quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Introdução ao Estudo das Promessas Cumpridas sobre a 1ª Vinda de Jesus Cristo


2 Pedro 1.16-21; Gálatas 4.4

A profecia bíblica tem dois significados:

1º) Em uma definição mais abrangente, refere-se a “tudo que Deus tem a dizer para Suas criaturas racionais. A Bíblia, portanto, como revelação específica de Deus à humanidade, é um livro completamente profético – 2 Pedro 1.19-21. Trata-se da proclamação de Deus acerca das coisas que não poderíamos saber de outra maneira”.[1]

2º) A Profecia como predição de Deus, ou seja, as revelações que nos permitem saber o que vai acontecer. Essa habilidade de prever o futuro está em quase um terço das Escrituras, e é declarada por Deus como sendo a maior prova de que somente Ele é Deus:[2] “... Eu sou Deus e não há outro; Eu sou Deus e não há outro semelhante a mim, que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam...” (Is 46.9-10).

Quase todas as profecias preditivas falam sobre o povo de Israel e a vinda do Messias, Jesus Cristo. Deus, em sua soberania, “declara aos israelitas que eles seriam um sinal para o mundo, glorificando-se a Si mesmo neles e através deles (Is 46.13). Em Isaías 43.10, 11 Deus lhes diz: “Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, o meu servo a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que sou eu mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador.” Em outras palavras, Deus usará aos judeus e à sua terra como “testemunhas”, tanto para eles mesmos quanto para o mundo. Isso se dá não somente quanto à Sua existência, como também mostrando que Ele está ativamente envolvido em desenvolver a história de Israel e a cumprir Seu propósito para toda a humanidade. A Profecia declara o plano de Deus de antemão. E o propósito é que nós todos possamos conhecê-lo, crer nEle e “entender” que somente Ele é Deus. A Profecia é a prova convincente não apenas da existência de Deus, mas também de que a Bíblia é exatamente o que diz ser, a Palavra de Deus”.[3]

Olhando a profecia deste modo, podemos afirmar que: “Deus é o Deus da Profecia. Ele é também o Deus da nossa salvação; e a Profecia sublinha e aponta para a salvação. Israel foi escolhido por Deus para o propósito primário de trazer o Messias ao mundo[4] “... para que o mundo fosse salvo por Ele” (Jo 3.17).

Ao nos prepararmos para estudar as profecias ou as promessas da 1º vinda de Jesus Cristo, ou a sua encarnação, temos que considerar que a “sua vinda ao mundo nada teve de casual, e nem mesmo de inesperada. O plano divino da encarnação tinha sido, desde os primórdios da raça humana, anunciado de muitas formas e maneiras, por intermédio de muitas pessoas inspiradas diretamente pelo próprio Deus[5].

Em nossos estudos, a partir de hoje, vamos considerar as várias promessas relacionadas à sua primeira vinda, bem como o planejamento, antes da fundação do mundo, da encarnação da segunda pessoa da trindade – Jesus Cristo!

Hoje, em nosso primeiro estudo, vamos tratar da preexistência de Cristo. A ideia da preexistência de Cristo significa que ele existia antes de nascer. Também significa que ele existia antes da criação e antes do tempo.[6]

Vamos ver então, (1º) as evidências da preexistência, (2º) a eternidade do Cristo preexistente (pré-encarnado), e (3º) as atividades do Cristo preexistente (pré-encarnado).

I. Evidências da preexistência de Cristo

1. Sua origem celestial – textos bíblicos que afirmam a origem celestial de Cristo, comprovam sua pré-existência – João 3.13, 31-36.

2. Sua obra na criação – se ele estava envolvido na criação, é logico que existia antes dela – João 1.3; Colossenses 1.16; Hebreus 1.2.

3. Seus atributos (qualidades) – Colossenses 2.9 – em Cristo, diz o texto, habita a plenitude da divindade.

4. Seu relacionamento com João Batista – João 1.15, 30 – João Batista reconheceu a existência de Jesus antes dele.

II. A eternidade do Cristo pré-existente (pré-encarnado)

Eternidade não significa, apenas, que Cristo existia antes de seu nascimento
ou mesmo antes da criação, mas que ele sempre existiu.[7]

Se a eternidade de Cristo for negada, automaticamente, pode-se afirmar que não existe a Trindade, Cristo não possui a divindade absoluta, e ele mentiu. Mas, a Bíblia, afirma claramente a eternidade de Cristo.

