terça-feira, 28 de outubro de 2014

Panorama do AT – Levítico (3) Terceira Parte: A maneira apropriada para a consagração de toda a vida a Deus

Levítico 17-27

No estudo anterior, na segunda parte do livro de Levítico, vimos:

ü Em três pontos, para melhor compreensão, a maneira apropriada para a pureza física, moral e espiritual: 1º) A maneira apropriada para a pureza física Lv 11-15; 2º) A maneira apropriada para a pureza moral Lv 11.44, 45; e 3º) A maneira apropriada para a pureza espiritualLv 16.

ü Terminamos com as lições da primeira parte: 1ª) Deus tem interesse em nós de modo integral – quem somos, o que temos e o que fazemos. (Rm 12.1, 2); 2ª) O que fazemos para Deus só tem valor se a intenção pela qual fazemos é para glorificá-lo e para o estabelecimento do Seu reino. (1Co 10.31); 3ª) Nunca devemos esquecer quem somos, pecadores, que precisam de perdão continuo da parte de Deus. E isso só acontece se confessarmos os nossos pecados, porque ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. (1Jo 1.9)

Hoje, vamos terminar o estudo de Levítico, na terceira parte: A maneira apropriada para a consagração de toda a vida a Deus Lv 17-27.

Essa parte do livro faz um detalhamento de “como ser aceitável a Deus por meio de uma vida de obediência.”[1] Assim sendo, vamos tratar esses capítulos em três pontos: A maneira apropriada para a consagração de toda a vida a Deus: 1º) Exigia comportamento sexual e social corretos Lv 17-20; 2º) Exigia a celebração das festas religiosas e da adoração sinceraLv 21-24; e 3º) Exigia o uso da Terra Prometida de maneira compatível com o caráter de Deus – Lv 25-27.

I. A maneira apropriada para a consagração de toda a vida a Deus:
1º) Exigia comportamento sexual e social corretos – Lv 17-20

1. Antes de tratar dos relacionamentos corretos, Deus, exige do seu povo “uma visão correta da singularidade dos sacrifícios instituídos por Moisés e da importância do sangue como substituto (em favor de e em lugar de) para a vida”[2] Lv 17.

2. A presença de Deus entre o seu povo exigia um padrão de santidade para cada tipo de relacionamento em Israel – Lv 18-20.

a. Santidade na conduta sexual em contraste com as nações vizinhas – Lv 18:

ð Israel deveria ser uma nação diferente – vv.1-5;
ð Relações incestuosas eram totalmente proibidas – vv.6-18;
ð Perversões sexuais, em suas diversas formas, eram proibidas – vv.19-23;
ð Desfrutar das bênçãos de Deus em Canaã dependia da obediência à exigência de santidade por parte de Deus – vv.24-30.[3]

b. Santidade nos relacionamentos interpessoais devido ao caráter de Deus – Lv 19.

c. Santidade na execução das punições prescritas por Deus – Lv 20.

II. A maneira apropriada para a consagração de toda a vida a Deus:
2º) Exigia a celebração das festas religiosas e da adoração sincera – Lv 21-24

1. Antes de tratar das festas religiosas que Israel deveria observar, Deus, trata da vida e das atitudes dos sacerdotes – Lv 21-22.

a.  Os sacerdotes deveriam ter uma vida sem contaminação – 21.1-9;

b. Os sacerdotes deveriam ser o exemplo máximo de pureza e separação – 21.10-15;

c. Os sacerdotes deficientes eram isentos do serviço mas, não do sustento – 21.16-24;

d.  A conduta sacerdotal em relação as coisas sagradas e sua atitude para com as ofertas sagradas deveriam trazer honra à santidade de Deus – 22.1-30;

e.  A obediência dos sacerdotes às ordens divinas deveria revelar a santidade de Deus – 22.31-33.

