem registra “o estabelecimento da aliança davídica, a promessa incondicional do Senhor a Davi e sua posteridade”[3] (cf. 23.5). Mais de 40 textos bíblicos individuais estão diretamente relacionados a esses versículos que são de vital importância para a compreensão da “promessa irrevogável de Deus em que um rei da linhagem de Davi governará para sempre”[4] (v.16).

Embora esse texto não seja chamado de aliança aqui, é em 2Sm 23.5. Essa é a quarta das cinco alianças incondicionais e irrevogáveis feitas por Deus na Bíblia. As três primeiras são: 1ª) A aliança com Noé – Gn 9.8-17; 2ª) A aliança com Abraão – Gn 15.12-21; e 3ª) A aliança levítica ou sacerdotal – Nm 3.1-18; 18.1-20; 25.10-13.

1. vs.1-3 – Davi, um rei com visão e boas intenções e Natã um profeta de Deus. Uma observação aqui: “Nenhum dos dois havia consultado a Deus sobre esse projeto”.

2. vs.4-7 – Deus revela a Natã a sua vontade e redireciona os projetos de Davi.

a.    v.4 – Palavra do Senhor a Natã

b.   vs.5-7 – Duas perguntas do Senhor sobre o projeto do rei Davi:

Edificar-me-ás tu casa para minha habitação?
Por que não me edificais uma casa de cedro?
Repostas: “Portanto, contrário às intenções e suposições de Davi, Deus não queria uma casa naquele momento e não queria que Davi a construísse.”[5]

3. vs.8-16 – Esses versículos mostram as promessas de Deus feitas a Davi:

a.    vs.8-11 – promessas que se cumpriram durante a vida de Davi:

O Senhor lhe deu um grande nome;
O Senhor designou um lugar para Israel em seu reinado;
O Senhor deu descanso a Davi de todos os seus inimigos.

b.   vs.12-16 – promessas que se cumpriram depois da morte de Davi:

    O Senhor deu a Davi um filho para se assentar em seu trono nacional – Salomão;
   O Senhor deu a Davi um descendente (filho) que seria rei para sempre – o Messias, Jesus Cristo – Hb 1. 5, 8; Is 9.6, 7; Lc 1.32, 33.
    v.16 – "... tua casa... teu reino... teu trono... – Em Lc 3.32b, 33 há a indicação de que esses três termos foram cumpridos em Jesus".[6]

Concluindo

Em Jesus temos o cumprimento das promessas do AT sobre a vinda do Messias.

Nos livros proféticos do AT, são muitas as passagens que aludem a vinda e a vida do Messias, o Filho de Davi, a Raiz de Judá , o Renovo de Jessé, sobre o qual estaria o Espírito de Deus em toda a sua plenitude (Is 11. 1, 2; Jr 23. 5; Ez 34. 23ss; 37.24ss; Os 3. 5; Mq 2.13; 5.1ss; Zc 3.8; 6.12; 9.9). A vinda do Messias também instauraria um novo pacto, diferente de todos os demais, onde os corações seriam renovados e transformados em morada do próprio Espírito de Deus (Jr 31.31-34; Ez 36.23-27; Jl 3.1).

Cada profeta contribuiu com uma parte da descrição do Messias que viria. Um rico e harmonioso quadro a respeito dele emergia das Escrituras, deixando claro ao povo escolhido a certeza de sua vinda, e a necessidade de sua preparação para aquele grande dia.




[1] John MacArthur, Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 255.
[2] Ibid., pg. 255.
[3] Ibid., pg. 402.
[4] Ibid., pg. 402.
[5] Ibid., pg. 402.
[6] Ibid., pg. 402.

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