João 17.1-3
No
primeiro estudo da quarta parte do Credo Apostólico, com o tema: A Igreja e os benefícios que Deus tem nos
concedido (1), vimos:
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Em dois pontos: 1º) Santa Igreja Universal; e
2º) A comunhão dos santos.
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O que diz o Manual de Fé dos Batistas Livres:
A igreja de
Deus, ou os membros do corpo de Cristo, é o conjunto de todos os crentes ao
redor do mundo e da qual só participam os indivíduos regenerados. Uma igreja
cristã é um grupo organizado de crentes em Cristo que se reúne regularmente a
fim adorar a Deus, observando as ordenanças do evangelho segundo as Escrituras.
Os crentes são admitidos nessa igreja apresentando provas de sua fé em Cristo,
obtendo o consentimento do grupo, sendo
batizado e
recebendo a destra de comunhão.
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Que a igreja em
sua forma visível é defeituosa em dois aspectos: 1º) ela é composta de
cristãos ainda pecadores; e 2º) ela possui em seu meio pessoas não
convertidas.
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Terminamos com a afirmação de que
a autenticidade da Igreja está ligada a três marcas: A pregação fiel da Palavra de Deus, a administração correta das
ordenanças e o exercício bíblico da disciplina. (Cf. Mt 28.18-20)
Hoje,
vamos ver o segundo estudo na quarta parte do Credo Apostólico (Creio... na remissão
dos pecados; na ressurreição do corpo;
na vida eterna . Amém .),
e faremos isso em três pontos. 1º) Creio
na remissão de Pecados; 2º) Creio
na ressurreição do corpo; e 3º) Creio na vida eterna.
I. Creio na remissão de Pecados
Porque
afirmamos que cremos na remissão de nossos pecados? Por que a Bíblia e o
Espírito Santo garantem a redenção que nos livra de toda condenação e culpa.
1. A Bíblia assegura o perdão dos
nossos pecados – Sl 103.3, 12; Jr
31.34; Mq 7.19; 2Co 5.19. “Por meio da satisfação oferecida por Cristo,
Deus o Pai perdoa os nossos pecados e os separa de nós, uma vez que toda a
ofensa é castigada em Jesus Cristo”.[1] (Cf. Sl 103.10; 2CO 5.21; 1Jo 1.7; Cl 2.10)
2. O Espírito Santo assegura o
perdão dos nossos pecados – Rm 5.5;
8.1, 2, 15, 16; 2Co 1.22; 5.5; Ef
1.14. Não apenas os nossos pecados, mas, também, a nossa natureza
pecaminosa é coberta pela justiça de Deus o Filho. Porque fomos cobertos com a
perfeição de Cristo, Deus sempre nos acolhe como filhos e jamais nos trata
segundo os nossos pecados.
Quando
nascemos de novo, logo após a nossa conversão, dá-se início a uma luta diária
contra a nossa natureza pecaminosa e o Espírito Santo, pela Palavra de Deus,
pelas ordenanças, pela oração, pelo culto e pela comunhão, transforma-nos de
glória em glória, conforme o padrão de Jesus Cristo, o homem perfeito. “O
Espírito Santo é o santificador que faz o que era impossível à Lei: ele nos
purifica de dentro para fora, guiando-nos, transformando-nos e produzindo em
nós o seu fruto”.[2]
(Cf. Hb 12.9-10; 1Pe 1.13-16; 2Co 3.17,
18; Rm 8.3, 4, 14, 29; Gl 5.22-25)
II. Creio na ressurreição do corpo
Jesus
Cristo não ressuscitou apenas para a nossa justificação, mas, também, para
garantir que seremos ressuscitados em glória, assim como ele foi – Rm 4.25; Fp 3.20, 21; 1Jo 3.2.
Em
1Coríntios 15, o apóstolo Paulo
trata de um dos mais gloriosos temas de todos os seus escritos – a
certeza da ressurreição de Jesus Cristo e a dos crentes.
