domingo, 28 de setembro de 2014

Panorama do AT – Levítico (1) Primeira Parte: A maneira apropriada para aproximar-se de Deus e cultuá-lo

Levítico 1-27 (1-10)

Nos estudos anteriores no livro de Êxodo, vimos:

ü  1º) A ação de Deus no livramento de Israel do cativeiroÊx 1-18; 2º) A ação de Deus oferecendo a Israel uma regra para a vida sob a promessaÊx 19-31; 3º) A ação de Deus fazendo-se presente no meio do Seu povoÊx 32-40.

Hoje, vamos começar o estudo panorâmico do livro de Levítico, fazendo uma breve introdução ao livro e vendo a sua primeira parte.

I. Introdução ao Livro de Levítico

Como todos os livros do Antigo Testamento, Levítico, tem um título hebraico que vem da primeira palavra do livro “E chamou...” (Lv 1.1a), e um que provem da versão grega do AT, a Septuaginta, que passou para a versão latina, a Vulgata, que é o nome Levítico e significa: “assuntos dos levitas ou o que é relativo aos levitas”.

“As questões relativas à autoria e à data são resolvidas pelo versículo final do livro – Estes são os mandamentos que o SENHOR ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai.[1] (Lv 27.24; cf.: 7.38; 25.31; 26.46) Portanto, o autor é Moisés e “a data do livro é praticamente a mesma de Êxodo, uma vez que um intervalo de um mês e meio pode ser postulado entre a consagração do Tabernáculo em Êxodo 40.17 (1º de Nisã, 1445 a.C.) e a partida de Israel do Monte Sinai.”[2] (Nm 10.11) A comunicação das leis e normas a Moisés ocorreu durante o ano que o povo passou acampado ao pé do monte Sinai. Esdras afirmou a autoria de Moisés (Ed 6.18), bem como, Jesus atestou a autoria mosaica do livro – Mc 1.44; cf.: Lv 13.49.

Vinte dos vinte e sete capítulos do livro começam da seguinte forma: Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo...”, ou semelhantes. Em sua maioria, Deus manda que Moisés transmita uma mensagem a Israel ou a Arão e aos seus filhos. (cf.: 1.1; 4.1; 6.1; 8.1; 11.1; 12.1) A maior parte do material do livro apresenta mensagens vindas diretamente de Deus para Moisés.[3] Em 56 ocasiões Deus falou estas palavras a Moisés que as anotou pessoalmente ou providenciou seu registro.[4]

Ao ler Levítico é necessário ter em mente o seu caráter orientador: ele é como um capítulo fundamental da Lei, isto é, para a história impar do povo de Deus, constituída no e pelo Pentateuco: trata de um Deus santo e de um povo chamado a ser santo.[5]

Levítico apresenta o plano de Deus para ensinar o Seu povo escolhido a se aproximar d’Ele de maneira santa. Um destaque especial foi dado às funções sacerdotais, tornando reverente e santa esta aproximação a Deus.[6]

Então, o propósito geral do livro é a instrução sobre a adoração reverente nacional e individual a Deus em sua santidade, apresentando as condições para que Israel se aproximasse d’Ele e preservasse Sua presença santa entre o povo. E a sua ênfase principal é a santidade de Deus e a Sua exigência de santidade por parte de seu povo.[7]

Levítico, não apenas, “prescreve as condições para que Israel desfrutasse da presença e da bênção de Deus”[8], da adoração apropriada e da pureza ritual, mas, ele “estabelece uma ampla variedade de responsabilidades pessoais, familiares, sociais e econômicas, todas elas com o objetivo de capacitar Israel a manter o seu caráter nacional de santidade, para o qual Deus o havia criado”.[9] “Pode, com toda a propriedade, ser interpretado como um guia abrangente, que mostra como Israel devia por em prática, na rotina da vida cotidiana, à grande promessa feita no monte Sinai”[10]: E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo – Êx 19.6.

O nosso estudo panorâmico de Levítico será dividido em três partes: 1ª) A maneira apropriada para aproximar-se de Deus e cultuá-lo Lv 1-10; 2ª) A maneira apropriada para a pureza física, moral e espiritualLv 11-16; e 3ª) A maneira apropriada para a consagração de toda a vida a DeusLv 17-27.

Hoje, após essa breve introdução, vamos estudar a primeira parte de Levítico:
A maneira apropriada para aproximar-se de Deus e cultuá-lo – Lv 1-10.

