1 Tessalonicenses 4.13-18
Em
nosso estudo anterior: O que cremos sobre
as Ordenanças da Igreja, vimos o assunto em três pontos: 1º) Cremos no Batismo Cristão; e 2º) Cremos na Ceia do Senhor; e 3º)
Cremos no Lavar dos pés dos santos.
Terminamos
com seguintes considerações: 1ª) Em
todas as três ordenanças, a prática literal serve como uma lembrança constante
da lição espiritual. Nosso Senhor Jesus nos deu estas ordenanças literais para
praticar para que não nos esquecêssemos das importantes lições que elas ensinam.
Todas são simbólicas e como todo símbolo, não são essenciais à salvação; e 2ª) Nossa doutrina das ordenanças nos
distingue de outras denominações porque entendemos todas as ordenanças como
simbólicas, não sacramentais ou meios de graça especiais
Hoje,
em nosso último estudo da Fé Batista Livre, vamos ver O que cremos sobre a Escatologia que está nos Capítulos XIX a XXII do Manual de Fé dos Batistas Livres do Brasil.
Vamos fazer isso em dois pontos: 1º)
Cremos
na Morte e na Ressurreição; e 2º) Cremos na Segunda Vinda de Cristo, no
julgamento e na retribuição.
Escatologia
é uma palavra composta a partir de duas palavras gregas: escaton que quer dizer fim ou último e logia que significa estudo. Então, escatologia significa o estudo do fim ou o estudo (doutrina) das
últimas coisas. Para Ryrie escatologia significa a teologia das últimas
coisas e o seu estudo pode abranger todas as coisas que eram futuras em relação
ao momento em que foram escritas, ou então, podem incluir apenas as que ainda
são futuras em relação a nosso ponto de vista presente.[1]
O
estudo da escatologia pode ser feito de diversas maneiras, por exemplo: 1) Separando o futuro individual do
futuro mundial; 2) Catalogando o
futuro para a Igreja, Israel, gentios ou o mundo; 3) Estudando os vários ensinamentos em ordem cronológica; etc. A
maioria dos escatologistas parece combinar várias perspectivas de estudo. Eu
também faço assim e pessoalmente acho mais proveitoso.
Para
Ryrie o estudo da escatologia, especificamente o conhecimento da profecia: 1) oferece alegria em meio a aflição (2Co 4.17); 2) limpa e encoraja a vida em santidade (1Jo 3.3); 3) é útil como
todas as Escrituras, para muitas necessidades importantes da vida cristã (2Tm 3.16, 17); 4) apresenta fatos sobre a vida após a morte (2Co 5.8); 5) mostra a
verdade sobre o fim da história (Ap 21.5);
6) dá prova da confiabilidade das
Escrituras (2Pe 1.20, 21); 7) eleva nosso coração em louvor a
Deus, que está no controle total e que cumprirá sua vontade na história (Ap 5.8-14).[2]
Os
últimos quatro capítulos do Manual tratam
brevemente de questões escatológicas. Para Picirilli, alguns dizem respeito à
escatologia individual: morte, ressurreição, julgamento e retribuição.
E um deles diz respeito à escatologia histórica:
a Segunda vinda de Cristo no final dos
tempos – apesar de que alguns aspectos dos outros três também estão
envolvidos nos acontecimentos ligados ao retorno de Cristo.
I. Cremos na Morte e na Ressurreição
1. Cremos na morte
Como resultado do pecado,
toda a humanidade ficou sujeita à morte do corpo[3].
A alma não morre com o
corpo, mas, imediatamente após a morte física, entra em um estado consciente de
felicidade ou desgraça, em conformidade com o
Observando
Gn 2.16, 17, vemos que esta
passagem, que contém a primeira referência à morte na Bíblia, ensina claramente
a conexão entre o pecado e a morte. A expressão hebraica usada no texto
(infinitivo absoluto seguido pela forma imperfeita do verbo finito), na
verdade, significa: “você deverá certamente morrer”.
As
palavras que a Bíblia usa para definir a morte podem significar várias coisas.
Mas, o significado óbvio e primeiro do verbo hebraico muth é morrer de morte física. Quando ela é, mais tarde, mencionada
em conexão com o processo que é resultado do pecado do homem, é a morte física
que está descrita (cf. Gn 3.19). Portanto,
Gênesis 2.17 certamente está nos
ensinando que a morte física, no mundo humano, é resultado do pecado do homem.
À
luz do restante das Escrituras, a morte deve ser entendida como significando
mais do que a simples morte física. O homem é uma totalidade, que possui um
lado espiritual tanto quanto um lado físico em seu ser.