Na
igreja em Corinto os crentes aceitavam e criam na ressurreição de Cristo; mas
sob a influência da filosofia grega, alguns duvidavam da ressurreição física dos
cristãos. Por isso, Paulo, escreveu combatendo essa fraqueza doutrinária que
estava se estabelecendo na igreja. Seu método foi positivamente claro. Primeiro
ele examinou a certeza da ressurreição, desenvolvendo a necessária conexão
entre a ressurreição de Cristo e a dos crentes (vv.1-34). Depois fez um exame de certas objeções (vv.35-57). E concluiu com um apelo
extraordinário (v.58).
Ele,
também, apresentou um argumento de cunho apologético incontestável sobre
ressurreição de Jesus Cristo nos versículos seguintes:
vv.5-8 – Esta passagem é a declaração escrita mais antiga que possuímos da
evidência histórica da ressurreição de Cristo. A relação das testemunhas parece
estar em ordem cronológica. Os Evangelhos registram nove aparições distintas do
Senhor ressuscitado.
vv.9-11 – Aqui, ele faz uma ligação da certeza da ressurreição
com a mensagem apostólica. E, assim, tomando
a fé dos irmãos em Corinto na ressurreição do Senhor como ponto de partida, prova
logicamente que isso envolve a fé na ressurreição física de todos os outros,
que estão nele (vv.12-20).
Veja
o que o próprio Jesus falou sobre isso – João
6.40, 44, 54.
III. Creio na vida eterna
Deus
o Pai, pelo Espírito Santo, dá continuidade à obra iniciada na regeneração, até
a nossa glorificação final[3] – Fp 1.6; Jo 5.24, 25.
A
vida cristã e a vida eterna começa para uma pessoa quando ela nasce de novo.
Quando uma pessoa se une a Jesus Cristo pela fé, recebe a vida que ele lhe dá,
e como a vida dele é eterna, o convertido recebe a vida eterna, que passa a
curtir, já, neste mundo. (Cf. Jo 3.36;
5.24; 6.17; 1Jo 5.11-13; Jo 10.28)
A
vida eterna que Jesus oferece a todos quantos o receberem tem algumas
particularidades importantes: 1) Ela é um dom gratuito de Deus – Rm 6.23; 2) Ela é um conhecimento
pessoal de Deus – Jo 17.3; 3) Ela
é concedida direta e pessoalmente por Jesus – Jo 10.28; 17.2.
Mas,
a vida eterna que começa aqui, quando recebemos a Jesus Cristo como nosso
Salvador suficiente, não tem fim, é eterna de verdade. Pois, ao cessar a nossa
vida terrena, “nossas almas serão levadas imediatamente até Cristo e aguardarão
a ressurreição, em estado de bem-aventurança consciente”[4]. Na
volta de Cristo, “nossas almas serão novamente unidas a nossos corpos
ressurretos, que serão semelhantes ao corpo glorioso”[5] do
Senhor Jesus – 1Ts 4.13-18; 1Co 15.53,
54.
Veja comigo a pergunta
58 do Catecismo de Heidelberg:
Que consolo
traz a você o artigo sobre a vida eterna?
Meu consolo é
que, como já percebo no meu coração o início da alegria eterna, depois desta
vida terei a salvação perfeita. Essa salvação nenhum olho jamais viu, nenhum
ouvido ouviu e jamais surgiu no coração de alguém.
Então, louvarei
a Deus eternamente.
Concluindo
O
cristão vive sob a luz da eternidade. Sua vida possui significado porque ele
sabe de onde vem e para onde vai[6] – 2Tm 1.12.
Por
que cremos em Jesus Cristo como nosso Salvador suficiente, recebemos a remissão
dos nossos pecados, a certeza da ressurreição do nosso corpo mortal e o dom
gratuito de Deus, a vida eterna!
Quero
concluir com uma declaração de Jó:
Porque eu
sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de
consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, Vê-lo-ei,
por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso
os meus rins se consomem no meu interior.
Jó 19.25-27
Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira – 14/02/15
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