1. Em seu relacionamento com Deus, o Pai – Hebreus 1.3. O termo grego usado aqui para expressão exata indica que Cristo é a representação exata da natureza ou essência de Deus.

2. Em seus atributos divinos (eternidade) – Miqueias 5.2; Habacuque 1.12; Isaías 9.6.

3. Ele (Cristo) mesmo afirmou sua eternidade – João 8.58.

4. João afirma claramente a eternidade de Cristo – João 1.1. Se o verbo, que é Cristo, era Deus, então, ele é eterno, pois Deus é eterno!

III. As obras do Cristo pré-existente (pré-encarnado)

Em Sua ação com Criador:

1. Ele estava envolvido na criação de todas as coisas – João 1.3; Cl 1.16; Hb 1.2. Isso é uma demonstração de seu poder – “o fato de ser capaz de criar todas as coisas”.

2. Todas as coisas foram criadas por ele – Cl 1.16. Isso é uma demonstração de suas prerrogativas – “o fato de fazer com que a criação servisse aos seus propósitos”.

3. Ele também sustenta a criação – Cl 1.17. Isso é uma demonstração de sua presença constante – “o fato de que continua a sustentar a criação”.

Concluindo

Em nosso texto base, Gálatas 4.4, para os estudos que introduzimos hoje, observamos que no tempo designado por Deus, isto é, “quando as precisas condições religiosas, culturais e politicas exigidas pelo seu plano perfeito haviam atingido o auge, Jesus veio ao mundo”.[8]

Observamos, também, que o fato de o Pai ter enviado seu filho, Jesus, “ao mundo ensina a respeito de sua preexistência como o eterno membro da trindade!”.[9] (Conf.:     Fp 2.6, 7; Hb 1.3-5; Rm 8.3, 4)


Pr. Walter Almeida Jr.
CBL Limeira – 28/11/2012



[1] T. A. MacMahon – TBC – http:/www.chamada.com.br
[2] T. A. MacMahon – TBC – http:/www.chamada.com.br
[3] T. A. MacMahon – TBC – http:/www.chamada.com.br
[4] T. A. MacMahon – TBC – http:/www.chamada.com.br
[5] Oliveira, Kelson Mota T. – Cristologia – A Pessoa e a Obra de Nosso Senhor Jesus Cristo, pg. 1.
[6] Ryrie, Charles C. – Teologia Básica ao alcance de todos, pg. 273.
[7] Ryrie, Charles C. – Teologia Básica ao alcance de todos, pg. 274.
[8] John MacArthur, Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 1592.
[9] John MacArthur, Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 1592.

domingo, 25 de novembro de 2012

Plena satisfação em Deus pela sua Palavra


Salmo 119.57-64

Introdução

Na semana passada, expomos a sétima estrofe do Salmo 119, 119.49-56, que começa com a sétima letra do alfabeto hebraico Zâyin (z) e significa “arma”. Esta letra é também usada para indicar o numeral 7. Normalmente é transliterada como a letra “z” em português. Nosso tema foi: Centrando a vida na Palavra de Deus.

Terminei afirmando que: vivemos em uma época parecida com a do salmista, então, tomemos a decisão de centrarmos nossas vidas na Palavra de Deus como ele fez.  Assim, descobriremos, também, que as promessas de Deus trazem renovação, que o período de oposição é justamente a hora de se apegar ao ensino do Senhor, que as Escrituras trazem consolo (52), e que os momentos mais difíceis da vida precisam ser enfrentados com observância e vigilância na Palavra de Deus (56).

Nossa estrofe de hoje do Salmo 119 é 119.57-64, e começa com a oitava letra do alfabeto hebraico Hêt que significa “cerca”. Esta letra é também usada para indicar o numeral 8. Normalmente é transliterada como a letra “h ou ch” em português.

Nosso tema de hoje é: Plena satisfação em Deus por sua Palavra.