II. A maneira apropriada para aproximar-se de Deus e cultuá-lo – Lv 1-10

Levítico começa onde Êxodo termina. Assim que a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o Tabernáculo (Êx 40.34)... ...chamou o Senhor a Moisés, e falou com ele da tenda da congregação... (Lv 1.1).
Deus, agora, instruiu Moisés com o conteúdo de Levítico.

1. Através dos sacrifícios estabelecidos por Deus – 1.3-7.38

Temos aqui nesses seis capítulos a regulamentação da apresentação das ofertas e sacrifícios como demonstração de gratidão a Deus, como sinal de arrependimento diante de Deus e como expiação de algum pecado cometido. Essas ofertas ou sacrifícios são cinco e estão agrupados em três categorias: de consagração, de comunhão e de perdão (expiação).

a.  Ofertas ou sacrifícios de consagração – eram de dois tipos: 1º) Holocaustos – ato voluntário de adoração que expressava a consagração do ofertante a Deus no contexto da expiação (Lv 1) – O elemento para essa oferta era um de gado bovino, ou de ovino/caprino ou uma ave sem defeito. O animal era oferecido de acordo com a situação econômica do ofertante; 2º) Oferta de Manjaresato voluntário de adoração que expressava a devoção do ofertante a Deus (Lv 2) – Os elementos para essa oferta eram: grãos, flor de farinha, azeite, incenso, pão cozido sem fermento e sal.

b.  Ofertas ou sacrifícios de comunhão – um tipo: Sacrifícios pacíficosato voluntário de adoração que expressava a gratidão e o louvor do ofertante e o seu desejo de comunhão com Deus (Lv 3) – O elemento para esse sacrifício era de gado bovino, ou de ovino, ou de caprino.

c.  Ofertas ou sacrifícios de perdão – dois tipos: 1º) para os pecados involuntários de comissão e omissão e para as impurezas cerimoniais (4.1-5.13) – temos aqui a descrição do tipo de pessoa e do elemento para o sacrifício: sacerdote ungido4.3-12; a congregação4.13-21; um dos líderes do povo4.22-26; e um indivíduo comum4.27-35; e 2º) para pecados involuntários nos quais era necessário fazer restituição (5.14-6.7).

d.   Lv 6.8-7.38 – Legislação sobre os procedimentos nas diversas ofertas que são oferecidas para os sacerdotes.

2. Através da liderança do sacerdócio araônico – 8.1-10.20

a.    A consagração de Arão e seus filhos antes de ministrarem ao Senhor – 8.1-36.

b.   A primeira serie de sacrifícios oferecidos pelo sacerdócio araônico em favor do povo – 9.1-24.

c.    A primeira correção no ministério sacerdotal revelam a santidade de Deus e como ele abomina o relaxamento, a arrogância e um ministério independente dele – 10.

Concluindo – Lições da primeira parte:

1) Assim como Deus instituiu os diversos sacrifícios e ofertas para consagração, comunhão e perdão de Israel, ele enviou seu filho amado, Jesus, para ser o sacrifício definitivo para salvação da humanidade – cf.: Jo 1.17; 3.16.

2) Assim como foi Deus quem escolheu o sacerdócio araônico, ele é quem escolhe hoje a liderança da sua igreja – cf.: Ef 4.11, 12.

3) Assim como Deus corrigiu o erro dos primeiros sacerdotes, hoje ele também disciplina seus filhos e a liderança da sua igreja – cf.: Hb 12.5-8.

Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira – 25/09/14




[1] MacArthur, John. Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 145.
[2] Pinto, Carlos Osvaldo Cardoso. Foco e Desenvolvimento no Antigo Testamento, Editora Hagnos, Primeira Edição, 2006, p. 90.
[3] Cox, Leo G. Comentário Bíblico Beacon 1 – Gênesis a Deuteronômio, CPAD, 1ª Edição, 2005, p. 253.
[4] Ryrie, Charles C. A Bíblia Anotada, SBB e MC, 2007, p. 101.
[5] Fernandes, Leonardo Agostini. Pentateuco – Levítico, Introdução Geral, 2011, p. 52.
[6] Comentário Bíblico Moody (PDF). Levítico, p. 1.
[7] Pinto, p. 98.
[8] Ibid., p. 98.
[9] Carson, D. A. Comentário Bíblico Vida Nova, Editora Vida Nova, 1ª Edição 2009, p. 192.
[10] Clements, Robert E. Comentário Bíblico Broadman, Volume 2 – Levítico-Rute, 1994, p. 15, 16. 