2.   A presença de Deus entre o seu povo exigia a celebração meticulosa de Suas festas religiosas – Lv 23.[4]

a.  O sábado – deveria ser desfrutado como um dia sagrado – vv.1-3. É o sinal da aliança mosaica e aponta para o descanso oferecido por Cristo ao crenteÊx 31.13-17; Hb 4.1-11.

b.  A Páscoa – deveria ser celebrada abrindo o calendário litúrgico de Israel – vv.4, 5. Recapitulava a redenção do Egito e contemplava a redenção em CristoÊx 12.1-30; 1Co 5.7.

c. A Festa das pães ázimos – deveria ser celebrada com assembléias e sacrifícios públicos – vv.6-8. Relembrava a saída às pressas dos Egito e apontava a comunhão pura com o MessiasÊx 13.1-10; 1Co 5.7, 8.

d. A Festa das Primícias – deveria ser celebrada na Terra Prometida com a apresentação de um molho de espigas de cevada e sacrifícios dedicatórias – vv.9-14. Antecipada as boas colheitas que Deus lhes daria em Canaã e apontava para a ressurreição de Cristo1Co 15.20-23.

e. A Festa das Semanas – deveria com ofertas de cereais, holocaustos e uma oferta pela pecado em favor da nação – vv.15-21. Antecipava a plena alegria pela plena colheita de grãos e apontava para as bênçãos espirituais do PentecostesAt 2.1-4.

f.   A Festa das Trombetas – deveria ser celebrada com um dia de descanso e um holocausto buscando o favor de Deus para com a nação – vv.23-25.

g.  O Dia da Expiação – deveria ser celebrada com um dia de descanso e jejum, e os sacrifícios prescritos – vv.26-32; cf. Lv 16. Retratava a necessidade de purificação eficaz do pecado e apontava para a propiciação efetuada por Cristo sobre a cruzHb 9.7; 10.3, 19-22.

h.   A Festa dos Tabernáculos – deveria ser celebrada com ofertas dedicatórias e a permanecia em abrigos temporários para recordar a peregrinação no deserto – vv.33-44. Relembrava a peregrinação no deserto e apontava a futura alegria de Israel no reino messiânicoZc 14.16.

3.  A presença de Deus entre o seu povo exigia provisão suficiente dos elementos de culto e uma rápida punição para aqueles que menosprezassem o objeto da adoração de Israel, o Deus Vivo e Verdadeiro – Lv 24.

III. A maneira apropriada para a consagração de toda a vida a Deus: Exigia o uso da Terra Prometida de maneira compatível com o caráter de Deus – Lv 25-27

1.  As atividades de Israel em Canaã deveriam ser orientadas pelos princípios do descanso sabático e da redenção – Lv 25.
                                                                                      
2.  A conduta de Israel deveria ser orientada pelas cláusulas pactuais de bênção e maldição impostas por Deus – Lv 26.

3.  Os atos de dedicação voluntária a Deus além dos requisitos da aliança nunca deveriam ser considerados opcionais – Lv 27. A origem divina dos regulamentos mosaicos de Levítico é declarada mais uma vez no último versículo do livro:
Estes são os mandamentos que o SENHOR ordenou a Moisés,
para os filhos de Israel, no monte Sinai.
Lv 27.34

Concluindo – Lições da terceira parte do livro de Levítico:

1) Nossas relações devem ser marcadas pelo amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espirito Santo que nos foi dadoRm 5.5; 12.9-21.

2) Nossa adoração a Deus em nossas celebrações deve ser verdadeiraJo 4.23, 24.

3)   Tudo o que Deus tem nos dado deve ser usado para sua glória1Co 10.31.

Pr. Walter Almeida Jr.



[1] MacArthur, John. Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 146.
[2] Pinto, Carlos Osvaldo Cardoso. Foco e Desenvolvimento no Antigo Testamento, Editora Hagnos, Primeira Edição, 2006, p. 113.
[3] Ibid., p. 114.
[4] A exposição das Festas Religiosas segue uma transcrição direta com modificações pessoais das páginas 117 e 118 do livro de Carlos Osvaldo Cardoso Pinto – Foco e Desenvolvimento no Antigo Testamento, Editora Hagnos, Primeira Edição, 2006.

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