Uma
vez que, de acordo com as Escrituras, o significado mais profundo da vida é a
comunhão com Deus, o significado mais profundo da morte tem de ser a separação
de Deus. A morte, conforme em Gênesis (2.17),
inclui o que geralmente chamamos de morte espiritual, isto é, a quebra da
comunhão do homem com Deus. Por causa do pecado de Adão, cada ser humano está
agora, por natureza, num estado de morte espiritual (cf. Ef 2.1,2).
O
Manual se refere à morte do corpo, mas não da alma, usando este último para representar a natureza superior do
ser humano, seja chamado de alma ou espírito. Esta é a morte física. A alma ou espírito vivencia uma
continuação da existência consciente. Isto se sucederá seja na felicidade ou na
miséria – paraíso ou inferno.[6]
De
qualquer forma, com exceção daqueles que estiverem vivos na Segunda Vinda de
Cristo (1Co 15.51, 52; 1Ts 4.17)
todas as pessoas estão destinadas a morrer (Hb 9.27), enquanto continuam uma existência consciente nos céus ou
no inferno.[7]
As Escrituras ensinam a ressurreição
dos corpos de todos os homens, cada um em sua própria ordem; aqueles que
tiveram praticado o bem irão para a ressurreição da vida e aqueles que tiverem
praticado o mal, para a ressurreição da condenação[9].[10]
Visto
principalmente como um fato físico e
individual, escatológico ou não, à ressurreição é a reversão da morte para
todas as pessoas. Visto pela perspectiva do tempo escatológico a
ressurreição ocorrerá em alguma relação específica com a Segunda Vinda de
Cristo.
Já
que a separação entre corpo, alma e espírito que ocorre na morte física não é
permanente e nem final, a ressurreição física e individual assegura a
ressurreição do corpo e, portanto, a reunificação da pessoa como um todo para
uma existência consciente e eterna.
Do
ponto de vista escatológico, a ressurreição, seja de uma só vez ou em fases,
ocorrerá ligada à Segunda Vinda e ao final dos tempos. Independentemente do
tempo da ressurreição, a ensino bíblico é de que todos os seres humanos
ressurgirão da morte física. Isto inclui como deixa claro o Manual, os justos e os ímpios. A frase
“cada um em sua própria ordem” vem de 1Co
15.23. Isto permite que a ressurreição dos justos e dos ímpios seja em
momentos diferentes. A experiência de todos de ressurreição é uma questão de
escatologia individual. O Manual cita
com razão as palavras de nosso Senhor em João
5.28, 29 que garantem isto.
Em
1Co 15.35-50 temos o ensino bíblico
mais claro sobre a natureza da ressurreição – ela é corporal. A garantia da
ressurreição, de acordo com 1Co 15.22,
está na ressurreição de Cristo e é, portanto, um fato garantido.
II. Cremos na Segunda Vinda de Cristo,
no julgamento e na retribuição
Picirilli,
em sua 12ª lição, trata primeiro do julgamento e da retribuição e depois da
segunda vida de Cristo. Aqui, faremos o caminho inverso, primeiro a Segunda
Vinda, depois o julgamento e a retribuição.
O
Senhor Jesus, que ascendeu às alturas e está assentado à direita de Deus,
voltará no término da dispensação do evangelho, para glorificar Seus santos e
julgar o mundo.
a. Três verdades que tornam o fato
certo:
ð
O próprio Jesus o
prometeu – João 14.1-6.
ð
Os anjos o
afirmaram – Atos 1.10-11.
ð
Os apóstolos o
confirmaram em seus escritos – 1Ts
4.13-18.
b. Duas verdades descrevem como Ele vai voltar:
ð
Ele virá corporalmente – Isto está certamente
implícito no que os anjos disseram em Atos
1.10-11: “virá do modo como o vistes subir”.
ð
Ele virá em glória triunfante – Quando Jesus
voltar, não será no estado de humilhação que o caracterizou quando estava por
aqui antes. Ao contrário, será no estado de glorificação que o caracteriza
desde Sua ressurreição e ascensão. A transfiguração foi um antegosto disto (Mc 9.2-8; 2Pe 1.16-18; 1Jo 3.2).
c. Três coisas que Jesus vai realizar
com o seu retorno:
ð
Ele virá ressuscitar os mortos, especialmente os
que creem – 1Ts 4.13-18.
ð
Ele virá redimir o mundo; isto é, completar a
obra de redenção que Ele iniciou durante o período de sua humilhação,
especialmente na cruz. Romanos 8.18-23
deixa claro que mesmo o universo físico aguarda ansiosamente a redenção.
ð
Ele virá receber os Seus para junto de Si e do
Pai – João 14.1-6.
Segundo
Picirilli, não há posição oficial ou unânime entre os Batistas Livres quanto à
questão da cronologia da vinda de Cristo. Mas, todos concordam que Ele virá
pessoal e corporalmente e em glória. Também, todos concordam que Sua vinda deve
ser considerada iminente (a qualquer momento). Além destas áreas de
concordância, há diferentes pontos de vista em nosso meio.