Quando lemos esta estrofe percebemos que ela, ou o salmista, começa e termina dirigindo-se ao Senhor, falando de sua suficiência para ele e de seu amor perfeito que preenche toda a vida. Observando isso perguntamos: 1º) Como reagimos àquele que é todo suficiente? (vs. 57-60) e 2º) Como vivemos em relação a alguém cujo amor se encontra em toda a parte? (vs. 61-64)

Quando o salmista preparou esta estrofe, acredito, ele tinha em mente “a tribo de Levi que não precisava de nenhuma outra fonte de suprimento além do Senhor”[1] (Josué 13.14, 33; 18.7). Pensando em nos hoje, somos como a tribo de Levi, o Senhor é a nossa porção!

Para a plena satisfação em Deus por sua Palavra, precisamos reagir (vs.57-60) e viver (vs.61-64) coerentemente com e para àquele que é todo suficiente e cujo amor leal alcança toda a nossa vida.

I. Reagindo coerentemente àquele que é todo suficiente – vs.57-60

1. Primeiro, assumir um compromisso de obedecer a Palavra de Deus – v.57.

2. Segundo, buscar de todo o coração a graça de Deus – v.58.

3. Terceiro, analisar e modificar o modo de agir com determinação – v.59.

4. Quarto, obedecer prontamente – v.60.

II. Vivendo coerentemente para àquele cujo amor leal alcança toda a nossa vida – vs.61-64

1. Primeiro, guardando a Palavra na adversidade – v.61.

2. Segundo, organizando a vida para ter tempo para Deus – v.62.

3. Terceiro, buscando e cultivando amizades tementes ao Senhor – v.63.

4. Quarto, reconhecendo em toda situação e lugar a bondade divina – v.64.

Concluindo

1) Em suma, uma vida comprometida com a Palavra de Deus, confiante em suas promessas e conforme os seus estatutos.[2] (vs.57-60)
2)  Portanto, toda situação deve ser usada para agradar a Deus, guardando a Palavra na adversidade, organizando a vida para arranjar tempo para nos deleitarmos com a Palavra e fazendo amizade com os que seguem a Palavra.[3] (vs.61-64)


Pr. Walter Almeida Jr.
CBL Limeira – Nov. 2012


[1] D. A. Carson, Comentário Bíblico Vida Nova, Editora Vida Nova, pg. 859.
[2] D. A. Carson, Comentário Bíblico Vida Nova, Editora Vida Nova, pg. 859.
[3] D. A. Carson, Comentário Bíblico Vida Nova, Editora Vida Nova, pg. 859.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Centrando a vida na Palavra de Deus

Salmo 119.49-56

Introdução

Na semana passada, expomos a sexta estrofe do Salmo 119 – 119.341-48, que começa com a sexta letra do alfabeto hebraico Vav que significa “prego”. Esta letra é também usada para indicar o numeral 6. Normalmente é transliterada como a letra “v” em português. Nosso tema foi: Crescimento constante pela Palavra de Deus.

Nossa estrofe de hoje do Salmo 119 é 119.49-56, e começa com a sétima letra do alfabeto hebraico Zâyin (z) que significa “arma”. Esta letra é também usada para indicar o numeral 7. Normalmente é transliterada como a letra “z” em português.

Nosso tema de hoje é: Centrando a vida na Palavra de Deus.

O salmista estava o que parece pelo texto, vivendo um tempo de angustia (50), de zombaria (53) e do fato de que ninguém se importava mais com nada, inclusive com a Palavra de Deus e o próprio Deus.

Nesse momento, o salmista resolveu continuar centrando sua vida na Palavra de Deus, e descobre que as promessas de Deus trazem renovação (50), que o período de oposição era justamente a hora de se apegar ao ensino do Senhor (51), que as Escrituras trazem consolo (52), e que os momentos mais difíceis da vida precisam ser enfrentados com observância e vigilância na Palavra de Deus (56).

I. Centrando a vida na Palavra de Deus que traz esperança e consolo – v.49, 50

1. v.49 – A esperança vem das promessas de Deus em sua Palavra.

2. v.50 – O consolo do Senhor, para todas as áreas da vida, vem da sua Palavra.
a.      O termo hebraico para consolo aqui é nehamah é a única vez que aparece no texto hebraico do AT. É uma palavra que significa consolação que traz vida.

II. Centrando a vida na Palavra de Deus que fortalece e conforta – vs. 51, 52

1. v.51 – Na hora da zombaria dos incrédulos e religiosos, a Palavra de Deus é quem fortalece a vida do filho de Deus.
a.      O termo hebraico usado para soberbos aqui é zediym e se refere às pessoas que são arrogantes, orgulhosas, insolentes e presunçosas. Descreve bem a condição do coração humano. As pessoas sem Deus querem religião, mas querem nos seus próprios termos. Não querem se aproximar de Deus nas regras que Deus mesmo tem estabelecido.

