Filemom 4-7
Introdução
No estudo anterior, na introdução ao estudo,
vimos o seguinte:
1) Que segundo Carlos
Oswaldo Pinto em seu livro Foco e Desenvolvimento no Novo Testamento, o
propósito de Filemom é “encorajar a
aplicação completa do princípio da igualdade dos irmãos em Cristo por meio do
perdão de Onésimo, o escravo, por Filemom, um senhor de escravos”.
2) Que ela é, na verdade,
uma das cartas pessoais de Paulo e foi chamada de “a obra prima da arte de escrever cartas”. Foi escrita por volta de
62 (61) d.C. quando Paulo estava em sua primeira prisão em Roma. Outras cartas escritas neste período foram:
Efésios, Filipenses e Colossenses.
3) Possivelmente, Filemom,
juntamente com Arquipo eram líderes (anciãos) da igreja em Colossos. O que se
vê na carta, também, é que Filemom colocava a sua casa a disposição da igreja –
(v.2)... e à igreja que está em tua casa...
4) O assunto principal da
carta é um escravo chamado Onésimo, nome
grego comum que significa útil. Ele era escravo de Filemom e tinha fugido
de casa, possivelmente roubando alguma coisa, ou, tinha fugido por roubar algo
(v.18, 19), o que lhe custaria a vida, segundo as leis romanas.
Na exposição do texto vimos:
1) Que no v.1 Paulo vê: Jesus acima de si, Filemom diante de si e Timóteo ao seu lado.
2) No v.2 quem era Áfia, Arquipo e a Igreja em Colossenses.
3) E no final, no v.3, graça e paz – charis shalom!
Hoje, vamos expor o texto com o tema:
“Marcas do Verdadeiro Cristianismo”
I. Dou
graças ao meu Deus, lembrando-me, sempre, de ti nas minhas orações... (v.4)
1.
Lembrança que leva a
oração –
esse poderia ser o tema desse versículo!
2.
Paulo não se lembrava de Filemom de vez em quando, mas como ele mesmo
afirma: “... lembrando-me, sempre, de ti...”.
3.
Assim como Paulo, não devemos deixar que as circunstâncias da nossa
vida cotidiana atrapalhem nossa vida de oração!
4.
Leia e medite comigo em Filipenses 4.6 – Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas,
diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de
graças.
5.
Vemos aqui que Paulo agradecia a Deus por Filemom e isso nos ensina
que: a) Paulo se ocupava intimamente com
seus colaboradores e; b) Paulo
conseguia alegra-se com seus irmãos em Cristo que estavam realizando a obra de
Deus. Observe o que ele diz em Romanos 12.15 – Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.
6.
Três perguntas para reflexão: 1ª) Somos
pessoas que se alegram com o sucesso de outras pessoas e louvamos a Deus por
isso? 2ª) Somos pessoas que se
preocupam intimamente com outras pessoas a ponto de intercedermos por elas?
3ª) Somos
o tipo de pessoa pelo qual os outros quando se lembram de nós louvam a Deus?
II. ...
estando ciente do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e todos os
santos... (v.5)
Quando Paulo se lembrava
de Filemom, de que ele se lembrava nele? Amor e fé!
Isso indica que a fé de Filemom produzia o fruto
do amor! A fé desse homem não era uma fé
qualquer, mas sua fé era em Jesus e
seu amor, também não era um amor qualquer, mas amor por todos os santos.
Uma coisa a notar aqui é
que Paulo coloca o amor antes da fé,
diferente do que faz em
outras cartas, observe comigo:
Efésios 1.15 – Por isso, também
eu, tendo ouvido da fé que há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com todos
os santos...
Colossenses 1.3, 4 – Damos
sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós,
desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com
todos os santos...
Assim Paulo quis dizer que: As pessoas viam,
sentiam e experimentavam o seu amor e sabiam: esse homem tem uma fé profunda em
Jesus Cristo.
Leia e pense comigo o que Lucas falou a respeito
de Jesus em Atos 1.1: Escrevi o primeiro
livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a
ensinar...
Amados, devemos considerar esse ensino de modo
muito especial e procurar viver nossa fé de modo prático, como nos é ensinado
em:
1 João 3.18 – Filhinhos, não
amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.
Tiago 1.22-25 – (22)
Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos
a vós mesmos. (23) Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante,
assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; (24)
pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a
sua aparência. (25) Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei
da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante,
esse será bem-aventurado no que realizar.
III. ...
para que a comunhão da tua fé se torne eficiente no pleno conhecimento de todo
bem que há em nós, para com Cristo. (6)
As marcas do verdadeiro cristianismo não são
apenas uma vida de oração e a pratica da fé pelo amor, mas inclui também a comunhão da fé eficiente que leva ao pleno
conhecimento de todo o bem que há em nós, para com Cristo. Amados, essa nossa
comunhão da fé começa com Deus! Observe comigo alguns textos:
ð
1 João 1.3 – ... o que temos visto
e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais
comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho,
Jesus Cristo.
Atos 2.42 – E perseveravam na
doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.
1 Coríntios 1.9 – Fiel é Deus,
pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.
1 Coríntios 10.16 – Porventura,
o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão
que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?
1 João 1.6 – Se dissermos que
mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a
verdade.
1 João 1.7 – Se, porém,
andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
2 Coríntios 6.14 – Não vos
ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver
entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?
... para
com Cristo. (v.6b) – demonstra que devemos viver nossa vida a partir de Jesus e em
direção a Ele, como está escrito em:
Hebreus 12.2 –... olhando
firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria
que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está
assentado à destra do trono de Deus.
Romanos 11.36 – Porque dele, e
por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória
eternamente. Amém!
IV. Pois,
irmão, tive grande alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos
santos tem sido reanimado por teu intermédio. (v.7)
1.
Pois, irmão, tive grande
alegria e conforto no teu amor... (v.7a) – o amor de Filemom trouxe grande alegria
e conforto a Paulo na prisão em Roma. Que amor é esse? É o amor de Deus, mas no
fruto do Espírito – Gálatas 5.22, 23 – Mas
o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
Observemos outros textos:
1 Coríntios 13.13 – Agora, pois,
permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o
amor.
Mateus 22.36-40 – Mestre, qual
é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus,
de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é
o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os
Profetas.
1 João 4.20, 21 – Se alguém
disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a
seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte
dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão.
2.
... porquanto o coração dos
santos tem sido reanimado por teu intermédio. (v.7b)
A palavra grega traduzida por reanimado no v.7 é a mesma usada por
Jesus em Mateus 11.28 – Vinde a mim,
todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Amados irmãos devemos estas cientes e ter consciência de que o nosso modo
de viver sempre influenciará as outras pessoas – ou para o bem ou para o mal!
Por isso devemos observar o que João diz: ... aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim
como ele andou. 1 João 2.6
Conclusão
Então as marcas do verdadeiro cristianismo são:
Vida de Oração,
Pratica da Fé pelo Amor,
Comunhão de Fé Eficaz e
Vida cristã prática!
Pr. Walter Almeida Jr.
PIBLI Limeira
Estudo para EBD na IBL Marincek em Ribeira Preto - Agosto 2012)
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Bibliografia
Bíblia de Estudo MacArthur - ARA - SBB
Estudo da Epístola a Filemom - Norbert Lieth - Actual Edições
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