Picirilli
fala desses pontos de vistas diferentes no meio Batista Livre do seguinte modo:
Algumas observações resumidas: (1) não são muitos os Batistas Livres que creem
no pós-milenismo (talvez nenhum); (2) muitos creem no Amilenismo e (3) muitos
creem em uma ou outra variedade do pré-milenismo.
Picirilli,
também, apresenta estas diferenças de outra maneira: (1) alguns (pré-milenistas
pré e meso-tribulacionistas, às vezes denominados de pré-milenistas
“dispensacionalistas”) creem que a Segunda Vinda será em duas fases: o
“arrebatamento”, seguido da Grande Tribulação e depois da revelação de Cristo
na terra; (2) outros creem que a Segunda Vinda será em apenas uma fase. Este
último grupo inclui os pré-milenistas pós-tribulacionistas, que creem que
haverá um reinado milenar de Cristo na terra depois que Ele voltar e antes do
estado eterno, e os amilenistas, que creem que o estado eterno segue
imediatamente após a Segunda vinda.
Para
Picirilli, talvez seja mais importante apontar para os pontos em que todos
concordam:
ð
Jesus voltará
novamente de forma corporal.
ð
Sua vinda deve
ser vista como iminente. O Dia do Senhor pode vir logo e sem aviso. Devemos
estar sempre preparados.
ð
Tanto os cristãos
quanto os descrentes (seja ao mesmo tempo ou em momentos separados) serão
ressurretos e julgados e em seguida passarão a eternidade no céu ou no inferno.
ð
O “Reino” de Deus
é tanto presente quanto futuro e Jesus é o Rei. Este reino existe atualmente
com o Seu domínio sobre o Seu povo, reinando em seus corações. O reino espera o
seu auge final e permanente que somente acontecerá no final desta era com o
retorno de Cristo.
ð
O Reino de Deus
finalmente irá deslocar todos os reinos desta terra (Dn 2.44; Ap 11.15).
Com
tantos pontos de concordância, podemos respeitar os pontos de vista um do outro
e enfatizar a necessidade de se estar pronto para a vinda de Cristo. Aquele que
tem esta bendita esperança irá se purificar e aguardar ansiosamente pelo dia do
Senhor quando Ele endireitará todas as coisas.
2. Julgamento
Haverá um julgamento, quando o tempo e aprovação humana se
encerrarão
para sempre[12] e, então, todos os homens
serão julgados em conformidade
O Manual indica claramente que todos serão julgados
segundo suas obras. Na Bíblia estão
determinados sete julgamentos para o futuro, que são considerados julgamentos
escatológicos. 1º) O Tribunal de
Cristo – julgamento dos crentes da Igreja – 2Co 5.10; 2º) O
julgamento de Israel, a Grande Tribulação, que é também a 70ª Semana de Daniel
– Ez 20.33-38; 3º) O julgamento das Nações que ocorrerá quando Cristo na sua
segunda vinda descer no Monte das Oliveiras – Mt 25.31-46; 4º) O
julgamento de Satanás, que ocorrerá no final do Milênio – Ap 20.7-10; 5º) O julgamento dos anjos – ocorrerá no julgamento do
Trono Branco – 1Co 6.3; Jd 6; 2Pe 2.4;
6º) o julgamento do Grande Trono
Branco – será o julgamento dos incrédulos de todos os tempos após o Milênio – Ap 20.11-15; e 7º) O julgamento da criação – será a destruição da terra e céus
para o surgimento do Novo Céu a da Nova Terra – 2Pe 3.10; Ap 21.1.[15]
3. Retribuição
Imediatamente após o
julgamento, os justos entrarão na vida eterna, e os ímpios irão para um estado
de punição interminável[16].[17]
Retribuição
significa recompensa e segue o julgamento. Novamente, isto diz respeito a todos. Para os justos, há a recompensa
da vida eterna. Para os ímpios, a recompensa da punição interminável.[18] (cf. Mt 25.31-46)
Para
os salvos, a vida é eterna. Para os perdidos, a punição é interminável. Estes
últimos não vivenciam a vida eterna, mas a morte eterna – “morte” com o sentido
de separação de Deus eternamente, que é a fonte da vida. A retribuição do
perdido é uma eternidade sem esperança em um inferno de fogo.[19]
a. Recompensa dos crentes (salvos)
Em
1Co 3.14,15 está declarado que
haverá dois resultados finais do julgamento dos crentes, a prova do fogo, das
obras manifestas: o recebimento e a perda
da recompensa.
Perda da recompensa – Esse fogo nada tem a ver com o fogo do Geena (lago de fogo). O fogo do
tribunal de Cristo é figura da luz que revela as impurezas, ou seja, a
purificação. Portanto, as obras feitas por impulso carnal e para a ostentação
da carne não suportarão o calor do fogo de Deus, por mais bonitas que sejam,
serão desaprovadas.