Boletim Dominical IBL Limeira - Nº 70 - 28-09-2014

domingo, 7 de setembro de 2014

Panorama do AT – Êxodo (3) - Terceira Parte - A ação de Deus fazendo-se presente no meio do Seu povo

Êxodo 32-40

Nos estudos anteriores no livro de Êxodo, vimos:

ü  A ação de Deus no livramento de Israel do cativeiroÊx 1-18; e A ação de Deus oferecendo a Israel uma regra para a vida sob a promessaÊx 19-31.

Hoje, vamos terminar o estudo sobre o livro vendo a sua terceira parte, com o seguinte tema: A ação de Deus fazendo-se presente no meio do Seu povo Êx 32-40.

I. Condenando e Punindo a Idolatria – Êx 32.1-33-6

1. A idolatria de Israel com deuses semelhantes aos do Egito quebra a aliança e a sua comunhão com Deus trazendo a ira divina sobre si – 32.1-6.

2. A intercessão de Moisés pelo povo, diante de Deus, livra-os da ira divina – 32.7-14.

3. Moisés destrói os símbolos da aliança, demoli o ídolo e denuncia que os fez – 32.15-24.

4. A disciplina contra a idolatria de Israel significou a perda da vida para alguns e a perda da presença imediata de Deus para todos[1]32.24-33.6.

II. Ouvindo a intercessão de Moisés e Restaurando a aliança – Êx 33.7-34.35

1. O relacionamento íntimo entre Moisés e Deus permite a intercessão pelo povo de modo pessoal – 33.7-11.

2. Deus responde a dupla petição de Moisés: pela continuação de sua presença e pela manifestação da sua glória33.12-23.

3. Deus restaura a sua aliança com Israel à medida que se revela a Moisés – 34.1-9.

a.    Novas tabuas de pedra com os dez mandamentos são reescritas por Deus – vv.1-4.

b.   O caráter de Deus como o Deus da aliança com Israel – vv.5-7.

c.    O pedido de Moisés pela presença imediata de Deus entre a nação – vv.8, 9.

4. Deus renova a aliança e faz algumas estipulações – 34.10-26.

a.    Israel deve permanecer em obediência a Deus – vv.10, 11.

b.   Israel não deve fazer alianças com nações pagãs – vv.12-17.

c.    Israel deve ser uma nação consagrada em todos os sentidos – vv.18-26.

5. Deus confirma Moisés com líder do seu povo ao permitir que sua face refletisse temporariamente sua glória – 34.27-35.

III. Pelo Tabernáculo – Êx 35.1-40.38

1. O término da construção do Tabernáculo exigia dedicação de vidas e bens por parte de Israel – 35.1-29.

a.    Fidelidade na guarda do sábado, o sinal da aliança – vv.1-3.

b.   Dedicação de capacidades e bens – vv.4-19.

c.    Liberalidade do povo em participar na construção – vv.20-29.

2. O provimento necessário para o Tabernáculo foi entregue para aqueles que foram capacitados por Deus para a tarefa – 35.30-36.7.

3. As instruções sobre as diversas partes e objetos do Tabernáculo foram fielmente executadas como o Senhor ordenara a Moisés – 36.8-39.43.

4. O relacionamento entre Deus e Israel atinge sua expressão plena com a presença da glória divina no Tabernáculo no primeiro dia do mês de Abibe (1445 a.C.) – 40.1-38.

Quando a glória de Deus enche o Tabernáculo, Israel torna-se uma nação dirigida diretamente pela presença de Deusvv.34-38.

Concluindo – Lições da terceira parte:

1)   O pecado separa Deus do seu povo, por isso ele o condena e disciplina o seu povo.
2)   O arrependimento e a confissão de pecados são os meios bíblicos para o recebimento do perdão divino.
3)   A presença de Deus na vida do seu povo, coletiva e individualmente, esta intimamente ligada à fidelidade, dedicação e liberalidade.

Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira 06/09/2014



[1] Pinto, Carlos Osvaldo Cardoso. Foco e Desenvolvimento no Antigo Testamento, Editora Hagnos, Primeira Edição, 2006, p. 86.

Boletim Dominical IBL Limeira - Nº 69 - 07-09-2014

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Panorama do AT – Êxodo (2) A ação de Deus oferecendo a Israel uma regra para a vida sob a promessa.

Êxodo 19-31

No estudo anterior, vimos:

ü  Que Êxodo é um livro de libertação e estabelecimento e nele a aliança estabelecida em Gênesis entre Deus e os patriarcas transforma-se na história de Israel, à medida que Deus irrompe no tempo e no espaço para libertar Israel da escravidão e estabelecê-lo como nação com a posse permanente de Canaã e a presença dele no seu meio. Assim, concluímos que, o tema do livro “é a libertação de Israel do Egito em cumprimento à promessa de Gênesis 15.13, 14”.