2. v.52 – O Salmista diz que se recorda dos juízos de Deus no passado e encontra conforto nestas lembranças. Onde podemos encontrar uma descrição dos poderosos juízos de Deus no passado? Onde? Se não na Bíblia!

III. Centrando a vida na Palavra de Deus na indignação e na alegria – vs. 53,54

1. v.53 – O salmista percebe claramente a distinção entre os que são corretos e aqueles que são soberbos e pecadores. Ele se sente indignado por causa da maneira como estas pessoas tratam Deus e Sua Palavra. O que resta para o salmista é o zelo por ela.

2. v.54 O motivo da canção alegre do servo do Senhor é a sua Palavra.
a.      Salmo 40.1-5 – uma bela descrição do cântico dos filhos de Deus.

IV. Centrando a vida na Palavra de Deus para observa-la e guarda-la – vs. 55, 56

1. v.55 – Enquanto a noite é usada pelo ímpio para a permissividade e perversidade, o salmista se deleita no Senhor e na sua Palavra. (conf. Salmo 1)
                                                                                                   
2. v.56 – O que tem acontecido com o salmista por guardar a Palavra de Deus? Ele recebe esperança, consolo, força, conforto, motivo para cantar e ânimo para continuar vivendo na obediência à Palavra de Deus.

Concluindo

Vivemos em uma época parecida com a do salmista, então, tomemos a decisão de centrarmos nossas vidas na Palavra de Deus como ele fez.  Assim, descobriremos também que as promessas de Deus trazem renovação, que o período de oposição é justamente a hora de se apegar ao ensino do Senhor, que as Escrituras trazem consolo (52), e que os momentos mais difíceis da vida precisam ser enfrentados com observância e vigilância na Palavra de Deus (56).


Pr. Walter Almeida Jr.
CBL Limeira – Nov. 2012

sábado, 10 de novembro de 2012

Crescimento constante pela Palavra de Deus


Salmo 119.41-48

Na semana passada, expomos a quinta estrofe do Salmo 119 – 119.33-40, que começa com a quinta letra do alfabeto hebraico He (Rê) que também significa “casa”. Esta letra é também usada para indicar o numeral 5. Normalmente é transliterada como a letra “h” em português. Nosso tema foi: Oração e Compromisso, Oração e Perigos e Oração e Confiança.

Nossa estrofe de hoje do Salmo 119 é 119.41-48, e começa com a sexta letra do alfabeto hebraico Vav que significa “prego”. Esta letra é também usada para indicar o numeral 6. Normalmente é transliterada como a letra “v” em português.

Nosso tema de hoje é: Crescimento constante pela Palavra de Deus.

Nas estrofes anteriores, em busca da excelência da vida na perfeição da Palavra de Deus, a luta foi com “o problema de viver uma vida pura (Bêt) num mundo estranho (Guimel) cheio de pressões (Dálet) e com o coração dividido ()”.[1] Agora, vemos o salmista lembrar que, mais importante que qualquer outra coisa nessa caminhada de fé e obediência as Escrituras, estão as misericórdias e a salvação do Senhor (v.41). A misericórdia sabe, cuida, provê e nunca falha e a salvação livra completamente!

Assim, aqui nessa estrofe, ele expõe que, aquele que é alcançado pela misericórdia (graça de Deus) e é salvo por ela, experimenta crescimento constante pela Palavra de Deus, primeiro no testemunho verbal (v.41-43), segundo no testemunho de vida exemplar (v.44-46) e terceiro num coração que ama a Palavra (v.47, 48).

I. Testemunho constante pela Palavra de Deus no testemunho verbal – v.41-43

1. v.41 – O salmista reconhece que a vida não é fácil, mas, com a misericórdia e a salvação de Deus, é possível caminhar crescendo e testemunhado como servo de Deus. Para ele, a misericórdia do Senhor é como um rio que flui sem nunca parar, sem nunca secar. Este é o motivo porque ele diz: “Venham também sobre mim as tuas misericórdias...”.

a.    No NT o apóstolo Paulo também dá testemunho desta verdade em 2 Coríntios 4.7-10!
b.   Leiamos o que diz o profeta Jeremias em Lamentações de Jeremias 3.21 a 25.