Obtenção da recompensa – As obras praticadas com materiais indestrutíveis na
prova do fogo serão dignas da recompensa final. O Novo Testamento apresenta
várias recompensas, mas destaca algumas relativas às atividades especiais. O
próprio Senhor Jesus, Juiz desse tribunal, é quem fará a entrega dos prêmios,
galardões, recompensas (2Co 9.6).
Ele declara a João, na ilha de Patmos, dizendo: “O meu galardão está comigo
para dar a cada um segundo as suas obras” (Ap
22.12). O apóstolo Paulo declara, também, que todo crente receberá o seu
louvor da parte de Deus (1Co 4.5).
b. Recompensa dos ímpios
Acontecerá
diante do grande trono branco (Ap
20.11-15), onde Jesus será o juiz (Jo
5.22, 27). Serão abertos livros das obras pecaminosas dos incrédulos, além
do Livro da Vida e serão condenados e lançados no lago de fogo, eternamente,
todos os que não forem achados inscritos no Livro da Vida. Essa será a
recompensa dos ímpios – o fogo eterno (Mt
25.41).
Concluindo
Nossa
texto básico é 1Ts 4.13-18, onde
Paulo revela o motivo pelo qual escreve sobre a segunda vida de Cristo (v.13), onde descreve a segunda vinda e
dá segurança de que essa é uma verdade que acontecerá (v.14, 15) e aconselha a igreja do seguinte modo: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com
estas palavras” (v.18).
“Às
vezes, é fácil esquecer que as verdades escatológicas na Palavra de Deus, como
o restante de sua revelação, tem o propósito de nos consolar e nos dar
segurança”.[20]
Que
o Senhor Jesus no ajude!
Pr. Walter Almeida Jr.
IBL Limeira 25/07/15
[1] Ryrie, Charles Caldwell. Teologia Básica, Mundo
Cristão, 2004, p. 77.
[3] Romanos 5.12; Hebreus 9.27;
1 Coríntios 15.22; Salmos 89.48; Eclesiastes 8.8
[4] Eclesiastes 12.7;
Filipenses 1.23; Lucas 23.43; Mateus 17.3; 22.32; Atos 7.59; Mateus 10.28; 2
Coríntios 5.8; Lucas 16.22-26; Apocalipse 6.90
[5] Manual de Fé e Prática dos Batistas Livres do Brasil,
4ª Edição, 2014, Capítulo XIX – A Morte, p. 14.
[6] Picirilli, p. 94.
[7] Picirilli, p. 96.
[8] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre,
Lição 12 – O que cremos sobre a Escatologia, p. 95, 96. Neste ponto o estudo segue
a Lição 12, Ponto 2 – A ressurreição, adaptados à nossa realidade local e com
cortes e acréscimos que julguei necessário, nas páginas já citadas.
[9] João 5.28, 29; Atos 24.15; 1 Coríntios 15.22, 23; 2
Timóteo 2.18; Filipenses 3.21; 1 Coríntios 15.35-44; Daniel 12.2
[10] Manual de Fé e Prática dos Batistas Livres do Brasil,
4ª Edição, 2014, Capítulo XXI – A ressurreição, p. 14.
[11] Picirilli, Robert E. Estudo da Doutrina Batista Livre,
Lição 12 – O que cremos sobre a Escatologia, p. 99-102. Neste ponto o estudo
segue a Lição 12, Ponto 4 – A Segunda Vinda de Cristo, adaptados à nossa
realidade local e com cortes e acréscimos que julguei necessário, nas páginas
já citadas.
[12] Atos 17.31; 1 Coríntios
15.24; Apocalipse 10.6; 22.11; 2 Pedro 3.11, 12; Eclesiastes 9.10.
[13] 2 Coríntios 5.10;
Eclesiastes 12.14; Mateus 12.36; Apocalipse 20.12; Romanos 2.16.
[14] Manual de Fé e Prática dos Batistas Livres do Brasil,
4ª Edição, 2014, Capítulo XXII – O Julgamento e a Ressurreição, p. 14.
[16] Mateus 25.46; 2
Tessalonicenses 1.8-10; Romanos 6.23; 2 Pedro 1.11; Marcos 3.29; 9.43, 44;
Judas 7; Apocalipse 14.11; 21.7, 8, 27; Mateus 13.41-43; Romanos 2.6-10
[17] Manual de Fé e Prática dos Batistas Livres do Brasil,
4ª Edição, 2014, Capítulo XXII – O Julgamento e a Ressurreição, p. 15.
[18] Picirilli, p. 98.
[20] Erickson, Millard J. Introdução a Teologia
Sistemática, Vida Nova, 1997, p. 482.