ü  A primeira parte do livro com o seguinte tema: A ação de Deus no livramento de Israel do cativeiroÊx 1-18.

Hoje, vamos estudar, panoramicamente, a segunda parte do livro com o tema: A ação de Deus oferecendo a Israel uma regra para a vida sob a promessa – Êx 19-31.

Um relacionamento saudável entre Deus e Israel, a partir de agora, exige “obediência corporativa da nação a Deus por meio da Aliança do Sinai”.[1]

I. Apresentação e a aceitação da Aliança no Sinai – 19.1-25

Deus apresentou a sua aliança e a sua Lei a Moisés, que as apresentou ao povo em forma abreviada, de um tratado de suserania. Esse tipo de tratado era normalmente firmado entre um rei poderoso e seus súditos.

1. 19.1, 2 – temos estabelecidos os detalhes cronológicos e geográficos da revelação sinaítica. Onde aconteceu!

2. 19.1-8Um preâmbulov.3; um prólogo histórico com ênfase na benevolência do reiv.4; exigências ou obrigações a serem satisfeitasv.5a; as bênçãosv.5b-6; e a aceitação do tratado (aliança bilateral e condicional de Deus)vv.7, 8.

a.    De acordo com a Aliança aqui firmada, Israel seria a propriedade peculiar, o reino sacerdotal e o povo santo de Deus, dependendo de ser um povo obediente e cumpridor da aliança. Assim Israel experimentaria as bênçãos de pertencer especialmente ao Senhor, representá-lo na terra e ser posto à parte para servir os propósitos Dele.[2] (1Pe 2.9 – obs.: como Pedro usa esse texto).

3. A santificação necessária e a apresentação visual do Deus da Aliança – 19.9-25.

a.    vv.9-15 – A santificação exterior exigida por Deus era símbolo da santificação interior que só ele pode conceder. Essa santificação levou dois dias e abrangeu o seguinte: 1º) Lavar o corpo e as roupasv.9-11; 2º) o estabelecimento de limites entre o acampamento e o montevv.12-14; e 3º) abster-se de relações sexuaisv.15. Todo esse cerimonial tinha a função de ensinar ao povo a necessidade de santidade, a qualidade impressionante de Deus e a exigência de absoluta obediência a Ele[3].

b.   vv.16-25 – Diante da poderosa apresentação visual da presença de Deus no monte, todo o povo estremeceu no arraial.  Essa “experiência tinha o propósito de criar um verdadeiro temor de Deus nas pessoas e prepará-las para respeitar a sua Lei[4].

II. Apresentação da vontade moral de Deus para Israel – Êx 20.1-26

Após um longo período vivendo como escravos no Egito, Israel foi libertado por Deus através de uma série de intervenções sobrenaturais. Este fato é tão importante que Deus fez questão de enfatizar, antes de apresentar os dez mandamentos, a fim de ressaltar a autoridade de quem dava as leis – vv.1, 2.

1. Como Deus que é pessoal e libertadorv.2 – A passagem apresenta um Deus pessoal e libertador. O Deus que liberta deseja interagir de tal modo que o povo o considere como o seu Deus. Os Mandamentos têm a ver com liberdade, felicidade e amor. A motivação divina por detrás de cada mandamento é o amor.[5]

2. Sobre amor, dever, liberdade e proibições – Nos Dez Mandamentos há deveres para com Deus (vv.3-11) e para com os homens (vv.12-17). Isso nos ensina que não podemos ser livres sem assumir responsabilidades e que não há contradição entre amor e dever, pelo contrario, deveres são assumidos por quem ama. Liberdade é a capacidade de dizer não ao mal e de obedecer de coração ao Deus que nos ama. Sendo assim, não nos envergonhamos de falar que não fazemos certas coisas porque o Senhor não permite. Ao dizermos não àquilo que é errado, dizemos sim a Deus.[6] (Jo 8.34; Sl 1.1)

3. Sobre verdade absoluta e vida organizada – Os Mandamentos demonstram que há coisas que agradam a Deus e nos fazem livres e outras que o desagradam e nos tornam cada vez mais escravizados. Isso indica que existe o certo e o errado, o verdadeiro e o falso. E, o modo com o os Dez Mandamentos são estruturados nos ajudam a organizar nossa vida em torno daquilo que é verdadeiramente importante: Deus e o próximo. A felicidade consiste em alinhar-se à verdade tal qual é descrita por Deus.[7] (Sl 19.9; Mt 22.34-40; Mc 12.28-31)

4. Sobre pilares permanentes – Por expressarem a moralidade de Deus, os Mandamentos têm valor permanente. Eles são pilares existenciais válidos para todos os tempos.[8] (Mt 5.18)

5. Israel reage em temor e admiração à manifestação direta de Deus no Sinai – vv.18-21.[9] E, Deus os adverte sobre a adoração: ela deve refletir a sua glória e a sua santidade, em vez de exaltar o homem e outros deuses – vv.22-26.