“Toda esta bondade e todas estas misericórdias refletem o caráter de Deus que é chamado de Pai de misericórdias e Deus de toda consolação – 2 Coríntios 1.3. Tudo isto se traduz em uma coisa apenas: Deus é o único capaz de nos salvar. Este é o motivo porque precisamos confiar exclusivamente em Deus e na maravilhosa obra de salvação que Ele fez através do Senhor Jesus Cristo. Deixemos de lado todas as coisas e nos voltemos de todo coração para Deus”.[2]

2. v.42-43 – Os conhecem a misericórdia e a salvação do Senhor falam sobre isso:

a. v.42 – com confiança, mesmo ao questionador hostil. Podemos confiar que a Palavra de Deus responderá até mesmo aos que nos insultam. Jesus falou sobre isso em Mateus 13.11 e João 14.26.
b. v.43 – na dependência da vontade divina. (João 15.5)

Mas, dentro de nossas limitações, precisamos estar preparados para responder àqueles que nos perguntarem sobre a razão da nossa esperança e fé. Pedro falou muito bem sobre isso em 1 Pedro 3.13-17.

II. Testemunho constante pela Palavra de Deus na vida exemplar – v.44-46

1. v.44 – O testemunho verbal eficiente requer o contexto de uma vida obediente. O salmista entendia isso e se comprometeu com o Senhor – Observarei de continuo e para todo sempre a tua lei!

2. v.45 – Uma vida que demonstra a verdadeira liberdade que a obediência a Palavra de Deus traz.

a.  No NT Paulo, Tiago e Pedro falam sobre a liberdade em Cristo – Gálatas 5.1, 13; Tiago 1.25; 2 Pedro 2.16.

b.  Pedro fala, também sobre a obediência – 1 Pedro 1.2, 22.

3. v.46 – Testemunhando assim, com a vida debaixo da poderosa mão de Deus, não há embaraço nem medo, mesmo testemunhando diante das maiores autoridades.

III. Testemunho constante pela Palavra de Deus de um coração que a ama – v.47, 48

Esses versos têm “como elo o amor pela Palavra, pois a boca que fala a Palavra (42, 43) e a vida que a exemplifica (44-46) têm de brotar de um coração que ama”.[3]
                            
1. v.47 – A alegria do amor pela Palavra de Deus!

2. v.48 – A oração, a adoração e a meditação na Palavra de Deus, por amor a ela e ao Deus da Palavra.

Não podemos esquecer do que Jesus falou sobre o coração – Mateus 6.21; Lucas 6.45.

Concluindo

Esses versos do Salmo 119 também nos lembram que “a Palavra falada, primeiramente deve ser apropriada (41), confiada (42b, 43b), obedecida (44), procurada (45) e amada (48)”.[4]

Que o Senhor ajude aos que já experimentaram a graça salvadora de Deus manifestada aos homens (Tt 2.11), a com amor e fidelidade à sua Palavra, testemunharem por palavras e atitudes daquilo que está no coração. Paulo diz que essa é a palavra da fé que pregamos, a que está no coração. (Romanos 10.8)

Pr. Walter Almeida Jr.
CBL Limeira – Nov. 2012




[1] D. A. Carson, Comentário Bíblico Vida Nova, Editora Vida Nova, pg. 858.
[2] Exposição do Salmo 119 – A Excelência da Palavra de Deus – Rev. Alexandros Meimaridis – pg. 19.
[3] D. A. Carson, Comentário Bíblico Vida Nova, Editora Vida Nova, pg. 858.
[4] Comentário Cultura Bíblica, Introdução e Comentário dos Salmos 73-150, Mundo Cristão, pg. 438.  

domingo, 4 de novembro de 2012

Oração e Compromisso, Oração e Perigos e Oração e Confiança



Salmo 119.33-40

Introdução

Na semana passada, expomos a quarta estrofe do Salmo 119 – 119.25-32, que começa com a quarta letra do alfabeto hebraico Dálet. Vimos que, assim como as outras letras do alfabeto hebraico, essa quarta letra tem um significado – porta, e também pode ser usada para indicar o número 4.

