Salmo 34
No estudo anterior dos salmos messiânicos, o
Salmo 31, nosso tema foi: “Enfrentado a
crise com oração e confiança no Senhor”. O salmo ensina aos servos de Deus
a enfrentar a crise com oração
(vv.1-18), e garante a eficácia dessa
atitude (vv.19-24).
No Salmo 31 vemos por duas vezes Davi afirmar,
como, “em meio a uma terrível provação, recorreu à oração e ao compromisso confiante
(vv.1-8, 9-17), e de como o Senhor ouviu e agiu a seu favor (vv. 21, 22),
dando-lhe motivo para incentivar outros a terem esperança semelhante”[1]
(vv.23, 24).
Nosso Salmo, de hoje, o 34, tem como referência
messiânica, o que o identifica como Salmo Messiânico: Salmo 34.19, 20 – João 19.31-37 (Êxodo 12.46; Números 9.12).
O Salmo 34, com seus 22 versos, é um acróstico
muito semelhante ao Salmo 25 “não apenas na forma, mas, também, nos grandes
temas”[2].
Em todo o conteúdo do salmo temos aplicações pessoais e coletivas do livramento
do Senhor.
O contexto do Salmo 34 é 1Samuel 21.10-15, onde
Davi fugindo de Saul cai nas mãos de Aquis (Abimeleque) rei dos filisteus de
Gate e fingindo-se de louco garantiu sua libertação e escapou. Davi, aqui, em
retrospecto reconhece que não foi a sua astúcia que o libertou, mas, o segredo
de sua fuga foi ele ter buscado o Senhor (v.4) e o Senhor o ouviu e o livrou de
todas as suas tribulações (v.6).
Assim, Davi,
testemunha e louva a Deus por sua bondade para com ele (vv.1-7), estimula e
instrui o povo a provar que o Senhor é bom (vv.8-16), e a desfrutar diariamente
da sua maravilhosa bondade (vv.17-22).
Nosso tema de hoje é “Louvor, ensino e bênçãos”. Para compreendermos melhor o salmo,
vamos dividi-lo em três partes: 1ª)
vv.1-7 – Louvor e testemunho a Deus
por Sua bondade; 2ª) vv.8-16 – Incentivo e instrução à provar a bondade do
Senhor; 3ª) vv.17-22 – Desfrutando
da bondade do Senhor.
I. Louvor e
testemunho a Deus por sua bondade – vv.1-7
1. v.1 – O louvor do servo de
Deus deve ser diário e ininterrupto. Mesmo diante das aflições da vida
presente, assim como foi com Davi.
2. v.2 – O louvor continuo do
servo do Senhor é um testemunho vivo da bondade dEle para os humildes que ouvem
e se alegrarão.
3. v.3, 5 – um convite à louvar e
a confiar no Senhor, para aqueles que ouvem e se alegram com o testemunho e o
louvor do salmista.
4. v.4, 6 – testemunho da resposta
e livramento do Senhor em uma situação desesperadora – temores e tribulações.
“O testemunho de uma pessoa só é útil para os outros se estiver
alicerçado numa verdade imutável a respeito de Deus”.[3]
5. v.7 – Essa afirmação de Davi
sobre a proteção constante de Deus mostra que o anjo do Senhor é o agente
protetor do povo de Deus sempre presente. Assim, o testemunho de Davi pode ser
o testemunho de qualquer crente, porque o anjo do Senhor acampa-se com todos os
que o temem.
II. Incentivo
e instrução a provar a bondade do Senhor – vv.8-16
1. v.8-10 – Agora o salmista
convida a todos os servos de Deus a provar, ver, se refugiar e encontrar
suficiência nEle.
2. v.11-14 – Davi instrui o povo de
Deus a reverenciá-lo e como ser bem- aventurado: refrear a língua, estabelecer
e seguir padrões morais determinados. “Uma vida de reverente temor do Senhor
respeita a verdade divina e honra seus valores”[4].
Pedro faz uso dessa parte do salmo para ensinar os cristãos – 1Pe 3.8-12.
3. v.15, 16 – Deus, em sua bondade, ouve
os justos, isto é, aqueles que são retos com Deus e comprometidos com uma vida
de retidão. Mas, por sua justiça, Deus, pune os ímpios.
III.
Desfrutando da bondade do Senhor – v.17-22
Aqui nos verso finais, o salmista, realisticamente reconhece que ser
justo não é garantia de uma vida sem problemas. “A mão de Deus não é um lugar onde estamos imunes aos problemas da vida;
é o lugar onde eles nos acontecem; nossa proteção não é dos problemas, mas nos problemas”[5].
1. v.17, 18 – o Senhor escuta,
livra, está perto e salva o justo – de todas as suas tribulações e de espirito
oprimido.
2. v.19 – Muitas são as aflições
do justo, mas o Senhor de todas o livra.
3. v.20-22 – Em sua proximidade com
os seus servos, o Senhor livra, preserva, fica do lado contra os adversários,
“paga o que for necessário para suprir nossa necessidade e se oferece a si
mesmo como refúgio”[6]. O
Senhor faz tudo isso porque ele é bom!
Concluindo
Cabe aqui as maravilhosas palavra de Jesus e as
afirmações de Paulo:
Estas coisas vos tenho
dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom
ânimo; eu venci o mundo.
João 16.33
Porque para mim tenho por
certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a
glória a ser revelada em nós.
Romanos 8.18 (vv.28-34)
Pr. Walter Almeida Jr.
CBL Limeira 12/05/13
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