III. Apresentação de leis civis e religiosas para Israel – Êx 21.1-31.18

1. Leis civis para Israel – 21.1-23.33[10]

a.    Sobre relacionamentos entre senhores e servos – 21.1-11demonstram a importância do amor e do respeito.

b.   Sobre homicídio e ameaça a vida – 21.12-17enfatizam o alto valor que a vida humana deveria ter em Israel.

c.    Sobre ferimentos físicos – 21.18-32enfatizam o alto valor dado ao bem estar físico do povo.

d.   Sobre propriedade e danos e ela causados – 22.1-15enfatizam a necessidade de cuidado mutuo e importância da restituição.

e.    De direitos humanos – 22.16-31revelam o proposito de Deus de que toda a vida de Israel refletisse Sua santidade.

f.     Relativas à administração da justiça – 23.1-9revelam o cuidado de Deus para que a verdade e a justiça fossem dispensadas igualmente a todos.

g.    Sobre o descanso e as festas religiosas no calendário anual da nação – 23.10-19destacam o desejo de Deus em ter prioridade na vida do seu povo.

A observância zelosa da lei confirmaria a conquista da terra da promessa e a bênção de Deus com prosperidade e fertilidade23.20-33. E a ratificação da aliança traz Israel a um relacionamento nacional de obediência a Deus24.1-11.

2. Leis cerimoniais para Israel – 24.12-31.18

Deus dá mais instruções sobre a vida de Israel na Aliança – 24.12-18. E exige a dedicação dos bens de Israel para a construção do tabernáculo, por onde manifestaria sua presença no meio do povo – 25.1-9.

a.    Instruções para a construção do tabernáculo – 25.10-27.21revelam a glória e a santidade de Deus em seu governo teocrático sobre Israel.

b.   Instruções sobre os ministros e seus serviços – 28.1-29.46evidenciam a santidade que Deus exige de seu povo.

c.    Instruções sobre os objetos e materiais usados para o culto – 30.1-38são descritos quanto a sua forma e função.

d.   Instruções sobre a capacitação divina a um grupo de artesãos para a realização do trabalho necessário na construção do tabernáculo – 31.1-11.

e.    Instruções sobre o sábado – 31.12-17 – O sábado é apresentado aqui como sinal da relação do povo com o Deus que santifica (v.13) em uma grande solenidade. É para ser guardado como aliança perpetua em cada geração do povo de Israel – v.16.

ð Antes, em Êxodo 23.12, temos uma nota importante para a guarda do sábado, tanto pessoas como animais precisam de um dia para tomar alento, ou seja, revigorar-se para uma nova semana de trabalho.

f.     A segunda parte, termina com Deus dando a Moisés a forma visível da aliança, as duas tábuas de pedra – v.18.

Concluindo – Lições da Segunda parte do livro de Êxodo:

1)   Assim como Deus apresentou a aliança no Sinai para Israel, ele nos apresenta, hoje, a nova aliança no sangue de Jesus;

2)   Assim como a Lei deveria ser a regra de fé e prática de Israel, a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática para vivermos na nova aliança;

3)   Assim como Deus deu instruções sobre a adoração para Israel e também tem instruções no NT sobre a adoração cristã.

Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira – 29/08/2014




[1] Pinto, Carlos Osvaldo Cardoso. Foco e Desenvolvimento no Antigo Testamento, Editora Hagnos, Primeira Edição, 2006, p. 79.
[2] MacArthur, John. Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, 2010, p. 117.
[3] Cox, Leo G. Comentário Bíblico Beacon 1 – Gênesis a Deuteronômio, CPAD, 1ª Edição, 2005, p. 186.
[4] Ibid., p. 187.
[5] Nascimento, Misael Batista do. Os primeiros passos do discípulo, Editora Cultura Cristã, 2011, p. 10.
[6] Ibid., p. 10.
[7] Ibid., p. 10.
[8] Ibid., p. 11.
[9] Pinto, p. 80.
[10] Pinto, p. 80-82 (Esse ponto segue o esboço das páginas citadas com adaptações minhas ao contexto da igreja local)

Boletim IBL Limeira - Nº 68 - 31-08-2014