Observamos que o salmista apresenta aqui um tempo de tribulação que ele enfrentou ou estava enfrentando na sua caminhada de fé e busca de uma vida obediente à Palavra de Deus. Mas que, acima de qualquer coisa, o tempo de tribulação na vida do servo de Deus, deve ser um tempo de oração e de compromisso especial com o Senhor.

Nossa estrofe de hoje do Salmo 119 é 119.33-40, e começa com a quinta letra do alfabeto hebraico He (Rê) que também significa “casa”. Esta letra é também usada para indicar o numeral 5. Normalmente é transliterada como a letra “h” em português.

Nosso tema de hoje é: Oração e Compromisso, Oração e Perigos e Oração e Confiança. O salmista expressa sua dependência de Deus em nove pedidos de oração nos oito versos da estrofe: Ensina-me (33); Dá-me (34); Guia-me (35); Inclina-me (36); Desvia e vivifica-me (37); Confirma (38); Afasta (39); e vivifica-me (40).

O que ameaça o crescimento na obediência à Palavra de Deus, no caminho do Senhor (32), não é o ambiente hostil onde vive o forasteiro da fé, nem as dificuldades vividas na peregrinação aqui, “e sim, o coração inconstante que deseja obedecer (34), mas pode ser facilmente atraído para propósitos egoístas (36) e a seguir as seduções dos olhos (37). Portanto, há uma tensão dentro do próprio coração: a lealdade do coração ameaçada pela deslealdade do coração”.[1]

A solução que o salmista apresenta para isso é a oração, pois “só o Senhor pode manter o caminho obediente (33), o coração integro (34), guiar-nos à verdadeira felicidade (35), impedir-nos de buscar coisas que não têm valor (36, 37), livrar-nos das frustrações (39) e renovar as fontes da vida (40)”.[2]

A estrofe se divide em três partes: 1ª) Oração e Compromisso – vs.33-35; 2ª) Oração e Perigos – vs.36, 37; 3ª) Oração e Confiança – vs.38-40.

I. Oração e Compromisso – vs.33-35

1. v.33 – Ensina-me, SENHOR, o caminho dos teus decretos, e os seguirei até ao fim.

a.      Oração – Ensina-me...

b.      Compromisso - ... seguirei até o fim.

2. v.34 – Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei; de todo o coração a cumprirei.

a.      Oração – Dá-me entendimento...

b.      Compromisso - ... e guardarei a tua lei; de todo o coração a cumprirei.

3. v.35 – Guia-me pela vereda dos teus mandamentos, pois nela me comprazo.

a.      Oração – Guia-me...

b.      Compromisso – ... me comprazo.

II. Oração e Perigos – vs.36, 37

1. v.36 – Inclina-me o coração aos teus testemunhos e não à cobiça.

a.      Oração – Inclina-me...

b.      Perigo – ... cobiça.

2. v.37 – Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaidade, e vivifica-me no teu caminho.

a.      Oração – Desvia os meus olhos... e vivifica-me no teu caminho.

b.      Perigo – ... vaidade...

III. Oração e Confiança – vs.38-40

1. v.38 – Confirma ao teu servo a tua promessa feita aos que te temem.

a.      Oração – Confirma ao teu servo a tua promessa...

b.      Cuidado – ... aos que te temem.

2. v.39 – Afasta de mim o opróbrio, que temo, porque os teus juízos são bons.

a.      Oração – Afasta de mim o opróbrio, que temo...

b.      Cuidado – ... porque os teus juízos são bons.

3. v.40 – Eis que tenho suspirado pelos teus preceitos; vivifica-me por tua justiça.

a.      Oração – ... vivifica-me por tua justiça.

b.      Cuidado – ... pelos teus preceitos...

Concluindo

Em sua vida de oração por uma vida obediente a Palavra de Deus o salmista nos ensina que ao orarmos devemos assumir um compromisso de coração, de guardar o nosso coração, na confiança de que Deus, pela sua Palavra, nos dará forças para vencermos aos apelos do mundo, do pecado e da carne e seguirmos firmes na obediência as Escrituras.

Pr. Walter Almeida Jr. 
CBL Limeira – Nov. 2012


[1] D. A. Carson, Comentário Bíblico Vida Nova, Editora Vida Nova, pg. 858.
[2] D. A. Carson, Comentário Bíblico Vida Nova, Editora Vida Nova, pg. 858.